Mundial de Endurance: confirmados 37 carros para a temporada 2024 do FIA WEC

RIO DE JANEIRO - A temporada 2024 do Campeonato Mundial de Endurance (FIA WEC) já tem seu plantel anunciado de acordo com a decisão do Comitê da modalidade junto à Federação Internacional de Automobilismo e ao Automobile Club de l'Ouest (ACO), que coorganiza o evento há quase 12 anos.

O próximo campeonato será disputado pelas classes Hypercar e LMGT3 - e devido ao crescente interesse das montadoras, a divisão de protótipos LMP2 foi suprimida, ficando apenas como hors-concours em Le Mans com um mínimo de 15 carros para serem selecionados. E o total de inscritos do WEC só não foi maior devido à limitação de garagens em alguns circuitos.

Mas a meta do ACO/FIA é aceitar no máximo 40 inscrições fixas em 2025, podendo aumentar o total para além disto em algumas provas, por inscrições em caráter "race by race", que até serão aceitas no WEC em 2024.

Sem muitas surpresas, o total de carros da Hypercar ficará em 19 e, com a ausência de Vanwall e Glickenhaus, sendo que esta última desistiu por falta de dinheiro e o time de Colin Kolles não atendeu a determinados critérios para ser aceito, o grid será composto só por protótipos híbridos dentro do regulamento de convergência ACO/FIA e IMSA.

Serão oito LMH e onze LMDh, representando as seguintes marcas: Toyota, Ferrari, Peugeot, Isotta Fraschini, Cadillac, Porsche, BMW, Lamborghini e Alpine. Quatro destes construtores têm carros novos na competição.



As novidades são o retorno da Alpine com o protótipo A424 Beta na plataforma Oreca, o SC63 da Lamborghini construído com base no chassis francês Ligier, o BMW M Hybrid V8 e o Tipo 6 Competizione LMH da centenária marca italiana Isotta Fraschini.

Aliás, a Isotta foi alvo de polêmica horas antes da divulgação da lista de inscritos: a Vector Sport, que cuidaria da operação do carro, rompeu o compromisso. Soube por fonte segura que a Isotta, na surdina, trabalhava para ter dois carros e um deles seria entregue aos franceses da Duqueine. A Vector, de Gary Holland, não concordou e com isso o acordo foi para as cucuias. Será mesmo o time de Gilles Duqueine que vai operar o único carro oficialmente inscrito.

A Porsche, graças aos esforços da Jota, terá o maior número de carros no grid - cinco, contra três Ferrari, porque foi inscrita uma outra 499P em caráter não-oficial e que terá pelo menos Robert Kubica e Yifei Ye entre os já confirmados. O terceiro assento seria do russo (que corre com bandeira de Israel) Robert Shwarztman, mas este ainda carece de confirmação.

Entre os nomes já anunciados, a Toyota terá Nyck De Vries como novidade no lineup do carro #7 e a Porsche Penske troca Dane Cameron no #5 por Matt Campbell, mandando o estadunidense de volta à IMSA, onde será colega de equipe do brasileiro Felipe Nasr.

A Isotta Fraschini elencou Alejandro García - que vem da LMP3 no European Le Mans Series - junto ao piloto de testes Jean-Karl Vernay. Na BMW, sem ter os trios confirmados, Sheldon Van der Linde e Dries Vanthoor foram os nomes anunciados. A Alpine terá Paul-Loup Chatin, Charles Milesi, Mick Schumacher e Ferdinand Von Habsburg junto a Nico Lapierre e Matthieu Vaxivière - André Negrão ficou sem lugar e, dizem, teria também se afastado da pilotagem em tempo integral para cuidar dos negócios da família. E a Lamborghini fechou questão com Mirko Bortolotti e Daniil Kvyat.

Entre os times clientes da Porsche, a Jota terá Will Stevens e Oli Rasmussen, um em cada carro. A Proton Competition anunciou Harry Tincknell. A Cadillac fica com Earl Bamber e Alex Lynn, por enquanto. Peugeot e Ferrari-AF Corse devem manter seus trios como estavam, com a diferença que Gustavo Menezes dará vez a Stoffel Vandoorne na marca do Leão.



Na LMGT3, haverá nove construtores e um total de 18 carros. A prioridade foi para quem tem projetos na Hypercar e, sendo assim, já havia certeza de Corvette (leia-se General Motors, dona da Cadillac), Porsche, Lexus (leia-se Toyota), Ferrari, Lamborghini e BMW.

As outras três marcas são a Aston Martin - que terá o Valkyrie em 2025 na Hypercar - a Ford, cuja força e investimento jamais seriam desprezados pelo ACO/FIA e a McLaren, que também tem a divisão principal no radar e voltará à Le Mans via United Autosports.

Assim, não houve espaço e vez para a Mercedes-AMG via GetSpeed e muito menos para a Audi, que com a Saintèloc Racing fez testes dos pneus Goodyear em Portimão (Portugal) e Monteblanco, na Espanha. Como ACO e FIA bateram o martelo e disseram que nenhuma das marcas que estivesse fora do WEC e também do ELMS não disputaria as 24h de Le Mans de 2024, as duas marcas alemãs ficaram de fora.

A divisão terá formações Pro-Am, ou seja: um piloto de graduação bronze, outro de graduação prata e um terceiro de graduação ouro ou platina. Muitas equipes ainda têm nomes por anunciar, mas já há trios formados para 2024.

A Aston Martin será representada pela Heart of Racing com Ian James anunciado e Marco Sörensen, que é piloto de fábrica, no #777 da D'Station Racing.

Augusto Farfus será o líder do carro #31 da WRT e, por enquanto, o único brasileiro confirmado no FIA WEC 2024. O #46 terá ninguém menos que a lenda Valentino Rossi, nove vezes campeão do Mundial de Motovelocidade e que será, em meio século, o primeiro em duas rodas a correr as 24h de Le Mans após Mike "The Bike" Hailwood.

A confirmação de Rossi como piloto titular na LMGT3 deve ser um enorme chamariz de público em muitas das provas. Vale, por exemplo, jamais correu em Interlagos e é um apaixonado pelo Brasil. Perto de completar 45 anos, o "Doutor" segue causando...

Pela Ferrari, com o modelo 296 GT3, os trios já estão confirmados: Thomas Flöhr será o cliente do #54 junto a Francesco Castellacci e Davide Rigon - aliás, acredito que será um dos únicos trios a se repetir no WEC em 2024, comparando à LMGTE-AM; enquanto no #55, Simon Mann terá a companhia de François Hériau e Alessio Rovera. 

Daniel Serra fica sem vaga, portanto, devendo ser alocado nos programas de IMSA via Risi Competizione e possivelmente no GT World Challenge Europe Endurance e, talvez, no European Le Mans Series. A ver...

A United Autosports fica responsável pelos dois McLaren e os primeiros pilotos confirmados foram Marino Sato no carro #95 e o helvético Grégoire Saucy, que vem da Fórmula 3 FIA no #59. Coincidência: o dorsal do carro de Saucy é o mesmo da vitória geral da McLaren com o lendário modelo F1 GTR de motor BMW em 1995...

Os dois Lamborghini Huracán GT3 EVO2 serão da Iron Lynx com o #60 guiado pelo piloto bronze Claudio Schiavoni e o #85 via Iron Dames, com Michelle Gätting sendo a única confirmada até o momento.

