Interlagos, 80

Em clique de Rodrigo Ruiz, o “Senhor” Interlagos, que nesta terça-feira completou 80 anos. Tentam e tentaram profanar o Templo. Mas ele segue de pé!

RIO DE JANEIRO – Acharam mesmo que eu iria esquecer da data? Têm certeza?

Ontem, 12 de maio, Interlagos – esse templo sagrado do esporte a motor do Brasil e do planeta – completou 80 anos.

A Euzébio Queiroz Mattoso, o nosso muito obrigado por ter sido fundamental na construção da pista.

E principalmente a todos os pilotos que desfilaram talento ao longo de oito décadas. Dos monstros das Carreteras aos gênios da Fórmula 1, passando pelas feras da Stock Car, os garotos das categorias de base, os lindos protótipos do Endurance e tantas outras coisas belas que aconteceram naquele solo sagrado, quer fosse na inesquecível pista antiga de quase 8 km, no anel externo que presenciou os incríveis 500 km de Interlagos de 1972 e também a pista atual, cujo desenho completou 30 anos em 2020.

Viva Interlagos! Para sempre!

E vocês, leitores e leitoras? Quais suas grandes memórias no templo? Contem aqui na área de comentários!

Comentários

  • Moro próximo do autódromo, portanto, “respiro” Interlagos o tempo todo. A pista atual é legal, bem rápida, mas tenho saudade da pista antiga.

  • A minha grande memoria de Interlagos é a vitoria do Moco em 1975. Eu estava lá, e foi antológica.
    Mas, saudosista que sou, também tenho boas memorias do Torneio Internacional de F2 de 1971 e das Mil Milhas de 1970.
    Depois que Interlagos foi “estuprado”, voltei lá poucas vezes. Voltei em 20009 e 2010 pra assistir algumas provas de classicos, e pra ter o prazer de conhecer alguns dos monstros sagrados dos meus tempos de menino, como Luizinho e Chico Lameirão, e trocar alguma conversa com Alfredo Guaraná e alguns outros pilotos de destaque.
    Guiei nesse traçado novo, em curso de pilotagem e em track day, e apesar de não gostar do que foi feito, não posso negar que foi emocionante imaginar quantos dos meus herois derreteram borracha e fizeram historia naquele asfalto: Moco, Emerson, Gilles, Peterson, Piquet, Paulão, e, principalmente, Bird Clemente, o heroi maior da minha pré-adolescencia.
    Não posso deixar de citar aqui o amigo “Commendatore” Ceregatti, o homem que conhece todas as corujas que frequentam Interlagos nas madrugadas, e que conversa com as almas dos antigos pilotos enquanto cruza o asfalto da pista antes do sol raiar. Commendatore amigo, deixo aqui um abraço, que nao nos vemos a tempos.
    Pa terminar, deixo aqui um aopelo (talvez a Deus…): Interlagos já merece uma revisão de traçado, pra torna-lo outra vez emocionante. E coloquem curvas de alta !!!!! Espaço pra isso existe.

    Antonio

    • Meu caríssimo Seabra…
      Constrangido até com tuas palavras gentis.
      Muito, muito obrigado pela lembrança. Saudades também.
      A saudade de Guaporé, nossa conhecida, lembra? Já matei em fevereiro passado.
      A saudade do traçado original e dos deuses da velocidade que por lá passaram… essa é impossível.
      Quase todos mortos.
      Os deuses e o asfalto.
      Fraterno e carinhoso abraço, a ti e ao Mattar que já não vejo faz tempo.