Mudanças e dilemas

RIO DE JANEIRO – Começa 2021 e a Fórmula 1 já se vê impelida a mudar seu calendário oficial, como mostra a ilustração acima. O que, convenhamos, diante do quadro ainda avançado de Covid-19 e as restrições sanitárias de vários países, não chega a ser surpresa.

E não se surpreendam: haverá muitas mudanças mais ate´ antes do pretenso início do campeonato em 28 de março no Bahrein. Acho difícil e falei isso em vídeo no meu canal no YouTube: a FIA e o Liberty Media não vão conseguir fazer o próximo campeonato com as 23 etapas aí elencadas.

Há países com a situação em estado muito grave, dez meses depois de declarada oficial a Pandemia do Coronavírus pela Organização Mundial de Saúde (OMS). EUA e Brasil são duas dessas nações onde a coisa anda absolutamente descontrolada.

Você que estiver lendo esse post pode argumentar que ‘estamos em 13 de janeiro’. Mas sequer temos vacina aqui e os políticos ficam batendo cabeça por vingancinha e revanchismo…

As primeiras medidas dos organizadores da categoria foram transferir o GP da Austrália para novembro, após o Brasil – com data antecipada para 7 de novembro (seria dia 14) e o remanejamento das demais etapas, fechando o ano em 12/12 com o GP de Abu Dhabi, em Yas Marina.

E também deixar a China de standby: o epicentro da Pandemia não deu ainda garantias sanitárias suficientes para se realizar a corrida lá com um mínimo de segurança. Em seu lugar, entrou a prova de Imola, que era a primeira opção de Liberty Media e FIA em caso de substituições.

Segue em aberto a data de 2 de maio que, com muita certeza, o público gostaria muito que fosse ocupada por Portugal e o Autódromo Internacional do Algarve. Mas tudo dependerá do andamento do controle – ou do descontrole – do surto de Covid-19 no planeta.

A Pandemia foi vilã em 2020 cancelando 36 eventos FIA, fora outros de diversas categorias. O Rally da Suécia já ‘caiu’. Vamos ver se outras corridas serão de novo prejudicadas como aconteceu ano passado.

O inimigo silencioso segue entre nós. E não é brincadeira. Não é resfriadinho.

Comentários

  • Ainda ficou barato para o Brasil que, por enquanto, teve apenas um remanejamento de data em uma semana e por conta da realocação de outra praça. Muita água ainda deve rolar por debaixo desta ponte, porque mesmo na Europa e com alguns países com vacinação já iniciada, a situação ainda é bem complicada.
    Veremos.