Fausto Gresini (1960-2021)

RIO DE JANEIRO – O Covid-19 faz mais uma vítima dentro do esporte a motor. Um dos donos de equipe mais queridos da MotoGP, celebrado como um dos grandes pilotos do seu tempo, o italiano Fausto Gresini morreu hoje aos 60 anos na Itália.

Hoje dirigente e Team Manager da Aprília, além de dono de uma estrutura nas classes Moto2, Moto3 e MotoE, Fausto lutava pela vida no Hospital Maggiore – aquele mesmo que ficou conhecido pela morte de Ayrton Senna em 1994. Com graves problemas respiratórios, Gresini contraiu o vírus e passou os últimos meses internado, lutando para melhorar seu estado de saúde.

Infelizmente a situação de Fausto piorou nos últimos quatro dias e ontem, no fim da tarde chegou a ser anunciada sua morte por diversos meios de comunicação da própria Itália. Mas a própria equipe Gresini retificou a informação e disse que o fundador do time ainda estava vivo – mas “em estado crítico”. Menos de 24h depois, veio a notícia fatal.

Como piloto, Fausto disputou 12 temporadas entre 1983 e 1994 na classe 125cc, a única em que guiou, defendendo Garelli, Aprília e Honda. Foi campeão mundial duas vezes em 1985 e 1987. Disputou 132 corridas e ganhou 21.

Em 1997, o italiano montou o Team Gresini e teve Alex Barros como seu primeiro piloto na classe 500cc, como cliente Honda. A parceria durou duas temporadas e três pódios. Depois que Alex foi para o time de Alfonso “Sito” Pons, Fausto foi trabalhar com outros pilotos – entre eles Loris Capirossi, Sete Gibernau, Colin Edwards, Daijiro Kato, Marco Melandri, Toni Elias, Marco Simoncelli, Álvaro Bautista e Franco Morbidelli.

Gresini venceu dois campeonatos como dono de equipe – com Kato na 250cc e Elias na Moto2 – e experimentou a delícia dos títulos e a dor das perdas de Kato na prova inaugural da MotoGP em 2003 (Suzuka/Japão) e de Simoncelli em 2011 (Sepang/Malásia).

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