A Mil por Hora
Stock Car

Um milhão na estratégia e Cacá é penta

RIO DE JANEIRO – Quem diria que uma corrida que chegou a ser monótona em grande parte de sua disputa teria o final que assistimos hoje em Interlagos? A decisão da Stock Car, com a Corrida do Milhão, foi cheia de emoção nos minutos finais, com vários carros ficando pelo caminho com falta de combustível. Foi […]

RIO DE JANEIRO – Quem diria que uma corrida que chegou a ser monótona em grande parte de sua disputa teria o final que assistimos hoje em Interlagos? A decisão da Stock Car, com a Corrida do Milhão, foi cheia de emoção nos minutos finais, com vários carros ficando pelo caminho com falta de combustível. Foi o preço pago pelo risco de seguir na pista sem parar, pois hoje os carros da categoria fazem corridas de 40 minutos mais uma volta e a prova de hoje teve dez minutos a mais. E nem choveu, apesar do tempo bem fechado e ameaçador no circuito paulistano.

Mas houve três entradas do Safety Car e um único piloto não parou e conseguiu cruzar a linha final. E esse piloto, que esteve com o prêmio de 1 milhão de reais nas mãos, foi superado a 400 metros da quadriculada. Cacá Bueno, com o 3º lugar, levou o título – o quinto dele na Stock Car. Ficou sem combustível, de fato, poucos metros depois e, ao chegar nos boxes, soltou a pérola. “Dinheiro é papel. O penta é histórico.”

Pode até ser que dinheiro seja papel, mas vai dizer isso pro Thiago Camilo, que conquistou uma vitória incrível neste domingo. Largando de 20º após enfrentar um problema nos treinos classificatórios, o piloto da equipe Ipiranga RCM contou com uma estratégia que deu certo: parou cedo e veio escalando o pelotão até a vitória. Camilo torna-se também o segundo piloto a ganhar a Corrida do Milhão.

Ricardo Maurício foi outro que também veio ganhando posições com os problemas de pane seca dos adversários e chegou em segundo. Se tivesse parado mais cedo, talvez tivesse vencido. Mas o “se” não corre.

Brilhante performance, a se ressaltar, do paranaense Júlio Campos. Largou de último – foi um dos que optou por sair dos boxes abastecendo quando a bandeira verde foi acenada – e fez uma corridaça. Chegou em 4º lugar, com Ricardo Zonta em quinto e Duda Pamplona em sexto. Entre os quatro convidados, Raphael Matos foi o melhor colocado. Terminou em nono, com Hélio Castroneves em décimo-quarto e Rubens Barrichello em 22º. Tony Kanaan não terminou.

No fim das contas, um resultado justo. Venceu um piloto aguerrido, que não desistiu nunca e que é do ramo. Foi campeão mais uma vez aquele que hoje é um dos melhores, senão o melhor, entre os pilotos que correm aqui no país.

O resultado final:

1. Thiago Camilo, 27 voltas em 52’08″475, média de 134,03 km/h
2. Ricardo Maurício, a 0″081
3. Cacá Bueno, a 0″564
4. Júlio Campos, a 2″395
5. Ricardo Zonta, a 2″635
6. Duda Pamplona, a 5″114
7. Denis Navarro, a 7″747
8. Átila Abreu, a 8″081
9. Raphael Matos, a 12″792
10. Antonio Pizzonia, a 14″140
11. Popó Bueno, a 16″531
12. Daniel Serra, a 17″156
13. Rodrigo Sperafico, a 17″563
14. Hélio Castroneves, a 18″669
15. Luciano Burti, a 19″589
16. Pedro Boesel, a 21″654
17. Ricardo Sperafico, a 25″781
18. Tuka Rocha, a 26″482
19. Eduardo Leite, a 31″742
20. Allam Khodair, a 32″803