GTD Pro: a solução da IMSA para 2022

RIO DE JANEIRO – A International Motor Sports Association (IMSA) anunciou nesta quinta-feira uma importantíssima mudança de estrutura de classes para o ano de 2022.

Com a debandada de construtores na classe GTLM cada vez mais visível, os ianques se anteciparam a uma até agora pouco crível iniciativa do ACO e da FIA, que gerem as 24h de Le Mans e o Campeonato Mundial de Endurance (FIA WEC), criando a GTD Pro.

A nova classe entra em vigor no próximo ano para salvar não só a IMSA como também um meio de garantir a permanência do time de fábrica da Corvette, já inclinada a bater em retirada se não houvesse uma solução plausível ou novos construtores interessados.

Em 2022, também será adotado um novo regulamento técnico que permite a construção de novos modelos – os atuais, dentro dos parâmetros vigentes, poderão seguir nas pistas com kits “Evo”. Tanto a classe GTD Pro quanto a GTD atual – que permanecerá em atividade, vão correr com pneus Michelin.

Só na IMSA há nove construtores envolvidos com a GTD, hoje: Audi, Porsche, Lamborghini, Ferrari, Aston Martin, Mercedes-AMG, Lexus, Acura e BMW. Há ainda modelos Callaway Corvette, McLaren e Bentley – e espera-se que haja Nissan, também, dentro da nova regra técnica.

Dessa forma, já seriam pelo menos 12 construtores, podendo chegar a treze marcas diferentes – o que garante competitividade em qualquer competição Grã-Turismo que se preze.

ACO e FIA: se vocês não querem esvaziar o WEC e tampouco Le Mans na classe principal de Grã-Turismo de 2022 pra frente, a hora é agora.

Chega de vaidade e de palhaçada.

O que queremos é um automobilismo forte e competitivo, independentemente de bandeira, de país e principalmente de regulamento e promotor.

Se a saída é essa, por que não adotá-la?

Comentários

  • Já passou da hora de a FIA e o ACO reconhecerem seu engano e pararem de tentar reinventar a roda. Basta ver as edições 2019 e 2020 das provas de Bathurst, 24 Horas de Nurburgring e de Spa para ver que a GT3 é incomparavelmente melhor que a GTLM em termos de número de marcas presentes e competitividade. GT3 que é a base da GTD, salvo engano. Se a FIA e o ACO acham que menos é mais, problema deles. Pena que a Endurance é frequentemente palco desse tipo de coisa absolutamente evitável.

    • Exato, Renato. Olha a quantidade de construtores com carros homologados na regra GT3 e compare com o desnível da GTE-Pro e GTE-Am em número de marcas hoje em Le Mans e no WEC.

  • Venho comentando isso há meses, ate o DTM vai utilizar esses modelos, esses carros são o futuro do gran turismo, mas a ACO/WEC não terao outra alternativa pois em 2022 Porsche e Ferrari não vao se interessar

  • Grande iniciativa da IMSA e, creio que, com a atitude do campeonato estadunidense, o ACO/FIA acabarão por adotar a mesma medida em pouco tempo. É isso ou dêem adeus aos GT’s no mundial. De quebra, ainda barateiam os custos pela quantidade de marcas e carros que já existem na configuração GT3.
    Basta deixar a vaidade de lado de ambas as partes (ACO e SRO).