Nos Lexus RC-F GT3 que serão entregues à equipe francesa Akkodis ASP Team, que rompeu anos de ligação com a Mercedes-AMG, estarão o sul-africano Kelvin Van der Linde, antigo piloto da Audi Sport e o argentino José María "Pechito" López.

A TF Sport, com o aval da Corvette Racing, contará com o irlandês Charlie Eastwood e o espanhol Dani Juncadella, que também rompeu um longo vínculo com a Mercedes-AMG, como pilotos principais. 

Nos Ford Mustang da Proton Competition, foram anunciados Ben Barker no #77 e Ryan Hardwick no #88, enquanto a Porsche, representada pela Manthey, terá Richard Lietz no #91 em parceria com a EMA e o #92, alinhado junto à PureRxcing da Lituânia, já tem trio formado: Aliaksandr Malykhin - piloto de Belarus que correrá com a licença de, acreditem, São Cristóvão e Névis, um pequeno país do Caribe (América Central), Joel Sturm e Klaus Bachler.



O calendário de oito etapas começa com o Prólogo em Losail, no Catar, no fim de fevereiro - o que em muito explica a antecipação do anúncio da lista de entradas do WEC 2024, até porque também há dezenas de carros novos que têm de ser suficientemente testados antes da primeira prova, num sábado, dia 2 de março, com duração de 1812 km ou máximo de 10h.

A temporada 2024 terá também eventos de 6h de duração em Imola, Spa-Francorchamps, São Paulo - após uma década de ausência - Austin e Fuji, além das 8h do Bahrein e das 24h de Le Mans, a cereja do bolo, dias 15 e 16 de junho.
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Asian Le Mans: aguardados 39 carros na abertura em Sepang


VALPARAÍSO DE GOIÁS - O Asian Le Mans Series começa a temporada bienal 2023/24 no próximo dia 2 de dezembro com a volta das competições fora do espectro do Oriente Médio, como usado nos últimos anos como paliativo por conta da Pandemia do Covid-19. Ainda não foi possível para a organização garantir eventos no Japão, Tailândia e até na Austrália, por exemplo. Mas fazer duas provas em Sepang, na Malásia, já é um avanço.

Por premência de tempo, o certame fica novamente restrito a três finais de semana, com duas rodadas duplas, três autódromos e somente dois países, pois além da Malásia, teremos outra vez corridas nos circuitos de Dubai e Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos.

Para a corrida inicial do certame, os organizadores tinham anunciado um total máximo de 36 inscritos, com ênfase na subclasse GT - dentro do mesmo conceito LMGT3 do ACO/FIA para WEC e ELMS - pouquíssimos LMP3, posto que a divisão não oferta mais vagas diretas para a disputa das 24h de Le Mans, além de uma dezena de equipes e inscrições na LMP2.

Num primeiro momento, o total não passaria desse número por conta de limitações de espaço no paddock do traçado malaio. Mas acomodações foram feitas, a lista de entradas ganhou quatro adições e mesmo com a retirada da Kessel Racing do lote dos times de GT, a primeira rodada contará com 39 carros, sendo dezesseis protótipos e 23 Grã-Turismo.

A LMP2 terá agora onze modelos Oreca 07 Gibson com a chegada da campeã do European Le Mans Series: a Algarve Pro Racing reforça o plantel do qual já constavam a DKR Engineering, a Crowdstrike Racing (com running feito pela APR), a Proton Competition, a Nielsen Racing, a Duqueine Team, a ARC Bratislava, a AF Corse, a TF Sport e, por fim, a 99 Racing, que corre com bandeira da Jordânia.

Entre os LMP3, o panorama que seria restrito a três inscrições somente, face a decisão de não se ofertar vagas diretas a Le Mans para qualquer equipe desta categoria, até que melhorou: ficou em cinco, porque a Viper Niza Racing, da Malásia, trocou sua inscrição de GT por um Ligier JS P320. A Bretton Racing, com bandeira da República Checa, foi a atualização seguinte da lista com novos carros.

Se a Viper Niza trocou de divisão e a Kessel desistiu, a Attempto Racing chegou para o bolo: inscreveu dois Audi R8 GT3 LMS Evo2 e reforça o plantel que segue com incríveis 23 unidades. Equipes já confirmadas no WEC ou em Le Mans, caso de AF Corse e TF Sport, além da Pure Rxcing, fazem parte da lista também, sem contar outras organizações que já batem ponto na categoria e outras com modelos novos - e em busca de vagas para La Sarthe.

Exemplos: a GR Racing vai de Ferrari 296 GT3 e o Team Project 1, de BMW. Por conta da limitação de equipes e marcas na LMGT3 no FIA WEC a dois carros cada, fica difícil a estas organizações participarem do Mundial em 2024, diferente dos últimos anos, pelos critérios pré-estabelecidos. 

As marcas que serão representadas na competição entre os GT serão Mercedes-AMG (5 carros), Audi e Porsche (quatro), Ferrari (três), McLaren, BMW e Aston Martin (dois cada) e Lamborghini, com um.

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FIA WEC 2024: o que vem por aí


VALPARAÍSO DE GOIÁS - A temporada 2024 do Campeonato Mundial de Endurance (FIA WEC), cujo início será no início de março com os 1812 km de Losail, no Catar, não terá apenas uma nova roupagem com a estreia da subclasse LMGT3 em substituição ao regulamento LMGTE, mas igualmente uma competição com duas categorias, já que devido ao incremento previsto da divisão dos Hypercars, a LMP2 foi declarada extinta, porém autorizada a fazer parte das 24h de Le Mans como uma divisão hors-concours, sem pontos, mas com direito a pódio e troféus.

ACO e FIA, parceiros na organização do evento desde 2012, tentam garantir um plantel de 36-40 carros a tempo pleno, sendo 62 as vagas oficiais para La Sarthe, que serão preenchidas com 12 convites de ofício e os restantes inscritos confirmados pelo Comitê de Seleção.

Para a temporada 2024, o panorama começa a se desenhar com a confirmação da Akkodis ASP como a equipe representante da Lexus (leia-se Toyota) na LMGT3 e um discreto apoio técnico da Toyota Gazoo Racing. Nove marcas já estariam confirmadas: Lexus, BMW, Ferrari, Corvette, Aston Martin, Lamborghini, Porsche, Ford e McLaren.

Na Hypercar, o aumento de participantes se deve à chegada de três marcas dentro do regulamento LMDh - Alpine, BMW e Lamborghini - além da Isotta Fraschini, que segue em testes dinâmicos com seu Hypercar Tipo 6. A Glickenhaus, infelizmente, está fora.

Na divisão principal, o panorama é o seguinte:

As equipes garantidas dentro do regulamento Hypercar são Toyota Gazoo Racing, Ferrari-AF Corse e Peugeot Total Energies, com duas inscrições cada.

Na regra LMDh, a Porsche terá cinco carros - dois da Porsche Penske e três de clientes, sendo dois do Hertz Team Jota e um da Proton Competition. A Cadillac segue com um, via Chip Ganassi Racing.



A BMW será representada em sua estreia pela WRT, equipe belga sediada em Baudour, com a M Hybrid V8 na plataforma Dallara. O novo Alpine A424 Beta que a Signatech vai alinhar com plataforma Oreca vem sendo sistematicamente testado por Nico Lapierre e também por Mick Schumacher, que negocia com Philippe Sinault e a marca do grupo Renault para ser um dos seis titulares no próximo ano.

