RIO DE JANEIRO – À vista do que aconteceu de sexta até este domingo nos treinos livres realizados em Daytona, como preparação para a 51ª edição da tradicional corrida da Flórida, seria leviano não apontar alguma espécie de favoritismo à equipe que melhor se saiu na maioria das sessões. Refiro-me ao fato de que a Mike Shank Racing foi a mais rápida em cinco dos oito treinos programados – incluindo o derradeiro, na tarde de hoje.
Com dois carros muito bem preparados, o #6 revezado por Michael Valiante/Chris Cumming/Gustavo Yacaman/Jorge Goncalvez (escrito assim mesmo, gente, não tem jeito) e o #60 que terá Oswaldo Negri – lesionado e que só assistiu os futuros colegas John Pew, Marcos Ambrose, Justin Wilson e AJ Allmendinger – a MSR pode ser considerada uma candidata a bisar o triunfo obtido no ano passado.
Claro: um campeonato não é feito apenas da corrida de Daytona e depois desta haverá muitas outras pela frente. Talvez a equipe tenha se atrapalhado um pouco em 2012 por conta da indefinição quanto à participação nas 500 Milhas de Indianápolis, mas se concentrar seus esforços na Grand-Am, poderá oferecer a Negri e John Pew possibilidades de brigar por melhores resultados neste ano.
Para uma subclasse com nada menos que 34 inscritos, classificar bem e fazer uma corrida limpa de problemas mecânicos e livre de colisões com os protótipos mais velozes, é o que importa. Dener Pires é “macaco velho” e vai saber conduzir as coisas. E não foi por acaso que ele chamou Rubens Barrichello e Tony Kanaan para conduzir um de seus carros. É evidente que tem a questão da visibilidade que uma presença como a desses dois nomes do nosso automobilismo pode trazer para a equipe. Mas o know how adquirido em anos dentro do esporte, noutras categorias, também pode ajudar.
Os treinos livres em Daytona também viram a estreia dos novos carros da subclasse GX. Os Porsche Cayman alinhados pela Napleton Racing e BGB Motorsports parecem estar prontos. O mesmo não se pode dizer dos times que vão representar Mazda e Lotus. O modelo 6 GX com motor Skyactiv-D passou mais tempo fora do que dentro da pista. O Lotus Évora GX fez uma aparição ou duas nos treinos e não mais andou. Essa subclasse, aliás, é uma grande incógnita para 2014, quando Grand-Am e American Le Mans Series somarem forças para a criação de um novo campeonato de Endurance.