Finalmente, Penske!

SÃO PAULO – Demorou, mas saiu enfim: dez corridas e a Penske finalmente espantou a “zica” em 2021 na Fórmula Indy. Por várias oportunidades, problemas e falta de oportunidades fizeram quase todos os pilotos da lendária equipe estadunidense bater na trave. Nesse domingo, foi diferente. Correndo “de terno”, em que pese a pressão incrível de Marcus Ericsson nas últimas voltas, Josef Newgarden enfim pôs um ponto final num incômodo detalhe deste campeonato que é espetacular.

Haja visto que antes das ‘férias’ de 33 dias de intervalo entre a corrida de Mid-Ohio e a próxima etapa, que será num novo traçado urbano encravado em Nashville, no Tennessee – por conta da cobertura da NBC às Olimpíadas de Tóquio, a temporada chegou a oito vencedores diferentes em dez etapas. Somente Álex Palou e Pato O’Ward ganharam duas vezes. É muito equilíbrio, diversidade, disputas e competitividade. Tem campeonato precisando aprender com a Indy…

Faltando seis etapas e mais de 300 pontos em disputa, contando os por volta liderada e maior número de giros na ponta, é claro que ainda não dá pra cravar que não será desta vez que o sétimo título de Scott Dixon virá. O piloto da Ganassi é matreiro, sabe dar o bote na hora certa e, com 328 pontos somados, não está morto. O próprio companheiro Álex Palou, agora líder com 384 e o 2º colocado Pato O’Ward, que soma 345, não podem dar brechas nessa próxima leva de três provas do calendário – que incluem Indianápolis e o oval de Gateway, o último do ano.

E nem Newgarden, após a vitória deste fim de semana, pode ser considerado fora do jogo. Quarto colocado da tabela com 315, o estadunidense tem chance de fazer o triunfo de Mid-Ohio jogar a seu favor pelo campo psicológico. 

A batalha está longe de ser ganha por qualquer um dos pilotos. E sem a questão da pontuação dobrada em Long Beach, na última corrida, ninguém pode se dar por vencido. E muito menos achar que já ganhou qualquer coisa. A Penske provou que está viva e as rivais que abram os olhos.

Em tempo: voltei às transmissões da Indy na Cultura neste fim de semana e venho a público neste post agradecer a cada um de vocês que torceu por minha recuperação do Covid. Foi um susto enorme, mas estou de pé, firme e esperando a minha vez da vacina. Sábado tomo a minha primeira dose. Sigamos nos cuidando!

Comentários

  • Esta corrida infelizmente não vi. Como já disse em outro post, desta vez, quem esteve hospitalizado fui eu.
    Contudo, posso ver um VT completo depois, pois estou me recuperando em esquema de home office. Muita gente ainda torce o nariz para a Indy, por conta do conceito de competição estadunidense, que é bem diferente do europeu, e acha até a categoria amadora…grande bobagem.
    Na Indy, as equipes grandes tem mais chances obviamente mas, absolutamente todos os carros, todas as equipes tem alguma possibilidade de vencer uma corrida. Não a toa, vemos gente vinda da F1 que consegue mostrar algo e provar seu valor quando cruzam o Atlântico O contrário é muito mais difícil acontecer porque no fundo até uma certa discriminação existe (vide o que se falava do Zanardi quando retornou á categoria máxima como bicampeão da CART…).
    Enfim, este campeonato está excelente, você, Mattar, junto ao Gefferson Kern são a dupla de narrador/comentarista que a categoria há tempos não tinha…o resgate da clássica vinheta…a “zica” do carro #10 que, parece que finalmente acabou depois da aposentadoria do Dario Franchitti.
    Não quero e não vou perder mais nenhuma prova.