A Lamborghini fechou seu lineup de pilotos e terá um SC63 - montado na plataforma Ligier - apenas no WEC. Além de Mirko Bortolotti, Andrea Caldarelli, Romain Grosjean e Daniil Kvyat, Edoardo Mortara e Matteo Cairoli foram recentemente anunciados pela marca do touro miúra.

Em parceria com a Vector Sport, a Isotta Fraschini pode fechar em 18 carros o plantel fixo da classe principal com seu Tipo 6 LMH que vem em testes há vários meses - ora com Pastor Maldonado a bordo, ora com Marco Bonamomi e também com Jean-Karl Vernay e em vias de homologação. Uma outra possibilidade, mas um tanto quanto remota no momento, é de um segundo carro do construtor italiano aparecer em 2024 nas mãos de outra equipe e fala-se tanto na francesa Duqueine como também na organização helvética Emil Frey Racing. Mas pode ser que essa inscrição apareça somente em 2025.

Além da Glickenhaus, a Vanwall pode não voltar em 2024: o modelo Vanderwell 680 com motor Gibson 4,5 litros V8 e sem sistemas híbridos mostrou falta de confiabilidade e desempenhos muito inconsistentes. 



Na LMGT3, são nove marcas que aparecem já no horizonte, com dois carros cada, perfazendo um possível total de 18 inscritos. O plantel pode subir para 20 ou até 22, no máximo, se aparecerem um ou dois construtores a mais. Cabe lembrar que no FIA WEC haverá a obrigação das equipes alinharem um piloto bronze nas trincas elencadas a cada corrida.

A confirmação da Akkodis ASP, equipe francesa capitaneada por Jerôme Policand com o modelo Lexus RC-F - inclusive já treinando em Portimão com os pneus Goodyear que serão fornecidos no Mundial e no Europeu - eleva o total de possíveis construtores que ACO e FIA aceitarão - com ênfase nas marcas engajadas na Hypercar e/ou com projetos futuros.

A BMW deverá ser representada pelo Team WRT com dois modelos M4 GT3 e a Lamborghini pela Iron Lynx - e possivelmente pelas Iron Dames, também, a bordo do Huracán GT3 EVO2. A General Motors dos EUA, dona da marca Cadillac, vai correr nos Grã-Turismo via Corvette com o novo Z06 GT3 entregue à equipe TF Sport, de Tom Ferrier.

AF Corse e Ferrari seguirão com o modelo 296 GT3 e até pilotos já foram anunciados: os clientes Thomas Flöhr e Simon Mann. A McLaren também esteve em Portimão sendo representada por seu modelo 720S GT3 e testado pela United Autosports. O sétimo fabricante é a Aston Martin, cuja participação no próximo ano deve ser em parceria entre a Prodrive e a The Heart of Racing, que levam a cabo os treinos na nova versão do Vantage.

A Porsche estará representada na competição pela Manthey Racing e a Proton Competition troca a marca alemã pela Ford, com o novíssimo Mustang GT3.

Já a Audi segue como dúvida para um possível empenho no FIA WEC, por conta da mudança de direção do motorsport da marca de Ingolstadt, quando Rolf Michl assumiu o departamento de competição e também do CEO da companhia com a entrada de Gernot Dollner no posto antes ocupado por Markus Duesmann.

Havia uma decisão - duramente criticada, inclusvie, na mídia esportiva internacional -  de se desbaratar todo o programa Audi Sport Customer Racing, o que afetaria a carreira de pelo menos 14 pilotos oficiais e todo um cartel de times clientes. Mas a presença de um carro via Saintèloc nos testes de pneus da Goodyear pode significar novidades no caminho - ou não, como diria Caetano Veloso.

Quem pelo visto não vem nesse primeiro momento do regulamento LMGT3 é a Mercedes-AMG. Não há nenhum indício que a marca da estrela de três pontas esteja com planos de disputar a competição com qualquer um de seus times em 2024, embora no IMSA haja três escuderias que inscreverão os carros do construtor de Stuttgart: a SunEnergy1 Racing de Kenny Habul, a Korthoff-Preston Motorsports e também a Winward Racing. A Acura, leia-se Honda, também não deverá vir no Mundial via GMB Motorsport - a equipe dinamarquesa pode tentar uma participação nas 24h de Le Mans ou, na melhor das hipóteses, se candidatar a uma presença no European Le Mans Series.

ACO e FIA marcaram até o meio-dia de 20 de novembro, uma segunda-feira, como a data limite de inscrições para o Mundial de Endurance 2024. O Comitê de Seleção deliberará sobre o plantel do WEC até o dia 26 e a lista oficial deve ser divulgada até o fim do próximo mês.
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Fittipaldi e Indy: juntos, de novo


VALPARAÍSO DE GOIÁS - O sobrenome Fittipaldi e a família que respira automobilismo desde o "Barão" Wilson está de volta à Fórmula Indy - não que fosse novidade ver Pietro Fittipaldi nos carros daquela categoria, pois em 2018 e 2021 ele fez oito corridas num calendário limitado - sendo que há cinco anos atrás o piloto sofreu um violento acidente nos treinos para as 6h de Spa-Francorchamps no WEC, com múltiplas fraturas que prejudicaram sua carreira.

Agora, Pietro, de 27 anos, chega à temporada completa pela primeira vez: o piloto foi anunciado ontem para guiar o #30 da Rahal Letterman Lanigan Racing, equipe que, se não é das mais fortes da Fórmula Indy, tem peso, pedigree e é vencedora: neste ano, teve vitória em Toronto com Christian Lundgaard.

A equipe terá três carros fixos - Graham Rahal guiará o #15 - e pode ter um quarto Dallara Honda em eventos pré-selecionados: o estoniano Juri Vips, antigo integrante do programa Red Bull, e que estreou nas corridas finais deste ano como substituto de Jack Harvey, dispensado por deficiência técnica, poderá fazer algumas provas em 2024 e trabalhar igualmente como test-driver do time. Vips também pode ser alocado à escolha dos patrões numa equipe LMP2 na série IMSA.

Pietro tinha negociações com um time de Hypercar - especula-se o Hertz Team Jota - para dar prosseguimento à sua caminhada no FIA WEC, o Campeonato Mundial de Endurance. Contudo, o neto de Emerson, primo de Christian e sobrinho de Max Papis, antigo piloto da categoria casado com Tatiana, filha mais nova do "Rato", optou por voltar aos EUA, no que será uma sábia decisão posto que fará a campanha completa, confirmando o Brasil com pelo menos um titular na Indy ano que vem - Helio Castroneves tentará o penta da Indy 500 numa inscrição extra da Meyer-Shank Racing.

A temporada 2024 que começa em 10 de março na Flórida, no circuito urbano de St. Pete, contará com pelo menos 26 ou 27 carros a tempo pleno - e 21 pilotos confirmados. Faltam ainda os dois nomes da A.J. Foyt, um da Ed Carpenter e um da Juncos. A Dale Coyne não garantiu que seguirá parceira da HMD Motorsports e se terá um ou dois inscritos.

Além de Pietro, a categoria terá a presença de três caras novas: o sueco Linus Lundqvist, o piloto de Barbados Kyffin Simpson - ambos egressos da Indy NXT e confirmados na Ganassi, além de Tom Blomqvist na Meyer-Shank.

