Dez anos depois, deu BMW nas 24h de Nürburgring

Quando o assunto é 24h de Nürburgring, ninguém tem mais vitórias que a BMW: mesmo com um intervalo de dez anos desde a conquista anterior, os bávaros triunfaram pela vigésima vez em 48 edições da clássica prova alemã de resistência

RIO DE JANEIRO – A chuva fez questão de tumultuar a edição 2020 das 24h de Nürburgring, a 48ª da história do evento realizado desde 1970 e que só não aconteceu por três oportunidades em pouco mais de meio século por conta da crise mundial do petróleo no binômio 74/75 e também em 1983, quando a pista passou pelas reformas que a adequaram a receber a Fórmula 1 novamente, num traçado de pouco mais de 4km de extensão.

Esta foi uma edição atípica em todos os sentidos, posto que acabou adiada em mais de quatro meses – a tradição indica a disputa sempre em maio ou junho, no máximo – e o grid foi bem menos cheio que em outros anos. “Apenas” 97 carros largaram – pode parecer pouco já que em Le Mans vemos 60 a 62 nos últimos anos – mas para uma pista com 25,378 km de extensão, é pouco mesmo.

A água que caiu no Nordscheleife interrompeu por completo a disputa após a 6ª hora e assim as 24h de Nürburgring permaneceram em neutralizado com bandeira vermelha a noite inteira. A corrida só foi retomada quando as condições melhoraram e aí já faltavam pouco menos de 8h para o final.

Por isso, o total de voltas – 85 – completado pela BMW M6 GT3 dos vencedores Nick Yelloly/Alexander Sims/Nicky Catsburg (Philipp Eng estava inscrito, mas não guiou) é um dos mais baixos da história do evento. Para os bávaros e a ROWE Racing, isso pouco importou: a marca dos triângulos dixi volta a triunfar na clássica prova de Endurance após uma década exata e esta foi também a 20ª conquista da turma de Munique, abrindo oito triunfos de vantagem para a Porsche.

Campeã da prova ano passado, a Audi terminou em 2º lugar com o carro conduzido por Mirko Bortolotti/Christopher Haase/Markus Winkelhock, enquanto o brasileiro Augusto Farfus subiu ao pódio como terceiro colocado ao lado de Martin Tomczyk, Sheldon Van der Linde e Jens Klingmann em mais uma BMW – esta, do Team Schnitzer.

BMW e Audi se revezaram nas seis primeiras posições, com os quatrargólicos ainda completando em quinto e sexto e outra M6 GT3 da ROWE Racing em quarto lugar. Só aí veio o melhor Porsche, com a Frikadelli Racing completando em sétimo e com a tripulação formada por Lars Kern/Mathieu Jaminet/Maxime Martin/Lance David-Arnold.

A Mercedes, pole position da disputa, abocanhou apenas um desdentado oitavo posto com o carro #6 da equipe de Hubert Haupt, guiado por Maro Engel/Nico Bastian/Dominik Baumann/Patrick Assenheimer. Outro carro da estrela de três pontas figurou entre os dez primeiros, assim como mais um Porsche, do Team Falken.

Ao todo, o plantel foi dividido em 21 subclasses e dos 97 carros que largaram, setenta e quatro receberam classificação ao fim da corrida.

Comentários

  • Assisti boa parte da prova pelo link aqui do blog. Mas não vi o final.
    Pena a interrupção tão longa. Torci muito pela BMW 42, que andou sempre no grupo da frente.Queria ter visto o Augusto ganhar de novo, mas não foi dessa vez.
    Ultrapassar no Inferno Verde com chuva, em disputa de posição, é uma arte para poucos. Isso dificultou um pouco as coisas e influenciou no resultado. O encurtamento da corrida influenciou mais ainda.
    De qualquer jeito, 24H de Nurburgring é sempre show.

    Antonio