Move Over

RIO DE JANEIRO – Era 4 de outubro de 1970, quando Janis Joplin foi encontrada morta num quarto de hotel em Los Angeles (EUA), vítima de overdose.

Partia cedo demais, aos 27 anos, a garota que conquistou muita gente com sua atitude em cima de um palco. Àquela que enlouqueceu Mama Cass em Monterey cantando “Summertime”, de carreira meteórica – apenas três álbuns gravados em vida e outros três póstumos – e que fora rejeitada por tudo e todos na sua Port Arthur, cidade texana onde nasceu.

Naquele mesmo ano de 1970, Janis veio ao Brasil em busca de alguma coisa diferente. Brincou o Carnaval, meteu o pé na estrada e de carona em carona, foi parar no Nordeste.

Entre suas loucuras, transou com o lendário e também falecido Serguei, foi barrada num baile de gala por estar “maltrapilha” (ninguém a reconheceu), fez topless na praia e bebeu muita cachaça. Nada muito recomendável para quem queria dar uma desintoxicada.

Meses mais tarde, apresentou-se no Dick Cavett Show e o âncora, com o desconhecimento comum a muita gente lá dos EUA naqueles tempos, se referiu a nós como uma “selva” – no que hoje ele não deixa de ter razão, já que hoje o comportamento da maioria é mesmo de silvícolas.

Janis não entrou em muitos detalhes além da road trip. Só disse que foi “muito louco” o negócio…

Um detalhe que ela não mencionou é que o adereço que ela usa no clip do vídeo abaixo é uma lembrança do Brasil. Com vocês, Janis esmerilhando em “Move Over” no Dick Cavett Show, aqui no clip da semana.

PS.: a banda dela (Full Tilt Boogie Band) era ótima!

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