Dentre as demais mudanças de pilotos, temos Marcus Ericsson confirmado na Andretti Global (que reduziu suas operações de cinco carros para três), David Malukas na Arrow McLaren, Marcus Armstrong a tempo pleno na Ganassi e Felix Rosenqvist na Meyer-Shank Racing. 

Entre os pilotos que disputaram a temporada completa este ano, Callum Ilott, Devlin DeFrancesco, Romain Grosjean, Santino Ferrucci, Benjamin Pedersen e Sting Ray Robb seguem em busca de vagas. Conor Daly, Ryan Hunter-Reay e Takuma Sato devem ser eventualmente inscritos para a Indy 500, além de Marco Andretti. Quem estará na clássica prova de Indianápolis é Kyle Larson, que já fez seu primeiro teste num monoposto que será alinhado em associação entre a McLaren e a Hendrick, equipe do ainda campeão da Nascar Cup Series.
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ELMS: APR é Campeã da LMP2 e vagas diretas para as 24h de Le Mans são distribuídas


VALPARAÍSO DE GOIÁS - Mesmo com a United Autosports 'copando' a rodada dupla final do European Le Mans Series de 2023 com o "Grand Finale" marcado para o Autódromo Internacional do Algarve em Portugal, a equipe da casa foi campeã: a Algarve Pro Racing, com sede em Albufeira, levou o título da classe LMP2 com a trinca formada por Kyffin Simpson/James Allen/Alexander Lynn.

Com uma pole e dois segundos lugares nas provas de sexta e domingo, os pilotos do carro #25 fecharam o ano com 113 pontos somados e deram à equipe mais uma vaga direta na classe LMP2 para as 24h de Le Mans de 2024 - a divisão não disputará o WEC, mas será aceita com um mínimo de 15 participantes em La Sarthe. O time anglo-português já tinha um convite automático mediante o título de George Kurtz no Bob Akin Award, para pilotos bronze na série IMSA.

A outra vaga da divisão via ELMS na LMP2 foi para a United Autosports: a equipe de Richard Dean e Zak Brown conquistou três vitórias nas últimas quatro corridas - sendo as duas finais em Portimão com Marino Sato/Phil Hanson/Oliver Jarvis, que perderam o título de pilotos por 13 pontos - detalhe: estavam em 6º lugar na tabela antes das disputas finais. A Panis Racing fechou o pódio em duas disputas muito atribuladas no circuito algarvio.

Na sexta-feira, com a prova realizada sob o nome de 4h do Algarve, choveu forte algumas vezes ao longo da disputa e a variação de estratégia propiciou à equipe do carro #22 ganhar do time local sem grandes dificuldades. Que, por exemplo, a líder da LMP2 Pro-Am enfrentaria: o Racing Team Turkey teve uma corrida miserável com uma rodada de Salih Yoluç nos primeiros instantes e depois disto foi praticamente impossível recuperar.

O resultado final da prova mudou tudo na véspera da decisão, pois a Cool Racing triunfou com Alexandre Coigny/Malthe Jakobsen/Nico Lapierre e a AF Corse, com Ben Barnicoat colaborando de novo com François Perrodo e Matthieu Vaxivière, chegaram em 3º lugar atrás de Mathias Beche/Ben Hanley/Rodrigo Sales, da Nielsen Racing.

Daniel Schneider e Nelsinho Piquet somaram bons pontos na penúltima etapa, terminando em quarto na classe junto ao britânico Andy Meyrick.

Na subclasse LMP3, veio o único título antecipado e vaga definida para a Cool Racing em Le Mans na LMP2 graças a Adrien Chila/Marcos Siebert/Alejandro García, que terminaram a disputa inicial da rodada dupla de Portimão em quarto lugar. A WTM by Rinaldi Racing fez as honras do primeiro posto com Oscar Tunjo/Leonard Weiss/Torsten Kratz, após o incêndio seguido de Safety Car no carro de Wyatt Brichachek/Miguel Cristóvão/Kai Askey.

Entre os Grã-Turismo, a Proton emplacou 1-2 com vitória do Porsche de Christian Ried/Gianmarco Levorato/Julien Andlauer, após uma batalha campal contra um dos outros carros do time alemão, o #16 de Ryan Hardwick/Zach Robichon/Alessio Picariello - que foram para a última etapa com vantagem diante da Iron Lynx, que era colíder do campeonato antes da rodada decisiva.

E no domingo, choveu - ainda muito mais forte que dois dias antes - o que fez a direção de prova dar largada com Safety Car e bandeira vermelha com duas voltas completadas, esperando que as condições de pista melhorassem. Foi exatamente o que aconteceu: após quase 50 minutos de espera, afora o atraso de 1h nos procedimentos de largada, a corrida foi reiniciada. Para sorte de todos os envolvidos, não houve acidentes graves e tudo correu bem.

Dessa forma, a APR confirmou o título com novo 2º posto, após enroscos entre os carros da Duqueine Team e da Panis Racing, enquanto na LMP2 Pro-Am o trio Barnicoat/Perrodo/Vaxivière venceu a divisão e o título - ganhando também a vaga direta para Le Mans, com Perrodo e Vaxivière somando 110 pontos contra 101 de Alexandre Coigny/Nico Lapierre/Malthe Jakobsen.

Após mais uma corrida difícil, o Racing Team Turkey fechou o ano em 3º com Salih Yoluç/Charlie Eastwood/Louis Déletraz somando apenas 20 pontos na rodada portuguesa - tinham 74 pontos até Spa e terminaram o ano com 94.

Na LMP3, a última vitória do ano foi de Adam Ali/Matthew Richard Bell, com uma soberba performance deste último. A dupla da Eurointernational venceu com praticamente uma volta sobre os já campeões entre os pilotos e levou o vice-campeonato com 70 pontos, superando a WTM by Rinaldi Racing, que ficou em terceiro.

A Proton Competition confirmou o título na última temporada da história da LMGTE, que sai de cena para entrar a LMGT3. A vitória de Ryan Hardwick/Zach Robichon/Alessio Picariello deixou o trio com 105 pontos, vinte a mais que Christian Ried/Gianmarco Levorato/Julien Andlauer.

Dessa forma, o time alemão, que terá dois Ford Mustang no FIA WEC na estreia da nova classe LMP3, ganhou mais uma vaga nas 24h de Le Mans.

Aliás, no fim de semana em que cinco vagas seriam distribuídas, a última ficou com o Team Virage, campeão da Michelin Le Mans Cup na LMP3.

Desta forma, o ACO já pode reservar - por enquanto - lugares para os seguintes times:

LMP2

Crowdstrike Racing by APR - via George Kurtz (IMSA)
Algarve Pro Racing - campeã do European Le Mans Series LMP2
United Autosports USA - vice-campeã do European Le Mans Series LMP2
AF Corse - campeã do European Le Mans Series LMP2 Pro-Am
Cool Racing - campeã do European Le Mans Series LMP3
Team Virage - campeã do Michelin Le Mans Cup LMP3

LMGT3

Inception Racing - via Brendan Iribe (IMSA)
Pure Rxcing - campeã do GT World Challenge Europe Endurance Bronze Cup
Proton Competition - campeã do European Le Mans Series LMGTE

Com nove vagas automáticas já confirmadas, faltariam três: campeões do Asian Le Mans Series nas classes LMP2 e GT3 e também um 12º convite à discrição do IMSA para uma equipe de Hypercar.
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Glickenhaus SCG007: fim da linha


RIO DE JANEIRO - Acabou o sonho: a Scuderia Cameron Glickenhaus não vai mais disputar o Campeonato Mundial de Endurance (FIA WEC) em 2024 na divisão Hypercar. A ambição do dono da equipe Jim Glickenhaus em combater os grandes fabricantes de chassis e motores no regulamento sucessor da LMP1 terminou por conta da ausência do principal combustível para a manutenção do programa: dinheiro.

