WRC: Ogier vence primeira pela Toyota

Contrariado, Sébastien Ogier não queria participar do Rally do México em Guanajuato. Mas honrou o contrato e venceu a 3ª etapa do WRC. Foi seu primeiro triunfo pela Toyota

RIO DE JANEIRO – Um raro (talvez o único) evento do esporte a motor mundial a se realizar no fim de semana foi o Rally do México. Contra a vontade de vários pilotos, o evento foi mantido na região mexicana de Guanajuato e, ao contrário do que aconteceu com a falta de neve na Suécia, o problema aqui é a preocupação mundial com o Covid-19.

Apesar disso tudo, foram realizadas 20 das 24 provas especiais previstas ( a SS8 em Ortega foi cancelada e a programação de domingo acabou cancelada ante as possíveis restrições do governo do México a viagens de europeus) e os pilotos, mesmo contrariados, foram profissionais.

Sébastien Ogier finalmente fez o que se esperava dele e venceu a prova com seu Toyota Yaris, assumindo dessa forma a liderança do campeonato após os três eventos já realizados – em princípio, a quarta etapa é o Rally da Argentina no fim de abril, na região de Córdoba.

Ogier fez 29 dos 30 pontos possíveis já que Thierry Neuville venceu o Power Stage para salvar um evento que já estava prejudicado para o belga da Hyundai por conta de problemas técnicos na SS9 (Las Minas 2). Ele e seu copiloto Nicolas Gilsoul caíram ali para a 13ª posição geral e acabaram o Rally do México somente em décimo-sexto.

O 2º lugar ficou com os atuais campeões Ott Tänak/Martin Jarvejöja, a quase 28 segundos de Ogier e seu copiloto Julien Ingrassia. Teemu Suninen alcançou seu primeiro pódio no WRC, salvando a honra da Ford, que perdera Esapekka Lappi por problemas sérios e um incêndio em seu Fiesta na SS7 (El Chocolate 2), a mesma em que Dani Sordo/Carlos Del Barrio também foram obrigados a se retirar em virtude de um superaquecimento.

Pontus Tidemand venceu com seu Skoda a subclasse WRC2 e chegou em 6º na geral no México

Vencedor no Rally da Suécia, Elfyn Evans alcançou o 4º lugar, à frente da revelação finlandesa Kalle Rövanpera. A Toyota foi a única a terminar com seus três pilotos na zona de pontuação entre as equipes de fábrica.

Pontus Tidemand (Skoda) foi o vitorioso na classificação paralela do WRC2 com um excelente 6º lugar final, derrotando o russo Nikolay Gryazin (Hyundai). Sem nenhum local no top 10 geral, o que é raro, o melhor latino-americano foi o boliviano Marco Bulacia Wilkinson, que venceu a subclasse WRC3 com um Citroën.

Gus Greensmith foi o nono com seu Fiesta, bem distante da turma da frente, perdendo quase 14 minutos. E Ole Christian Veiby fechou o top 10 geral com mais um Hyundai.

Das 35 duplas inscritas, 21 chegaram ao final.

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