Aprovado o regulamento LMDh

RIO DE JANEIRO – Plataforma de convergência entre FIA WEC e IMSA em suas divisões principais, a classe Le Mans Daytona Hybrid (LMDh) teve seu regulamento oficializado e aprovado, com vistas a se iniciar a partir de 2022.

Essa convergência permitirá também que as equipes dos EUA possam viajar a La Sarthe e competir futuramente contra os ‘players’ da divisão LMH do Mundial de Endurance – por enquanto, Toyota, Glickenhaus, ByKolles e Alpine (esta com um LMP1 não-híbrido) em 2021 e, depois, Peugeot. E também que equipes do FIA WEC – por que não? –  possam adotar modelos dentro do contexto LMDh.

Os quatro fabricantes aprovados para ceder protótipos concebidos dentro do regulamento da nova classe são os mesmos de LMP2 que a FIA mantém sob contrato: Dallara, Oreca, Ligier e Multimatic.

Dentro da premissa técnica entre as duas partes, representadas por seus diretores Matt Kurdock (IMSA) e Thierry Bouvet (ACO), estabeleceu-se que os LMDh serão originalmente concebidos com peso mínimo de 1030 kg e potência combinada de 500 kW (equivalentes a 670 cavalos). Os motores de combustão interna, com um máximo de 630 HP, vão atuar em conjunto com um sistema híbrido padrão desenvolvido pela Bosch e com baterias da Williams Advanced Engineering, debitando potência de 50 kW (67 cavalos) e possibilidade de regen de 200 kW.

A caixa de câmbio será igualmente modelo padrão, fornecida pela XTrac.

ACO e IMSA estimam que o custo de um protótipo LMDh, sem motor, fique na casa de € 1 milhão, aproximadamente 6,3 milhões de talkeys.

“Estamos confiantes”, garante o presidente da IMSA John Doonan. “Ao anunciar o regulamento final hoje, isso trará mais nomes para a mesa de negociação. Desde quando a convergência foi anunciada em janeiro, recebemos muitas perguntas e respostas específicas de montadoras de prestígio. Essas mesmas montadoras estão muito envolvidas na elaboração dos regulamentos”, frisou.

“Certamente, as corridas de Endurance têm um futuro claro, tangível e brilhante na competição em mais alto nível”, completa Doonan.

“Se não fosse a crise de saúde decorrente do Covid-19, teríamos anunciado essas novas regras em junho”, assentiu o presidente do ACO Pierre Fillon.

Comentários

  • A LMDh parece fazer mais sentido esportivamente que tecnicamente. Ajuda encher grid, é viável economicamente, une IMSA e Le Mans e parece mais como uma ferramenta de marketing automotivo viável para algumas marcas não tão interessadas em divulgar sua própria tecnologia avançada. Tecnicamente parece uma classe pouco ousada. Acho que a intenção é não ficar com um grid só na mão de grandes montadoras que vão desfilar tecnologia na LDH, mas encerram seus programas no automobilismo do dia para noite.