Com o prazo muito apertado para a confirmação das inscrições - o ACO e a FIA recebem os 'fees' até o próximo dia 20 de novembro - Glickenhaus tinha ainda uma pequena esperança de resolver os problemas que impediram sua organização de, assim como no ano passado, se inscrever nas etapas finais em Fuji, no Japão, e no Bahrein. Contudo, sem apoio, ele confirmou nesta terça-feira (17) que não alinhará na competição que começa em março com os 1812 km do Catar em Losail.

"Para uma equipe pequena como a nossa, não há senso algum em seguir no WEC", resignou-se Glickenhaus. "Precisávamos de fundos para tentar melhorias, uma versão Evo do nosso carro, ou para fazer dois", disse. "Ou, na melhor das hipóteses, vender um para times clientes. Nem isso será possível", finalizou.

O Glickenhaus SCG007 foi fruto de um esforço enorme de um sonhador que alinhou nas 24h de Nürburgring modelos muito parecidos com esportivos da Ferrari. O Hypercar que estreou em 2021 nas 8h de Portimão, com um desempenho um tanto quanto sofrível na ocasião, foi desenvolvido pela Podium Advanced Technologies em parceria com a Joest Racing e a Pipo Moteurs, que fez as unidades 3,5 litros V6 Biturbo. O SCG007 era, junto ao Vanwall Vanderwell 680, o único Hypercar sem sistema híbrido de recuperação de energia. O carro estadunidense foi guiado, entre outros bons nomes, por Pipo Derani, Gustavo Menezes, Olivier Pla, Ryan Briscoe, Franck Mailleux, Romain Dumas e Richard Westbrook.

Mesmo assim, a Scuderia Cameron Glickenhaus conseguiu pequenos feitos, como um pódio nas 24h de Le Mans, liderar até quebrar - com pole position, inclusive - as 6h de Monza no ano passado e terminar na frente de Peugeot e Porsche em La Sarthe este ano.

"Fizemos um esforço legítimo e nos saímos bem para um construtor em menor escala", avalia Jim. "Fomos parte importante do FIA WEC quando eles precisaram muito de nós", concluiu.

Há alguns meses, em tom de profecia, Glickenhaus já advertia.

"Dificilmente haverá lugar para equipes privadas ou construtores menores no WEC a médio prazo".

E talvez não esteja errado.
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8h do Bahrein: decisão do FIA WEC com 36 carros anunciados


RIO DE JANEIRO - O Campeonato Mundial de Endurance (FIA WEC) volta a ser decidido no Oriente Médio, como aconteceu várias vezes desde 2012 - exceção feita às etapas finais no Brasil e em Le Mans no campeonato bienal 2018/19: as 8h do Bahrein finalizam a história de duas classes na competição - a LMP2 não tomará parte do certame em 2024, sendo restrita somente às 24h de Le Mans e a LMGTE-AM será extinta para dar vez à LMGT3.

A corrida do próximo dia 4 de novembro - um sábado, aliás - terá a participação de 36 carros, os mesmos das 6h de Fuji, com a ausência da Glickenhaus na classe Hypercar. O plantel vai somar 12 modelos na divisão principal, onze na LMP2 e 13 na LMGTE-AM.

Na Hypercar, o brasileiro João Paulo de Oliveira não poderá dar expediente com a Floyd Vanwall porque tem compromisso com o Super GT, certame que é prioridade de agenda do piloto. Assim, Colin Kolles convidou Ryan Briscoe, a pé desde Le Mans, para se juntar a Estebán Guerrieri e Tristan Vautier para tentar levar o carro #4 até a quadriculada.

A etapa final marca ainda a disputa de título entre os pilotos - a Toyota já levou a temporada entre os construtores. Com 39 pontos em jogo, incluindo o ponto extra da pole position, ainda há luta entre as formações de Ferrari AF Corse e Toyota Gazoo Racing.

Os trios dos carros vermelhos italianos têm de contar com combinações de resultado monstruosas para reverter o quadro que é desfavorável. São 31 e 36 pontos, respectivamente, que James Calado/Ale Pier Guidi/Antonio Giovinazzi e Miguel Molina/Nicklas Nielsen/Antonio Fuoco carregam para seus adversários.

A liderança é de Sébastien Buemi/Brendon Hartley/Ryo Hirakawa, somando 133 pontos, uma vitória apenas - em Spa - e mais quatro segundos lugares. Mike Conway/Kamui Kobayashi/José María López têm 15 de diferença e num empate hipotético, podem levar vantagem: o trio tem quatro vitórias em 2023.

Para esta etapa, o BoP carregou nas tintas para a Ferrari, pois o modelo 499P terá um acréscimo de 11 kg no peso mínimo, chegando a 1075 - contudo, cinco a menos que os Toyota GR010 Hybrid. Outro carro que ganha peso é o 963 LMDh da Porsche, chegando a 1053 kg. Cadillac perde nove quilos com o V-Series.R e o Peugeot 9X8, um.

Na potência a ser auferida aos carros da classe principal, Peugeot e Vanwall serão os únicos com o máximo delimitado por regulamento em 520 kW (707 CV). A Cadillac perde nada menos que 9 kW para a corrida barenita e a Ferrari, quatro. A Toyota ganha dois kW em relação a Fuji.

Quanto aos MJ/stint, a Cadillac também perde em relação às concorrentes, passando ao total de 895, dez a menos que nas 6h de Fuji. A Porsche perde um MJ/stint e a Toyota ganha quatro - vai de 908 a 912. A Ferrari não ganha nada. Segue com 901 MJ/stint.

Na classe LMP2, o Team WRT chegará como favorito com o carro #41: o trio formado por Louis Déletraz/Rui Andrade/Robert Kubica soma 33 pontos de avanço para Albert Costa Balboa/Fabio Scherer/Kuba Smiechowski, da Inter Europol Competition. Phil Hanson e Frederick Lubin, que vêm em 3º lugar com 101 pontos, ainda têm possibilidades, mas são tão retóricas quanto as dos rivais do carro #34.

O brasileiro Pietro Fittipaldi vai para mais um compromisso no #28 da Jota, buscando melhorar o 8º lugar na tabela com 61 pontos - os mesmos de Oliver Rasmussen e David Heinemeier-Hänsson, os dinamarqueses parceiros do neto do bicampeão de F1 Emerson Fittipaldi.

Com apenas 21 pontos somados e o 17º lugar na tabela, André Negrão e os parceiros Memo Rojas e Olli Caldwell devem ter mais um fim de semana daqueles no #35 da equipe Alpine Elf Team. A esta altura, "Deco" deve rezar para a temporada 2024 começar logo para poder esquecer os pesadelos de 2023.

Na LMGTE-AM, com o título mais do que definido desde Monza em favor do #33 da Corvette Racing, as formações que vêm de 2º lugar ao oitavo ainda reúnem chances de vice-campeonato e isso até inclui a Ferrari #57 da Kessel Racing, que terá novamente o brasileiro Daniel Serra, ausente na etapa do Japão.

