1000 MIlhas de Sebring de volta com 36 carros confirmados

RIO DE JANEIRO – Oficial: a abertura do Mundial de Endurance, que depois de duas tentativas de retorno aos EUA sem êxito por conta da Pandemia volta a ser em Sebring, na Flórida, no evento “Super Sebring” em conjunto com a IMSA, terá 36 carros de acordo com a divulgação da lista de entradas para a prova que marca o início da temporada #10 do FIA WEC.

Serão os mesmos carros que a partir de sábado entram na pista para o Prólogo, com quatro sessões livres de testes – duas em cada dia do fim de semana, como preparação para a corrida que será na próxima sexta-feira (18).

Com a ausência da Peugeot – que não estreará o modelo 9X8 antes de Monza (e algo me diz que nem estreará o inovador Hypercar em 2022) – e também da GR Racing, por iniciativa do piloto-patrão Michael Wainwright, o grid conta com 19 protótipos entre Hypercar e LMP2 e os demais modelos Grã-Turismo, sendo cinco LMGTE-PRO e 12 LMGTE-AM.

Os assentos finais vão sendo preenchidos pouco a pouco e ainda há vagas em aberto: a Northwest AMR, que confirmara David Pittard junto a Paul Dalla Lana e Nicki Thiim com o status de piloto de fábrica do construtor de Gatwick – prontamente desmentido, o que tirou Pittard da lista de entradas – ainda tem um lugar disponível, e o Team Project 1 ainda não definiu qual será o piloto de graduação bronze que dividirá o cockpit do Porsche #46 com Matteo Cairoli e o dinamarquês Mikkel Pedersen.

A Dempsey Racing-Proton indicou Seb Priaulx e Harry Tincknell (dois britânicos, aliás) para compor a trinca do #77 com o piloto e coproprietário do time, Christian Ried. No #88, Fred Poordad e Patrick Lindsey (este de volta às pistas) foram anunciados para andar junto a Julien Andlauer.

Aliás, além da coincidência de Tincknell competir com o pai de Seb, Andy Priaulx, no projeto Ford Ganassi, o piloto oriundo da Porsche Carrera Cup North America é um dos muitos novatos que farão sua primeira apresentação no WEC.

Na Hypercar, Ryo Hirakawa estreia pela Toyota, enquanto Lilou Wadoux e o multicampeão de Rallys Sébastien Ogier fazem sua primeira aparição no certame via Richard Mille Racing. E não para por aí: Dane Cameron e Felipe Nasr (que tem aparições em Le Mans e também ano passado nas 6h de Monza, mas em carros de equipes não inscritas oficialmente no WEC) estarão no primeiro evento oficial do Team Penske na categoria.

Outros nomes novos no campeonato são os de Robert Kubica e Lorenzo Colombo (Prema Orlen Team); Mike Rockenfeller, Nico Müller e Ryan Cullen (Vector Sport); Will Owen e Josh Pierson (United Autosports); Oliver Rasmussen, Ed Jones e Jonathan Aberdein (Team Jota); Esteban Gutiérrez (Inter Europol Competition); Jean-Baptiste Lahaye e François Heriau (Ultimate); Rui Andrade (RealTeam by WRT); Timjen Van der Helm (ARC Bratislava); James Allen e Steven Thomas (Algarve Pro Racing); Tommy Milner (Corvette Racing); Nick Cassidy, Simon Mann e Christoph Ulrich (AF Corse); Florian Latorre (TF Sport); Mikkel Pedersen, Ben Barnicoat, Brendan Iribe e Ollie Millroy (Team Project 1); Franck Dezoteux (Spirit of Race); Fred Poordad (Dempsey Racing-Proton) e Charlie Fagg (D’Station Racing). Se minhas contas não falham, 34 novos nomes na estatística – aliás, preciso novamente fazer uma planilha com todos os pilotos que disputaram provas do WEC em inscrições contando pontos para a série.

O total de carros foi confirmado em 36 mesmo com a defecção da G-Drive Racing, o que provocou a saída de Daniil Kvyat – o antigo piloto da Fórmula 1 que defendeu Red Bull, Toro Rosso e AlphaTauri que estrearia na competição.

No lugar do time que não correria com bandeira russa e sim como representante neutro, cujo coordenador – e também piloto – Roman Rusinov recusou-se a assinar o código de conduta da FIA (Kvyat, também), proibindo símbolos, cores e alusões à bandeira do país além de apoio à invasão russa na Ucrânia, entrou justamente a organização que daria suporte à escuderia apoiada pelo grupo Gazprom.

A portuguesa Algarve Pro Racing mantém James Allen e René Binder e traz o piloto bronze Steven Thomas, dos EUA, pelo menos na 1ª etapa. Assim, o carro que terá o dorsal #45 e será inscrito full season no regime ‘corrida a corrida’ estará na LMP2 Pro-Am competindo contra a Ultimate, a ARC Bratislava e a AF Corse com o cliente François Perrodo.

O Brasil terá o número mais baixo de participantes na competição em muito tempo. Até o momento, somente André Negrão (Alpine Elf Team) e Felipe Nasr (Team Penske) estão confirmados. Felipe Fraga, Daniel Serra, Augusto Farfus e Marcos Gomes, por diferentes razões, não voltam este ano. Possivelmente esse total aumenta para a disputa das 24h de Le Mans e/ou provas eventuais no certame durante a temporada 2022.

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