Abertura do WEC em Sebring terá 37 carros
RIO DE JANEIRO – Agora vai? Após dois anos sem “Super Sebring”, parece que em 2022 será diferente e teremos o Mundial de Endurance começando a todo vapor nos EUA: as 1000 Milhas de Sebring, preliminar luxuosa das 12h da IMSA, acontecem na sexta-feira 18 de março com a presença de 37 carros – como já anunciado, a Peugeot não terá como preparar seus novos Hypercar 9X8 a tempo, adiando a estreia dos mesmos para Spa-Francorchamps, o que segundo o ACO é compulsório para a participação do construtor francês nas 24h de Le Mans.
São vários os “To Be Announced” (TBA) na lista que ainda não é definitiva, mas podemos confirmar que Nico Lapierre e Matthieu Vaxivière devem mesmo ser os companheiros de André Negrão na Alpine. A Glickenhaus fechou seu trio com Olivier Pla (antes o único confirmado), Romain Dumas e Ryan Briscoe para o primeiro evento do ano e já anunciou que para Spa e Le Mans, contará com Richard Westbrook, Franck Mailleux e o brasileiro Pipo Derani.
Na Toyota, a única mudança já prevista em relação ao último campeonato é a substituição no carro #8 em que Kazuki Nakajima saiu e chegou o também japonês Ryo Hirakawa, que faz em Sebring sua estreia no WEC.
A LMP2 não está com a lista completa ainda porque a G-Drive Racing não anunciou o parceiro de James Allen e René Binder no seu carro. A novata Vector Sport deve fazer o mesmo que a United Autosports, que chamou Paul di Resta – um dos pilotos Peugeot – para o lugar de Alex Lynn. A Cadillac Racing requisitará Sébastien Bourdais para as 12h de Sebring e o francês pode ter que ficar de fora da abertura do Mundial.
As 1000 Milhas de Sebring marcam a estreia de vários times (Penske, Prema Orlen Team, Vector Sport e Ultimate) e pilotos na competição, entre eles a estrela do off-road Sébastien Ogier, da compatriota dele, Lilou Wadoux, do brasileiro Felipe Nasr, do estadunidense Dane Cameron, de Robert Kubica e Lorenzo Colombo, do jovem Josh Pierson, do trio Oliver Rasmussen, Jonathan Aberdein e Ed Jones na JOTA, do mexicano Estebán Gutiérrez, do excelente alemão René Rast, da trinca francesa formada por Jean-Baptiste Lahaye, François Hériau e Matthieu Lahaye, do angolano (com licença portuguesa) Rui Andrade e do holandês Timjen Van der Helm.
Ufa…
Na LMGTE-PRO, com cinco carros e três equipes, a disputa terá apenas dois pilotos por carro. A novidade é a estreia de Antonio Fuoco na AF Corse como substituto do brasileiro Daniel Serra e a chegada da Corvette com Nick Tandy e Tommy Milner. Oficialmente, Fuoco e Milner nunca correram pelos pontos no Mundial de Endurance.
Em contrapartida, na LMGTE-AM, falta preencher 13 vagas em sete das inscrições. Seis trios já estão definidos e os últimos anúncios foram de Florian Latorre e Marco Sorensen no carro #33 junto a Ben Keating; Nick Cassidy na vaga de Giancarlo Fisichella no #54 da AF Corse; Gabriel Aubry fechando com os compatriotas Pierre Ragues e Franck Dezoteux o trio do #71 da Spirit of Race e a Project 1 alinhando um de seus Porsches em parceria com a Inception – o #56 terá Brendan Iribe, Ollie Millroy e Ben Barnicoat a bordo.
Alguns pilotos, à exceção de Lynn e Bourdais devem fazer ‘double duty’ entre as provas do WEC e da IMSA: a Toyota já liberou Mike Conway, Pechito López e Kamui Kobayashi para competirem na Action Express na prova da categoria estadunidense; Felipe Nasr fará a prova pela Pfaff Motorsports na GTD Pro; Louis Deletraz está inscrito na Tower Motorsports com um LMP2 – Rui Andrade ou Ferdinand von Habsburg podem ser escalados para esse mesmo carro; Ben Keating e Josh Pierson devem fazer as 12h de Sebring pela PR1/Mathiasen; Oliver Jarvis é titular da Meyer-Shank Racing; Ben Barnicoat tem compromisso com a Vasser Sullivan – e poderemos ter mais outros nomes quando for anunciada a lista da 2ª corrida da IMSA.
Como novidade em 2022, o WEC terá o fornecimento de um combustível com menor emissão de poluentes. Desenvolvido pela TotalEnergies, parceira comercial da Peugeot e também da categoria, o produto Excellum Racing 100 é baseado em bioetanol, com 65% menos gases emitidos do que os demais combustíveis fósseis.
Rodrigo, boa tarde. Me ajude numa dúvida. Todos os prototipos de Le Mans, Daytona tem que ser obrigatoriamente bipostos e o piloto sentar de um lado do protótipo ou ele pode ficar posicionado no meio do protótipo?
Há protótipos em posição central para o piloto guiar. O Peugeot 908 era um deles. Mas a maioria são bipostos para diferenciar os monolugares.