GP da Holanda: ficou para 2021

RIO DE JANEIRO – Teremos que esperar mais um ano para ter o GP da Holanda de volta ao calendário do Campeonato Mundial de Fórmula 1.

Ausente há 35 anos, o evento que tradicionalmente ocorre na pista de Zandvoort, que sofreu reformas para se adequar às normas da categoria máxima, acabou cancelado nesta quinta-feira por conta dos efeitos do Covid-19.

Das corridas ‘novas’ do calendário, talvez seja a que mais falta será sentida por conta da “Verstappen Mania”. Os laranjas que invadem autódromos pela Europa e até mesmo fora do Velho Continente estão frustrados, mas isso vai passar e a corrida será realizada – se tudo der certo – em 2021.

Dentro de uma realidade atual, isso é impossível. Outros eventos ainda correm risco e esse é o quarto cancelamento oficial dentre as 22 datas previstas. “Caíram” Austrália, Mônaco e França antes da data holandesa.

FIA e Liberty Media têm ainda 18 eventos em aberto, a possibilidade de início do campeonato em julho com uma prova na Áustria ainda existe, mas ainda há sérias dúvidas.

Até mesmo da realização do próprio campeonato, afetando inclusive os planos de implementação do teto de gastos (esse já começa em 2021 de qualquer jeito) e até o novo regulamento técnico (acabou adiado para 2022).

O que temos são seis corridas adiadas – Azerbaijão, Canadá, Bahrein, China, Espanha e Vietnã – correndo risco de serem também canceladas e até realocadas em outras datas. E entre os 12 eventos que sobraram, segue o Brasil – apesar de tudo o que vem acontecendo por conta da Pandemia.

Hoje, o país é o epicentro da doença, os casos aumentam exponencialmente e o número de vítimas fatais se aproxima de forma perigosa de 30 mil – podendo haver (se é que já não houve) quase meio milhão de infectados pelo Coronavírus.

E quando escrevo, como fiz noutra rede social, “se o campeonato acontecer”, é justamente porque ainda não houve uma palavra oficial – nem da FIA e nem do Liberty Media. O resto é perfumaria e papo pra boi dormir.

Comentários

  • eh…estou vendo que a minha previsão anterior de 14-15 corridas, que em certo momento pareceu pessimista, foi é otimista demais !!!

  • O mundo todo já tem uma certa “experiência” sobre a Covid-19, então, a Liberty Media está complicando. O Regulamento Esportivo da F-1 é bem claro: é preciso ter no mínimo 8 corridas em um ano para ser considerado oficialmente um campeonato.

    O que a Liberty Media tem que fazer é um calendário com apenas 8 corridas, sem público e com apenas a equipe de TV que irá gerar as imagens das corridas. E, claro, todo mundo usando máscaras.Não é difícil.

    Se organizarem 2 corridas na Áustria e 2 na Inglaterra, eles já cobrem 50% das oito corridas. Bastaria então programar mais quatro corridas em outros países europeus. A verdade é que dá para resolver o problema coronavírus com duas corridas em apenas 4 países.

    Como sempre, fãs retardados que não gostam do Hamilton (sim, eles existem e geralmente são fãs do Vettel) já estão dizendo que se ele for campeão novamente, com apenas 8 corridas, “não vai ter o mesmo valor”. Isso é tão ridículo que não vou nem comentar.

    • Esqueci de comentar um óbvio ululante: o fator grana.Sim, o dinheiro da venda de ingresso não existirá, mas a Liberty Media precisa pôr a mão no bolso e resolver isso.

      E caso o campeonato seja cancelado, as emissoras de TV podem processar a Liberty Media.