Para quem não viu: Euroformula Open, temporada 2022 – rodadas de Spa e Hungaroring

RIO DE JANEIRO – Dose dupla de EF Open no blog nesta segunda-feira, com o registro das rodadas triplas da temporada 2022 realizadas na Bélgica e Hungria. O campeonato faz agora uma pausa e só volta em setembro, depois das férias de verão para todos os pilotos e equipes envolvidos nas séries organizadas pela GT Sport.

Embora o grid do EF Open seja baixo e alguns chamem até de fraco, o mexicano naturalizado espanhol Jesus Pareja, com 67 anos e muita experiência como piloto, tendo disputado o saudoso Grupo C (Mundial de Marcas), ainda acredita no próprio produto.

“É um carro fantástico” – confidencia Pareja com orgulho. “Junto com a Dallara queríamos desenvolver um carro leve, com baixo centro de gravidade e muita aerodinâmica. Todos os pilotos que o conduziram adoraram. O único ponto fraco que identificamos é o investimento inicial. O preço de tabela do nosso Dallara é superior ao do Tatuus Regional by Alpine (FRECA), mas os custos de uso estão em linha e o orçamento necessário para participar de uma temporada não é muito diferente”, conta o organizador.

Pareja fez uma parceria com a Dallara para a construção do chassis, que foi concebido a partir de 2020 para uma nova filosofia de Fórmula 3 ou categoria semelhante de acesso – e dotado do Halo obrigatório como item de segurança.

O problema é que a FRECA e a Fórmula 3 FIA tem vagas e pilotos demais e no EF Open, é o contrário: carros e pilotos de menos, o que deixa a competição pouco atrativa e esvaziada. Já falamos disso noutros vídeos.

Apenas uma dezena de pilotos disputou as últimas provas em Spa e no Hungaroring. Do total de dezesseis que pontuaram em 2022, menos da metade – sete, no caso – fizeram todas as rodadas. Na última corrida, entraram três pilotos novos: Ayrton Simmons, Benjamin Berta e Vladimir Netusil, quase todos desconhecidos – exceto Simmons, que é da F3 FIA e teve uma brecha para correr a rodada magiar.

Enfim, o calendário vai sendo cumprido e Oliver Goethe vai fazendo a parte dele. Com mais de 50% do total possível de vitórias – oito em 14 provas – ele enfileira 69 pontos de frente para o australiano Christian Mansell, sem parentesco algum com o campeão de F1 e Indy Nigel Mansell.

Na Bélgica, Goethe venceu todas as três provas e arrebatou um quinto triunfo seguido – vencera a prova #3 em Paul Ricard – ao ganhar a corrida #1 no Hungaroring. Mas lá sua liderança foi carimbada: o britânico Josh Mason venceu a prova #2 e Mansell a corrida #3.

Resta saber se até o fim do ano o EF Open conseguirá atrair para si mais pilotos. A categoria tem, segundo o site oficial, oito times registrados. Cada um com um máximo de quatro carros. Seria incrível um grid de 32 pilotos – mas não há pilotos com orçamento suficiente para fazer hoje a categoria na totalidade ou bancar o running para um total de quatro rodadas triplas no resto do ano, perfazendo 12 corridas.

A ver.

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