A Mil por Hora
Automobilismo Nacional

Sem palavras…

RIO DE JANEIRO – O amigo Américo Teixeira Júnior, jornalista competentíssimo, parceiro e colaborador do site Grande Prêmio, confirma em seu ótimo Diário Motorsport o que muita gente não gostaria de saber: a Confederação Brasileira de Automobilismo (CBA) seguirá comandada por Cleyton Pinteiro, por mais quatro anos. A eleição ainda não aconteceu. Segundo o relato do […]

RIO DE JANEIRO – O amigo Américo Teixeira Júnior, jornalista competentíssimo, parceiro e colaborador do site Grande Prêmio, confirma em seu ótimo Diário Motorsport o que muita gente não gostaria de saber: a Confederação Brasileira de Automobilismo (CBA) seguirá comandada por Cleyton Pinteiro, por mais quatro anos.

A eleição ainda não aconteceu. Segundo o relato do Américo, ela está marcada para a próxima sexta-feira, dia 18, na sede da entidade na Glória, bairro do Rio de Janeiro. Há 20 federações com direito a voto e uma chapa só poderia concorrer como oposição a Pinteiro se houvessem cinco adesões a esta candidatura. Como isto não aconteceu, o dirigente é candidato único e continuará no cargo.

O que posso dizer? Ora… é lamentável que dirigentes se locupletem em seus cargos visando lucro pessoal e não o bem do esporte. O automobilismo brasileiro vai de mal a pior e isso é esfregado nas nossas barbas a cada má notícia – e olha que tivemos várias em 2012. Foram sete categorias extintas e um autódromo destruído – e não foi um autódromo qualquer: foi Jacarepaguá, sede de corridas de Fórmula 1, Fórmula Indy e MotoGP, um dos únicos no mundo a receber todas estas categorias. São acontecimentos e fatos que fariam qualquer um corar de vergonha. Mas não a Pinteiro e seus asseclas.

O presidente da CBA não é diferente dos Nuzmans, Teixeiras, Mamedes, Gregos, Arys Graças e tantos outros que se perpetuam no poder. Infelizmente o conceito de democracia não se aplica ao automobilismo brasileiro e, pior, a covardia de alguns faz com que nada de novo aconteça. Muitos que poderiam ter a oportunidade de se posicionar diante do quadro grave de deterioração e decadência do esporte no Brasil, simplesmente enfiam a viola dentro do saco e se calam.

Mais quatro anos de Cleyton Pinteiro… e eu pergunto: onde é que o automobilismo brasileiro vai parar, afinal?

Cartas para a redação.