WRC: Rally de Monte-Carlo com 88 duplas

Destino ou não, a imagem estilizada do pôster do Rally de Monte-Carlo é de um Citroën, justo no ano em que a marca deixa o WRC

RIO DE JANEIRO – Numa dessas coincidências que o destino às vezes nos traz, a 88ª edição do Rally de Monte-Carlo, abertura da temporada 2020 do WRC, terá exatamente 88 duplas na disputa que se inicia no próximo dia 23 com uma seção de etapas à noite, como já é tradicional, fechando a prova no famoso Col de Turini com as especiais de La Bollène-Vésubie-Peïra Cava e La Cabanette-Col de Braus, sendo esta última o Power Stage.

Se não houver nenhuma especial cancelada, o Rally de Monte-Carlo será disputado num total de 304,18 km cronometrados, sendo a sexta-feira o dia mais longo do evento com 122,48 km a percorrer e três especiais com duas passagens, cada.

Mais uma vez a cidade de Gap, que fica nos Alpes Franceses, será a base das equipes e suas tendas de assistência remota. É a terra do hexacampeão Sébastien Ogier, que inicia seu “tour de despedida” do WRC numa nova equipe: o francês fará sua primeira prova pela Toyota com o Yaris copilotado por Julien Ingrassia.

O construtor japonês mudou tudo: trouxe Ogier e Ingrassia, Elfyn Evans com Scott Martin na navegação e ainda a revelação Kalle Rovanperä junto ao também finlandês Jonne Halttunen. Haverá um quarto carro com Takamoto Katsuta/Daniel Barritt – contudo, apenas para o Mundial de Pilotos.

A Hyundai parte para a primeira batalha do ano com o campeão de 2019 Ott Tänak em sua estreia pela nova escuderia ao lado do navegador Martin Jarvejöja. Thierry Neuville/Nicolas Gilsoul vêm para ser a pedra no sapato dos próprios colegas de time – e ainda há Sébastien Loeb/Daniel Elena, como reforços luxuosíssimos na primeira etapa e em outros eventos pré-selecionados do campeonato.

Com a saída da Citroën, o plantel da chamada “Prioridade 1” foi reduzido a uma dezena de carros e a Ford também terá uma estreia – a de Esapekka Lappi/Janne Ferm, que terão como parceiros Teemu Suninen/Jarmo Lehtinen e Gus Greensmith/Elliott Edmondson.

As saídas não ficaram só no WRC: a Skoda acabou com seu programa de WRC2 e a lista de inscritos para esta divisão está muito abaixo do que costumávamos ver nos últimos anos. São apenas cinco inscritos de três equipes.

A PH-Sport absorveu os Citroën C3 e entrega um deles a Mads Østberg/Torstein Eriksen, enquanto a novidade é a Hyundai investindo em um time quase oficial de fábrica com o russo Nikolay Gryazin e seu compatriota Yaroslav Fedorov e um outro carro com nórdicos – o norueguês Ole Christian Veiby e o sueco Jonas Andersson.

Adrien Fournaux/Renaud Jamoul e Rhys Yates/James Morgan vão para a etapa inicial do campeonato representando a M-Sport Ford.

Por fim, a classe WRC3 é a que acaba por apresentar o maior plantel de inscritos: são 13 duplas, incluindo os brasileiros Paulo Nobre/Gabriel Morales, que vão de Skoda com o numeral #25. Há bons pilotos – Yoann Bonato e Eric Camilli estão entre eles, sem contar Stéphane Sarrazin, que mais uma vez disputará o Rally de Monte-Carlo, desta vez com um Hyundai i20 R5 copilotado por Kévin Parent.

De resto, a lista é composta pelas demais duplas que, mesmo não estando nas classes principais e secundárias do WRC, concorrem pelas posições e até, quem sabe, pelos pontos ofertados na classificação final – desde que completando a disputa entre os dez primeiros.

Os canais Fox Sports mais uma vez vão exibir os highlights do WRC. A primeira exibição da etapa de Monte-Carlo virá no dia 29, uma quarta-feira.

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