Mansour Ojjeh (1952-2021)

RIO DE JANEIRO – Luto na Fórmula 1, na McLaren e no automobilismo mundial. Um dos grandes pilares – para muitos o maior – da reconstrução da equipe fundada por Bruce McLaren nos anos 1960, Mansour Ojjeh morreu hoje em Genebra, na Suíça, aos 68 anos.

Mansour chegou ao motorsport sem fazer alarde e a reboque do dinheiro que os sauditas investiram para fazer da Williams uma equipe de ponta, aprendendo os negócios da família com o pai Akram Ojjeh (1918-1991), que fez parte com os Bin Laden – não, não é mentira – do consórcio de investimentos árabes. A partir de 1979, lá estava a sigla TAG (Techniques d’Avant Garde) nos carros de Frank que viveram uma grande fase e levaram títulos mundiais de pilotos e construtores até 1982.

Mas o empresário foi atraído pelo ‘canto de sereia’ de um certo Ron Dennis. Interessado em expandir o poderio da equipe que assumira com sua Project Four numa joint-venture com a McLaren, trouxe Ojjeh e a TAG junto. A maior prova do sucesso da negociação veio em 1983: os árabes financiaram o projeto do motor Porsche V6 Turbo desenhado por Hans Mezger e que se manteve na Fórmula 1 com sucesso até 1987.

O investimento não significou todavia o fim da parceria Ojjeh-McLaren. Depois, o grupo inclusive compraria a marca suíça de relógios e cronômetros Heuer e Mansour liderou o conselho de acionistas da McLaren, do qual fez parte por mais de três décadas. Ano passado, liberou-se da diretoria, permanecendo apenas com uma parte da sociedade. O filho Sultan o representa junto ao CEO da equipe, Zak Brown.

Mansour também tinha um irmão que é piloto: Karim Ojjeh, treze anos mais moço, guia em provas de Grã-Turismo e já esteve na disputa das 24h de Le Mans com Esporte-Protótipos da classe LMP2.

O empresário deixa viúva e uma filha.

#RIP

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