Grid lotado: abertura do Super GT com 44 carros em Fuji

RIO DE JANEIRO – Ecos da Pandemia: a temporada 2020 do Super GT finalmente já tem data marcada pra começar. Será dia 19 de julho, no Fuji Speedway. Um campeonato que será disputado de forma totalmente atípica, com o mínimo possível de deslocamentos e mesmo algumas pistas locais como Autopolis, Okayama e Sugo Sportsland estão fora.

As oito etapas serão disputadas em apenas três pistas – Fuji, Suzuka e Twin Ring Motegi, sendo quatro no primeiro dos traçados citados e duas cada nos demais. Pistas de propriedade de Toyota e Honda, cabe observar.

Apesar do Covid-19, os planos das equipes não foram (muito) mudados e o grid é – como habitualmente – sensacional. Serão 44 os carros que vão disputar a prova inaugural do campeonato, quinze na GT500 e os demais na GT300.

Alguns pilotos é que estão fora por restrições de viagem – estão por enquanto proibidos de entrar no Japão estrangeiros de 110 países, caso do campeão de 2017 Heikki Kövalainen. O finlandês não poderá estar no carro #39 do TGR Team SARD e será substituído por Kenta Yamashita, que corre no FIA WEC. Os ‘gringos’ confirmados para Fuji são cinco: o belga Bertrand Baguette, o italiano Ronnie Quintarelli, o britânico Jann Mardenborough, o franco-argentino Sacha Fenestraz e o neozelandês Nick Cassidy.

Pela primeira vez em muitos anos, o número #1 não será visto na GT500. O Team Le Mans, campeão ano passado com Yamashita e Kazuya Oshima, encerrou suas atividades e a equipe substituta, o TGR Team Wako’s Rookie não tem a prerrogativa de herdar o dorsal de acordo com a GTA, organizadora da categoria.

Na GT300, dezenas de pilotos serão impedidos de competir em Fuji, entre eles Sean Walkinshaw, Mathias Beche, André Couto, Dennis Lind, Christopher Mies e Nattapong Hortongkum. Por isso, o Panther Arto Team Thailand fará ‘forfait’, pois perdeu seus dois pilotos (Walkinshaw e Hortongkum) para esta etapa.

Outros pilotos que correm risco de não participar da prova inaugural são o dinamarquês Nicki Thiim, da Aston Martin D’Station Racing e também Alex Au, de Hong Kong. Suas participações estão em suspenso – mas o nome de ambos segue na lista oficial de entradas.

A GT300 seguirá com sua mescla sensacional de carros “Mother Chassis” – três no total; os modelos homologados pela JAF, no caso o Subaru BRZ e o Toyota Prius com sistemas híbridos e os demais carros de acordo com as regras internacionais. Serão onze marcas distintas na pista e 15 modelos diferentes se defrontando nessa divisão.

João Paulo de Oliveira seguirá como o único representante brasileiro do Super GT, porém de casa “nova”: após a experiência não muito bem-sucedida com a Aston Martin D’Station ano passado, o piloto volta à equipe Kondo e será o substituto de Sacha Fenestraz no carro #56, competindo com o novato japonês Kiyoto Fujinami.

Comentários

  • “As oito etapas serão disputadas em apenas três pistas – Fuji, Suzuka e Twin Ring Motegi,”

    Suponho que, provavelmente, não seja possível inverter o traçado.

    • Acho que ninguém fará isso. Fuji tem variantes e Suzuka tem um circuito menor. Mas, convenhamos, com um grid destes, isso é impossível.

      • A verdade é que corrida com traçado invertido é algo raro. Lembro de algumas corridas de Kart na Granja Viana e no Kartódromo de Interlagos que foram realizadas com traçado invertido. Mas é claro: no Kart é bem mais fácil de se organizar essa mudança.

        Recentemente, Charles Leclerc e Lando Norris ficaram muito entusiasmados com a possibilidade do traçado invertido em Silverstone, mas não vai rolar. Além das pequenas alterações (zebras, sinalização etc) há um problema mais grave, sem solução: as áreas de escape, que estarão do lado oposto. Em alguns acidentes, o piloto teria que cruzar a pista para acessar a área de escape.