Portugueses são campeões do International GT Open com polêmica na decisão

A Teo Martín Motorsport ganhou tudo o que podia no GT Open: campeã de equipes e de pilotos na geral com Henrique Chaves/Miguel Ramos e na Pro-Am com o brasileiro Marcelo Hahn superando dupla com antigo piloto de Fórmula 1 a bordo

RIO DE JANEIRO – Com enorme dose de polêmica, o título de 2020 do International GT Open decidiu-se no pós-prova da última corrida da rodada final disputada sábado e domingo em Barcelona. E deu portugueses, com certeza: Henrique Chaves e Miguel Ramos, a dupla de um dos McLaren 720S GT3 da Teo Martín Motorsport, faturou o caneco após a acintosa manobra da Ferrari 488 GT3 da AF Corse/APM Monaco dos rivais Vincent Abril/Louis Prette Jr., contra quem os lusos brigavam pela taça.

Na penúltima volta da corrida de domingo, Abril resolveu jogar sujo e numa das curvas de baixa, acertou o McLaren guiado por Miguel Ramos, que ficou atolado na brita. Abril e Prette Jr. terminaram na pista em 2º lugar e, com os rivais perdendo uma volta e fechando em 11º na geral, o título era deles. Em tese: os comissários desportivos entenderam após a análise da imagem que a manobra foi ilegal e puniram, independentemente do total de voltas completado, a dupla do carro #17 (sempre este número fatal!) com a perda de 10 posições no resutlado final.

Sem contar que o outro carro guiado por Angelo Negro/Stéphane Ortelli também se comportou de forma bem babaca em Barcelona para prejudicar Ramos/Chaves na luta pelo título, conquistado de forma dramática, porém merecida.

Os campeões somaram 114 pontos após seis rodadas e 12 provas, dois a mais que os vencedores da última prova, Salh Yoluç/Charlie Eastwood, da TF Sport. Pois é: nem o vice ficou com Prette Jr. e Abril, mostrando que o castigo não vem só a cavalo, não…

Na véspera, a Optimum Motorsport conquistou uma inesperada e surpreendente vitória com os britânicos Joe Osborne e Nick Moss, trazendo a reboque Allam Khodair/Marcelo Hahn, no melhor resultado geral da dupla brasileira em 2020. Esse 2º lugar na subclasse Pro-Am foi o que Hahn precisava para se manter na liderança da divisão e no domingo o 7º posto final bastou: Hahn derrotou Patryk Krupinski e o antigo piloto de Fórmula 1 Christian Klien por um ponto apenas (63 a 62) e levou o título.

Mauro Ricci/Jerôme Policand foram os solitários ganhadores das provas na Am Cup, mas como não corriam com direito a pontos, por não terem participado de eventos anteriores, foram hors-concours. Menos mal que o título já estava resolvido desde a etapa passada em favor de Florian Scholze/Jens Liebhauser e ninguém reclamou.

Na GT Cup Open, que viveu uma temporada esvaziadíssima e só contou com quatro inscritos misturados à turma de cima na rodada final, o italiano Aldo Festante, com um Porsche, ganhou o campeonato com 25 pontos de frente para a dupla Daniel Díaz-Varela/Manel Cerqueda, que andou com um modelo Audi.

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