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Automobilismo Nacional

Racing Festival: fim da linha

RIO DE JANEIRO – O ano de 2012 está prestes a acabar e as más notícias no automobilismo brasileiro não terminam antes da meia-noite de 31 de dezembro. Após o fim da Fórmula Futuro, agora é a vez do Racing Festival desaparecer no horizonte por completo. A notícia foi confirmada nesta sexta-feira, depois que a organização […]

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RIO DE JANEIRO – O ano de 2012 está prestes a acabar e as más notícias no automobilismo brasileiro não terminam antes da meia-noite de 31 de dezembro. Após o fim da Fórmula Futuro, agora é a vez do Racing Festival desaparecer no horizonte por completo.

A notícia foi confirmada nesta sexta-feira, depois que a organização chefiada por Carlinhos Romagnoli e Titônio Massa, pai do piloto de Fórmula 1 Felipe Massa, foi comunicada da decisão do board da Fiat na Itália de cancelar qualquer envolvimento da montadora com outras categorias do automobilismo. Não só o Racing Festival vai para o vinagre: a Fórmula 3 italiana, que tinha apoio da Fiat, foi também cancelada e não terá campeonato em 2013.

A Copa Fiat, que foi o carro-chefe do evento com o fim da Fórmula Futuro, teve Cacá Bueno como campeão de todas as três edições disputadas – inclusive quando o certame se chamou Trofeo Linea. Com o cancelamento do evento, também deixa de ser disputada a categoria R1 1000GP, com motos Yamaha.

É assustadora a quantidade de categorias que desapareceram no automobilismo brasileiro só em 2012. A Fórmula Futuro foi a primeira. Na sequência, acabaram o Audi DTCC, a Top Series, a Spyder Race, o Mini Challenge e a Copa Montana – sem contar a Copa Peugeot de Rali, que eu tinha esquecido. E agora, a Copa Fiat também segue o mesmo caminho.

Não obstante a perda de campeonatos, nós ainda presenciamos o assassinato do Autódromo de Jacarepaguá e percebemos o descaso das autoridades – muitas delas interessadas em lucro pessoal –  e principalmente da Confederação Brasileira de Automobilismo. Não adianta, como já é de praxe, aquela velha cantilena de “aumento do número de filiados”. Ora… emissão de carteirinha é prática mais do que utilizada para enganar trouxa e tentar mostrar uma força que hoje o esporte não possui no país.

Enquanto não houver ninguém ou nada que possa fazer a situação atual se modificar, a ganância de uma meia dúzia continuará sufocando o empenho, a dignidade, a garra e a paixão de quem vive, respira, almoça e janta automobilismo.

É isso o que eu tenho para dizer.