Mas as Iron Dames, vice-líderes com 79, são as que neste momento apresentam mais chances, sem esquecer do #54 da AF Corse, vencedor em Fuji e que subiu para 3º na tabela com 73.

A AF Corse, aliás, não confirmou ainda quem estará no #21 do time italiano junto a Simon Mann e a D'Station Racing terá Liam Talbot no #777, substituindo Satoshi Hoshino, ausente por insolúveis problemas de agenda. 


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Dose dupla de ELMS em Portimão na decisão com 40 carros no grid


RIO DE JANEIRO - Neste fim de semana a temporada 2023 do European Le Mans Series (ELMS) chega ao fim não só com uma corrida, mas duas: com o cancelamento das 4h de Imola, a organização do certame acomodou o calendário da maneira que achou mais conveniente - programou uma rodada dupla para o Autódromo Internacional do Algarve, em Portimão. E dessa forma, nossos "patrícios" serão agraciados com a finalíssima nas quatro classes em disputa - LMP2, LMP2 Pro-Am, LMP3 e LMGTE - esta, em sua despedida do certame.

A pista com 16 curvas e 4,664 km de extensão, com variação de terreno, curvas de alta e de baixa e trechos muito técnicos, será preenchida por 40 carros de acordo com a lista final de inscritos. Normalmente seriam 42, porém a United Autosports USA perdeu o #23 da classe Pro-Am por lesão do cliente Jim McGuire e a Eurointernational, por falta de pilotos, optou por não alinhar o carro #10 que teria pelo menos o polonês Jacek Gieloncka, que tinha um acordo para guiar no Algarve.

Desse modo, o plantel terá 17 LMP2 divididos entre Pro e Pro-Am, com 11 LMP3 e 12 LMGTE completando o grid.

Na LMP2 Pro, as atenções estão todas voltadas ao carro "da casa": com sede em Albufeira, a equipe anglo-portuguesa Algarve Pro Racing lidera o certame com os 76 pontos de James Allen/Alex Lynn/Kyffin Simpson. Como há 52 pontos em jogo, não há ainda uma definição concreta de quem chega à etapa do domingo - a primeira da rodada dupla acontece sexta - com chances de título.

A trinca do #25 lidera com 17 pontos de frente para o #30 da Duqueine Engineering com Nico Pino/Rene Binder/Neel Jani. As demais concorrentes com chances matemáticas são a Panis Racing, a IDEC Sport, a COOL Racing e a United Autosports USA. Apenas a Inter Europol Competition, com três abandonos em quatro corridas e um total de 15 pontos somados, cumpre tabela.

Entre os Pro-Am, tudo em aberto: o Racing Team Turkey lidera graças aos 74 pontos somados por Salih Yoluç/Louis Déletraz/Charlie Eastwood, mas François Perrodo e Matthieu Vaxivière estão nos calcanhares dos rivais - apenas quatro atrás. E há ainda chances retóricas para a COOL Racing, vencedora da subdivisão em Spa-Francorchamps, bem como para a Nielsen Racing e até para o #21 de Daniel Schneider e Andy Meyrick, que vêm em quinto com 41 pontos. Nessa etapa de Portugal, Nelsinho Piquet volta a ficar a serviço de seus colegas de esquadra.

Também retornam Ben Barnicoat ao carro #83 da AF Corse bem como Jack Hawksworth ao #20 da Algarve Pro Racing.

Na LMP3, o panorama é mais favorável a um título conquistado por antecedência já na próxima sexta-feira. Com três vitórias em quatro etapas, Adrien Chila/Marcos Siebert/Alex García têm o dobro de pontos - 91 a 45 - dos vice-líderes Kai Askey/Miguel Cristóvão/Wyatt Bricachek.

A batalha na LMGTE está acirrada e equilibrada: há um empate neste momento entre os trios do #16 da Proton Competition e do #60 da Iron Lynx, ambos com Porsche. São 61 pontos somados por Zach Robichon/Ryan Hardwick/Alessio Picariello e também por Claudio Schiavoni/Matteo Cressoni/Matteo Cairoli.

Scott Huffaker e Takeshi Kimura ainda têm chances: com o 3º lugar e 53 pontos somados, os pilotos podem levar o título da divisão no último ano do regulamento e terão a ajuda do brasileiro Daniel Serra. As formações das equipes Formula Racing, JMW Motorsport e Spirit of Race ainda estão no páreo.

Com 4h na frente de Brasília, a primeira prova do fim de semana será no dia 20 (sexta) a partir de 10h45 daqui, 14h45 locais. No domingo (22), a largada é a partir de 13h locais, 9h da manhã. Ambas as corridas terão quatro horas de duração - a primeira será as 4h do Algarve e a decisão de domingo, as 4h de Portimão.
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MSR vence em despedida do IMSA e Cadillac é campeã com Derani e Sims


RIO DE JANEIRO - A temporada 2023 do IMSA Weathertech SportsCar Championship terminou em alta, com mais uma incrível edição da Petit Le Mans - a 26ª da corrida disputada no circuito Michelin Raceway Road Atlanta em Braselton, na Geórgia. E a vitória da etapa final do campeonato marcou a despedida em grande da Meyer-Shank Racing. Sem condições de disputar o campeonato do próximo ano após o escândalo das 24h de Daytona - que repercutiu muito mal com a Acura e que terá impedido que a equipe conseguisse um novo parceiro - o time fez a parte que lhe cabia e venceu a disputa do último sábado com Colin Braun/Tom Blomqvist/Hélio Castroneves.

A prova foi disputada no total de 397 voltas, um dos menores dos últimos anos, por conta também da alta quantidade de incidentes. O Pace Car foi acionado nada menos que onze vezes ao longo das 10h de prova e um desses incidentes terá decidido o título: faltando cerca de 1h03min para o fim, o Acura #10 da Wayne Taylor Racing e o Cadillac #31 da AX Racing/Whelen Engineering tiveram uma altercação e o carro #10 guiado por Filipe Albuquerque no momento da disputa acabou saindo da pista de forma tão violenta que três muros de concreto foram afetados no impacto.

Albuquerque teve de ser inclusive levado a um hospital nas proximidades do circuito para observação. O piloto português queixava-se de dores na mão direita e nas costas. Passou a noite no hospital e foi liberado ontem, no domingo.

Com o acidente, Filipe e Ricky Taylor, auxiliados por Louis Déletraz na última etapa, não puderam mais discutir o título. Também por acidente, Nick Tandy e Mathieu Jaminet, da Porsche Penske, foram afastados da briga por uma manobra simplesmente imbecil do LMP2 guiado por Dennis Andersen no fim da longa reta que leva à penúltima curva do circuito, quando o piloto dinamarquês da High Class Racing provocou um "strike" que levou além de seu carro dois GTD e o Porsche para fora.

O carro #6 que tinha o reforço de Laurens Vanthoor no trio, ainda voltou à disputa, mas os problemas foram insolúveis e tiveram de desistir faltando 3h25min para o fim. Aliás, o número de abandonos desta Petit Le Mans foi alto: nada menos que 16 carros não viram a quadriculada entre 52 que largaram.

Líder por 223 voltas, o Cadillac #01 da Ganassi guiado por Renger Van der Zande/Sébastien Bourdais/Scott Dixon chegou em segundo lugar, tendo atrás de si o Porsche #59 da Proton com Neel Jani/Gianmaria Bruni/Harry Tincknell - na terceira prova do carro nos EUA, o melhor resultado do ano e a melhor performance de um carro não-oficial na série GTP em toda a temporada.

