IMSA: Ganassi com novas caras e dois carros em 2022

A Ganassi não terá apenas um – mas dois carros, na temporada 2022 do IMSA Weathertech SportsCar Championship, com vistas à LMDh a partir de 2023. Equipe correrá nos EUA e também no Mundial de Endurance

RIO DE JANEIRO – Com a Cadillac aportando oficialmente no regulamento LMDh para 2023, a Chip Ganassi Racing dobra a parada no último ano dentro do atual regulamento Daytona Prototype International (DPi) e confirma dois carros e novos pilotos para a próxima temporada do IMSA Weathertech SportsCar Championship.

Com a partida de Kevin Magnussen para o programa Peugeot no WEC, onde o dinamarquês será um dos pilotos do inovador Hypercar 9X8, Chip Ganassi teve de se socorrer de novos nomes e buscou ótimas opções no mercado, trazendo especialistas de provas longas para formar com Renger Van der Zande, o único titular que permanece.

Chegam Sébastien Bourdais, que ainda cumpre na Petit Le Mans seu contrato com a JDC-Miller para provas longas, o que faz com que o francês de 42 anos saia da Fórmula Indy e da equipe Foyt como piloto titular – ele fará provas selecionadas na categoria de monoposto, que não coincidam com o programa IMSA e nem com o desenvolvimento do LMDh que será construído na plataforma Dallara; o britânico Alex Lynn – que pelo menos conhece o DPi V-R de participações prévias pela Wayne Taylor Racing e… o neozelandês Earl Bamber, que encerra seu vínculo com a Porsche.

O piloto de 31 anos venceu duas edições das 24h de Le Mans pela casa alemã (2015 e 2017), foi campeão da série IMSA na GTLM em 2019 e dirige um time particular em parceria com a Hardpoint Racing. Após uma longa ligação com a marca de Weissach, iniciada em 2013 nas competições de Porsche Carrera Cup, Bamber e a Porsche encerram o compromisso no fim de 2021 – e as portas se abrem, se escancaram, para que Roger Penske tenha a chance de ter Felipe Nasr – que está com a cotação em alta nos EUA – para um programa IMSA/Le Mans.

Bamber, inclusive, fixou residência em Nashville, no Tennessee, como parte dos planos de ingressar na CGR como piloto oficial Cadillac a partir do próximo ano. “Quando se fala de equipes lendárias em competições de carros esporte é impossível não pensar na Chip Ganassi Racing”, revela o ‘kiwi’. “Eles também ganharam em Le Mans na categoria (n. do blog: na LMGTE-PRO), é um time de ponta e será legal ver como nos sairemos no primeiro ano com o Cadillac DPi-V.R. Estou também muito otimista ao correr na classe principal da IMSA em 2022”, disse.

Chip e seu braço direito Mike Hull não confirmaram ainda quais serão as duplas, o que será definido apenas à véspera do ROAR Before The Rolex 24, portanto somente no começo do ano que vem. Para os eventos de Endurance da série – pelo menos Daytona – a CGR não deve ter surpresas: Scott Dixon e mesmo Kevin Magnussen devem ocupar o posto de 3º piloto em cada uma das máquinas presentes.

Em 2022, a IMSA terá apenas Acura e Cadillac na classe DPi, já que a Mazda está fora e não fica para o regulamento LMDh. No outro ano, as duas já citadas terão a companhia de Porsche, Audi e BMW. A Alpine entra na plataforma global em 2024 e o grupo Renault poderá ser representado nos EUA pela Nissan.

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