Toyota domina abertura do Super GT em Fuji

RIO DE JANEIRO – Os Honda foram dominantes nos testes de pré-temporada há alguns dias, mas como diria o mestre Didi, um dos maiores jogadores de futebol do planeta, “treino é treino, jogo é jogo”.

A Toyota, uma das rivais da marca oriental, assim como a Nissan, esperou o jogo ser jogado e deu um passeio na concorrência na abertura da temporada 2020 do Super GT, realizada na madrugada de sábado para domingo pelo horário de Brasília, no circuito Fuji Speedway.

Na estreia oficial do modelo Supra como substituto do Lexus, a montadora que é dona da pista sede da primeira corrida deu um banho na concorrência. Os cinco primeiros colocados levavam o emblema da Toyota, com destaque absoluto para a dupla Nick Cassidy/Ryo Hirakawa. Campeões da categoria na classe GT500 em 2017, os pilotos da KeePer Team Tom’s triunfaram após 66 voltas, com pouco mais de cinco segundos de avanço sobre Yuhi Sekiguchi e o estreante franco-argentino Sacha Fenestraz, marcando a dobradinha da escuderia nipônica.

A Wako’s foi bem em sua estreia em parceria com a Cerumo: Kazuya Oshima, que na última temporada levantou a taça junto a Kenta Yamashita, foi ao pódio com o novo colega Sho Tsuboi. O outro carro da Cerumo foi quarto com Yuji Tachikawa/Hiroaki Ishiura, enquanto a SARD fechou o top 5 com Yamashita – substituindo Heikki Kövalainen – na pilotagem ao lado de Yuichi Nakayama.

Derrotadas e feridas em seu orgulho, Honda e Nissan foram relegadas, respectivamente, à sexta e sétima posições, com Naoki Yamamoto e o novo parceiro Tadasuke Makino, substituto de Jenson Button, representando o Raybrig Team Kunimitsu e a Craftsports Motul com Kohei Hirate e o novo colega Katsumasa Chiyo, que sucedeu Fred Makowiecki ao volante do Nissan #3.

Fecharam o top 10 as parcerias de Tomoki Nojiri/Nirei Fukuzumi (ARTA Honda); Yuji Kunimoto/Ritomo Miyata (WedsSport Toyota) e Mitsunori Takaboshi/Jann Mardenborough (Kondo Nissan). Ronnie Quintarelli/Tsugio Matsuda, que juntos foram bicampeões – o italiano tem outros dois títulos e o japonês, um – chegaram apenas em 11º lugar.

Na GT300, Kohta Kawaai e Hiroki Yoshida foram os vitoriosos noutro Supra da Saitama Toyopet Green Brave, completando 62 voltas na disputa com pouco mais de três segundos para Katsuyuki Hiranaka/Hironobu Yasuda, a bordo de um Nissan da Gainer Tanax.

Um dos “Mother Chassis” construídos pela Dome, dotado dos antigos motores Nissan do WEC e ‘vestido’ com carenagem de Toyota foi ao pódio: o cover do Mach 5 do Speed Racer com Natsu Sakaguchi/Yuya Hiraki chegou à frente do carro da Kondo que teve a bordo o brasileiro João Paulo de Oliveira – voltando aos pontos na competição após uma temporada em branco com a equipe D’Station Aston Martin Racing.

O “Oribeira” e seu parceiro Kiyoto Fujinami conquistaram um belo quarto posto vindos da nona posição do grid da numerosa classe – que contou com o deslumbrante total de 29 inscritos. Pole position da GT300, o Mercedes-AMG GT3 da Leon Pyramid conduzido por Togo Suganami/Naoya Gamou chegou em 6º na corrida.

Ao final, foram cinco construtores e seis modelos diferentes no top 10, com a Aston Martin enfim marcando seu primeiro ponto com o 10º lugar de Kei Cozzolino (Nicki Thiim não pôde chegar ao Japão) e Tomonobu Fujii.

A próxima prova será também no Fuji Speedway, dia 9 de agosto.

Comentários

    • O DTM já busca alternativas para sobreviver sem ter de depender do regulamento atual, uma vez que como sobrará apenas a BMW, nenhum dos japoneses tem interesse em fazer carros para correr na Europa. Fala-se até na transformação do DTM em um campeonato de LMP3/GT.