A 6ª colocação ao fim da disputa deu a Derani e Alexander Sims o título de pilotos por 21 pontos de margem - 2733 a 2712 - e o trio de Endurance, com o reforço de Jack Aitken, também ganhou o IMSA Michelin Endurance Cup, o certame que congregou apenas Daytona, Sebring, Glen e Petit Le Mans.

Dentre os demais brasileiros presentes na classe principal, Felipe Nasr foi 4º colocado na prova junto a Matt Campbell e Josef Newgarden, com a BMW de Augusto Farfus, mais Philipp Eng e Marco Wittmann em oitavo lugar na quadriculada. No campeonato, ambos fecharam exatamente nas mesmas posições de pista alcançadas no sábado.

Na LMP2, o título ficou com Ben Keating e Paul-Loup Chatin, que junto a Alex Quinn defenderam a PR1/Mathiasen Motorsports nesta temporada. E igualmente por margem apertada, pois George Kurtz e Ben Hanley levaram o vice por 49 pontos de diferença. Contudo, George Kurtz não tem do que se queixar: com a vitória alcançada junto a Hanley e mais Nolan Siegel, levou o troféu Jim Trueman Award, o que lhe credencia a disputar as 24h de Le Mans em 2024 na classe LMP2 - que será aceita na clássica prova francesa numa 'reserva de mercado' de 15 carros.


Hanley e Kurtz também venceram o IMSA Michelin Endurance Cup com o triunfo do fim de semana, que lhes deu o 9º posto na classificação geral. Keating, Quinn e Chatin chegaram em terceiro na classe, atrás do #35 da TDS Racing guiado por John Falb/Giedo Van der Garde/Josh Pierson.

Steven Thomas e Mikkel Jensen, que nesta corrida dividiram os trabalhos com Scott Huffaker, abandonaram a pouco mais de 3h para o fim e a dupla do carro #11 perdeu quaisquer chances de título.



A classe LMP3 despediu-se da série principal do IMSA com vitória da JR III Racing e do trio Biljoy Garg/Dakota Dickerson/Garett Grist, que terminaram em 15º lugar na geral com 379 voltas percorridas. Para Gar Robinson, líder do campeonato, bastava largar e o título estava assegurado: não só o piloto largou como terminou em terceiro na divisão junto a Felipe Fraga e Josh Burdon. Dessa forma, o trio assegurou o título do IMEC com 42 pontos somados em 2023.


O panorama da GTD Pro era semelhante: também bastava a Ben Barnicoat e Jack Hawksworth largar que o título iria para as mãos da dupla da Vasser Sullivan - que terminaria de forma um tanto quanto melancólica a temporada, num acidente do Lexus RC-F com o dorsal #14. 

A vitória na etapa final foi dos vice-campeões Dani Juncadella e Jules Gounon, que foram auxiliados em Road Atlanta por Maro Engel. Como prêmio de consolação, a dupla da Weathertech Racing levou o título de Endurance entre os pilotos. O brasileiro Daniel Serra chegou a liderar com a Ferrari da Risi Competizione, que volta em 2024 novamente nas cinco provas de Endurance - ele e os italianos Ale Pier Guidi e Davide Rigon terminaram em 3º na classe.


Na subclasse GTD, a Forte Racing by USRT fechou o ano em alta com uma ótima performance do Lamborghini Huracán guiado por Loris Spinelli/Misha Goikhberg/Patrick Liddy, que derrotaram uma das BMW da Turner Motorsport e o Porsche #77 da Wright Motorsports w/VOLT. Já campeã da série, a Paul Miller Racing desistiu por problemas insolúveis na BMW M4 GT3.

O título de Endurance foi conquistado por Kenton Koch/Mikaël Grenier/Mike Skeen, da equipe Korthoff Motorsport, superando a The Heart of Racing com Roman de Angelis/Ian James/Marco Sörensen por três pontos apenas - 39 a 36.

Por 20 pontos somente, Brendan Iribe venceu o Bob Akin Award na disputa sobre Alan Bryjnolfsson e assegurou também um convite automático para as 24h de Le Mans de 2024 na classe LMGT3.

Para 2024, o IMSA Weathertech SportsCar Championship vai contemplar um total de 48 carros na temporada completa. A lista oficial de entradas foi anunciada na última sexta-feira.

São 25% a mais de inscritos full season em relação a este ano, com a série confirmando um total de 58 carros - 57 para temporada total e/ou parcial do IMSA Michelin Endurance Cup. A Iron Lynx, por exemplo, não correrá na totalidade do certame de provas longas com seu futuro protótipo LMDh, o Lamborghini SC63, que segue em testes, além dos modelos Huracán com os dorsais #19 e #60 na GTD Pro e GTD, respectivamente. Contudo, as Iron Dames serão vistas nas cinco corridas longas do ano que vem.

A GTD terá 10 carros na temporada completa, com a defecção da Meyer-Shank Racing e um segundo carro confirmado pela Wayne Taylor Racing with Andretti Autosport, já anunciado para Jordan Taylor e Louis Déletraz no certame completo. Até o momento, a Ganassi não confirmou participação de um carro extra em Daytona, como fez no início deste ano.



Na LMP2, que será a outra divisão de protótipos da série, houve um incremento de participantes com o fim da classe no FIA WEC e a extinção da LMP3 - somente a Performance Tech e a JR III Racing não quiseram se envolver na divisão principal em 2024.



Além das equipes já constantes na divisão este ano, exceção feita à Rick Ware Racing, que se retira e também a diminuição do esquema da TDS Racing de dois para um carro, virão a United Autosports USA com duas inscrições, a Sean Creech Motorsports, a Riley e a AO Racing, esta da GTD. A AF Corse está entre as 12 inscrições anunciadas, mas não disputará a temporada completa, fazendo um número pré-selecionado de corridas com o #88.

Outra escuderia que virá para o IMSA, mas em modelo de parceria em suporte técnico, será a Inter Europol Competition. A equipe de Sacha Fassbender e Wojcech Smiechowski dará apoio à organização de Ray Mathiasen, Lisa e Bobby Oergel, a PR1/Mathiasen Motorsports.

Na divisão GTD Pro, foram anunciados 13 inscritos - dez deles para a temporada completa, num incremento de 50% em relação a este ano. A Corvette Racing, na estreia do C8.R Z06 GT3, dobra a parada e volta com dois carros em caráter oficial. Além dela, a Ford Performance-Multimatic também virá com duas inscrições, confirmando as duplas de pilotos: Joey Hand/Dirk Müller e Mike Rockenfeller/Harry Tincknell.



Nada menos que dez construtores estarão representados em 2024, com a confirmação da BMW da Paul Miller Racing, a vinda de AO Racing e Kellymoss w/Riley, ambas com Porsche e do McLaren 720S da Pfaff Motorsports, que trocou de carro - além do Mercedes-AMG da SunEnergy1 de Kenny Habul, que vai se beneficiar da retirada de inscrição da Weathertech Racing, talvez a ausência mais sentida deste plantel.

A GTD tem 22 carros confirmados para 2024 e um belíssimo total de 17 na temporada completa. As equipes AF Corse, Triarsi Competizione e Cetilar Racing terão modelos Ferrari 296 GT3 em todo o certame de Endurance, além dos Lambos das Iron Dames e o #60 da Iron Lynx - este em temporada parcial.



