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Artes

Oscar Niemeyer (1907-2012)

RIO DE JANEIRO – Sim, eu sei… a genialidade de Oscar Niemeyer não teve parâmetro na arquitetura brasileira. Do antigo prédio do Ministério da Educação no Rio de Janeiro até o Museu de Arte Contemporânea em Niterói, passando pela Pampulha, pelo Copan, pelo Sambódromo do Rio de Janeiro e principalmente, por Brasília, obra máxima de um […]

oscar-niemeyer-esta-internadoRIO DE JANEIRO – Sim, eu sei… a genialidade de Oscar Niemeyer não teve parâmetro na arquitetura brasileira. Do antigo prédio do Ministério da Educação no Rio de Janeiro até o Museu de Arte Contemporânea em Niterói, passando pela Pampulha, pelo Copan, pelo Sambódromo do Rio de Janeiro e principalmente, por Brasília, obra máxima de um dos maiores discípulos de Le Corbusier, tudo merece ser saudado, visto e revisto até que nos demos conta de que homens como ele são raros neste mundo. Aliás, não deixem de conhecer pelo menos uma de suas grandes e imortais criações. Eu já estive no prédio do MEC, no Sambódromo, em Brasília e no MAC, como bem ilustra a foto abaixo.

E vocês?

Niemeyer manteve um pacto de 104 anos com a vida e por dez dias apenas, por pouco não estendeu essa marca. E nessa relação de amor com a vida, nos premiou com seu talento e com frases de efeito sensacionais. Comunista e ateu convicto, o tricolor Oscar Niemeyer está imortalizado na história do nosso país e, desculpem o exagero, do mundo inteiro – haja vista a repercussão que sua morte ocorrida nesta quarta-feira alcançou no planeta. Até o ex-piloto de Fórmula 1 Nick Heidfeld retuitou a notícia do Die Welt, um periódico germânico, sobre Oscar Niemeyer.

Para quem sabia que o caminho mais curto entre dois pontos é uma reta, a grande premissa do arquiteto em suas obras era de que as curvas têm que sustentar todo o peso do concreto. Por isso, na maioria de suas criações, tantas formas geométricas, tantas curvas, tanta sinuosidade e, sem exagero nenhum nisso, Niemeyer punha também uma pitada de sensualidade às suas obras – até porque em matéria de curvas, ninguém mais sensual do que a mulher – eterna fonte de inspiração na arte e na arquitetura.

Descanse em paz, gênio da raça.