Novo Porsche 963: um recado direto à Toyota
RIO DE JANEIRO – Oficial: a Porsche anunciou hoje o codinome do seu protótipo LMDh com que volta ao Endurance nas classes principais do FIA WEC, IMSA e às 24h de Le Mans no ano do Centenário da disputa na qual é a maior vitoriosa, com 19 triunfos.
O construtor alemão revelou às 19h30 da Europa, 14h30 de Brasília, mais detalhes sobre o Porsche 963 – assim escolhido para sair do escopo do 919 Hybrid e voltar à gênese de uma geração tremendamente vitoriosa, dos modelos 956 e 962 de Grupo C. Ainda que o 963 seja construído – dentro da premissa da regra instituída – na plataforma Riley-Multimatic de LMP2 – que inclusive já está dentro das regras técnicas para a divisão a entrar em vigor no ano de 2025.
O novo carro terá motor 4,6 litros V8 biturbo, derivado do seu modelo esportivo 918 Spyder. Será dotado, logicamente, do sistema híbrido padrão a todos os construtores que adotarem o regulamento LMDh, no conjunto Bosch + Williams Technologies + XTrac, que fornecerá a caixa de câmbio.
A reboque do anúncio oficial do carro que, na decoração lembra vagamente o livery do 917 da Porsche Salzburg que venceu pela primeira vez na geral em 1970 com Dick Attwood e Hans Herrmann, a junção Porsche-Penske Motorsport teve enfim seus pilotos anunciados. Dois deles já eram conhecidos: o brasileiro Felipe Nasr e o estadunidense Dane Cameron.
Os demais não se constituem em surpresas, muito embora o mais experiente deles não tenha sido dos mais proeminentes nomes quando defendeu a marca no WEC em 2017 – refiro-me ao alemão Andre Lotterer, que faz 41 anos em novembro e dos oito nomes é o único remanescente dos programas Audi e Porsche com motores diesel e alta tecnologia de sistemas híbridos.
Os franceses Kévin Estre e Mathieu Jaminet, o australiano Matt Campbell, o belga Laurens Vanthoor e o dinamarquês Michael Christensen vão compor as tripulações de FIA WEC e IMSA, ainda não distribuídas conquanto indefinidas. Nomes adicionais serão indicados para as provas do IMSA Michelin Endurance Cup, notadamente 24h de Daytona e 12h de Sebring.
A Porsche já percorreu quase 7,9 mil km de testes só no primeiro semestre e o Team Penske interrompeu sua presença com um Oreca LMP2 no WEC após Le Mans, justamente para que Nasr e Cameron, além dos demais pilotos da marca e outros nomes envolvidos no desenvolvimento do protótipo sigam trabalhando para deixar o 963 no chamado “ponto de bala” para sua estreia.
Acabou a brincadeira: a Toyota agora tem um concorrente sério. Peugeot e Ferrari – esta última ainda sequer realizou o ‘rollout’ de seu Hypercar para o próximo ano – que abram o olho. Roger Penske não entra em nada para perder. Nem a turma do cavalo empinado de Stuttgart.
Apesar de Lotterer e grandes pilotos de GT, achei que faltou um nome de peso internacional como foi o Mark Webber em 2014, confesso que esperava ver o Hulkenberg entre eles, veremos os dois faltantes.
Linda a barata.
Principalmente se compararmos com o que temos hoje, onde predomina um visual estranho e por vezes até desproporcional.
Se a beleza for um bom sinal, promete muito.
Senhoras e senhores….que rufem os tambores pois a “maior” de Le Mans está de volta…carro lindo…força PORSCHEEEEEE!!!
Agora o pau vai comer no WEC para valer mesmo. E já estava mais que na hora