As adesões à série são dos dois Corvette C8.R Z06 GT3 da AWA, que deixa a LMP3, além da Andretti Motorsports num esquema próprio e outro em parceria com a WTR e não com a Racers Edge Motorsports, que tinha um Acura NSX-GT3 Evo22. Sem contar a Conquest Racing de Eric Bachelart, cujo regresso ao IMSA acontece após muitos anos. A equipe terá a única Ferrari confirmada para todo o ano com Manny Franco e possivelmente Alessandro Balzan na dupla.

Por fim, duas equipes diminuem seus runnings para o próximo ano: a Turner Motorsport deixa de alinhar uma de suas BMW M4 GT3 e a Wright Motorsports vai com somente um Porsche. Pela numeração, aliás, deve ser um carro que terá Adam Adelson e Elliot Skeer, egressos do GT World Challenge America - mas carecendo de confirmação.

A temporada 2024 terá 11 eventos e início em 27-28 de janeiro com a disputa das 24h de Daytona. A corrida da Flórida, com limite máximo de 60 carros, terá sua lista inicial de inscritos divulgada de aqui a um mês, no dia 14 de novembro. 


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IMSA: 53 carros confirmados na decisão do campeonato em Road Atlanta


CANOAS - A temporada 2023 do IMSA Weathertech SportsCar Championship se encerra e se decide por completo neste sábado com a disputa da Petit Le Mans, no Michelin Raceway at Road Atlanta. O circuito de Braselton, na Geórgia, volta a ser o palco da corrida final da série estadunidense de Endurance com seus 4,088 km de extensão e 12 curvas no total numa disputa que já foi de 1000 Milhas de duração - 394 voltas - e hoje foi fixada em 10h de prova.

Eram esperados 54 carros, mas de última hora a Sean Creech Motorsport anunciou seu forfait por conta de problemas particulares do piloto Lance Willsey. Até há poucos dias, só João Barbosa fora confirmado no #33 do time. Assim, o plantel foi reduzido em uma unidade e apresenta 26 protótipos divididos entre 10 GTP, nove LMP2 e sete LMP3, além de mais 27 modelos Grã-Turismo, sendo oito GTD Pro e dezenove GTD.

Das cinco subclasses, uma já está definida desde Indianápolis: justamente a GTD, do maior número de carros, está assegurada por Madison Snow e Bryan Sellers, da Paul Miller Racing. A dupla da BMW M4 GT3 #1 ganhou também pela segunda vez seguida a IMSA Weathertech Sprint Cup. Em 2024, estarão na GTD Pro.

Basta tambem para Gar Robinson e à dupla Jack Hawksworth/Ben Barnicoat largar que os títulos da LMP3 - o último da divisão em disputa - e da GTD Pro também serão assegurados antes que a disputa se encerre neste sábado.

Já na LMP2, Mikkel Jensen e Steven Thomas (TDS Racing) têm 20 pontos de frente para Ben Keating e Paul-Loup Chatin (PR1/Mathiasen), com Ben Hanley e George Kurtz (Crowdstrike Racing w/APR) correndo por fora.

A disputa mais apertada é a da GTP, dos protótipos LMDh que produziram um bom primeiro ano de disputa da nova classe que converge com o regulamento ACO/FIA: são somente cinco pontos entre três duplas de pilotos - Alexander Sims/Pipo Derani (2460), Filipe Albuquerque/Ricky Taylor (2457) e Mathieu Jaminet/Nick Tandy (2455). Sem contar que ainda há possibilidades para Connor de Philippi/Nick Yelloly (2422) - cada qual representando um dos quatro construtores envolvidos, Cadillac, Acura, Porsche e BMW.

Mas a matemática ainda aponta possibilidades retóricas, conquanto remotas, para Felipe Nasr e Matt Campbell, que vêm em 5º lugar na tabela com 2387 pontos e também Colin Braun e Tom Blomqvist, dupla sexta colocada com 2333.

O brasileiro Pipo Derani, que ano que vem terá Jack Aitken como seu parceiro a tempo inteiro e está em busca do segundo título nos EUA, acredita que a 'inconsistência' foi o ponto-chave de um campeonato onde ainda é possível a quatro duplas sonhar com o título. Tem mais: a Wayne Taylor Racing pode ser campeã sem vencer uma única corrida com o #10 tripulado por Albuquerque e pelo filho do patrão, Ricky.

A Petit Le Mans também é a quarta e última rodada do IMSA Michelin Endurance Cup, que se disputa com uma tabela de pontos distribuída de forma distinta em relação ao campeonato regular. Nessa prova final, são auferidos na ordem de 5-4-3-2 pontos para os carros após 4h, 8h e no resultado oficial.

Assim, na GTP Derani/Sims/Aitken lideram com 33 pontos, na LMP2 o comando é de Hanley e Kurtz com 30 - mesmo total de Fraga/Burdon/Robinson na LMP3. Dani Juncadella e Jules Gounon somam 33 pontos, comandando na GTD Pro, enquanto Ian James/Marco Sorensen/Roman De Angelis ponteiam na GTD, com 29 unidades.

A prova terá a participação de sete brasileiros: Pipo Derani, Felipe Nasr, Augusto Farfus e Hélio Castroneves na GTP, Pietro Fittipaldi na LMP2, Felipe Fraga na LMP3 e Daniel Serra na GTD Pro.

Para esta etapa, o BoP apresenta algumas mudanças na GTP, com o Acura ARX-06C começando da base de 1046 kg sem piloto e combustível, sendo o carro mais pesado dos protótipos da divisão principal, apesar de contar com a maior potência - 520 kW (707 CV) - enquanto os Porsches terão 515 kW (700 CV) e Caddies e BMWs 513 kW (697 CV).

Não obstante, os modelos orientais de WTR-Andretti e Meyer-Shank Racing, na despedida desta última da série por conta dos acontecimentos do início do ano, serão os que vão dispender mais megajoules de energia por stint - 915 MJ pela tabela, contra 907 do 963 LMDh da casa de Weissach e 903 MJ de Porsche e BMW.

Nos modelos de Grã-Turismo, também com peso mínimo aferido sem piloto e reservatório cheio de combustível, a Ferrari 296 GT3 vai trabalhar com 1370 kg (20 kg a mais que o BoP de Indianápolis), enquanto o Huracán GT3 EVO2 da Lamborghini e o Mercedes-AMG GT3 terão 15 kg a mais em relação ao evento anterior.

A BMW M4 GT3 terá 3,3 kw (cerca de 4,5 CV) menos do que no Battle on The Bricks, sendo o único modelo com decréscimo de performance em relação aos demais carros, que seguem com o mesmo coeficiente da corrida anterior. Porsche, Corvette e Ferrari ganham um litro cada em seus reservatórios. Acura e BMW perdem um litro cada uma.

A programação da edição 2023 da Petit Le Mans prevê uma sessão de treinos livres nesta quinta-feira com início às 9h50 locais - 10h50 de Brasília, com o segundo treino marcado para 14h35 locais - 15h35 de Brasília, com as classes separadas, primeiro protótipos e depois os GTs. Haverá também um treino livre noturno, marcado para 19h30 - 20h30 de Brasília.

Na sexta-feira, os 53 carros se dividem em 15min de sessão para GTD/GTD Pro, LMP2/LMP3 e 20min para a GTP, a partir de 15h20 locais - 16h20 de Brasília - para definir o grid da corrida que começa sábado às 11h40 na Geórgia, 12h40 de Brasília.
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