A Mil por Hora
GP2 Series

Ciranda, cirandinha…

RIO DE JANEIRO – A GP2 Series parece brincadeira de roda. O que tem de piloto saindo de cockpit no meio desse campeonato… a prova disto é que quatro antigos titulares de equipes da categoria de acesso à Fórmula 1 não estarão em seus lugares na Hungria neste fim de semana. Muitos deles apeados dos […]

RIO DE JANEIRO – A GP2 Series parece brincadeira de roda. O que tem de piloto saindo de cockpit no meio desse campeonato… a prova disto é que quatro antigos titulares de equipes da categoria de acesso à Fórmula 1 não estarão em seus lugares na Hungria neste fim de semana. Muitos deles apeados dos seus lugares por absoluta falta de grana. Infelizmente, a cartilha é esta: “no money, no race”.

A debandada mais lamentada é a do holandês Robin Frijns do cockpit do carro #22 da Hilmer. Com uma vitória, dois pódios e o 9º lugar no campeonato com 45 pontos em dez corridas disputadas, o campeão da World Series by Renault teve que sair da equipe, porque não tem o dinheiro necessário para participar das cinco últimas rodadas duplas de 2013. Em seu lugar entra Adrian Quaife-Hobbs, 16º colocado na GP2 Series, que vinha disputando a temporada pela escuderia MP Motorsport. O substituto do campeão da AutoGP World Series é Dani Clos, em sua enésima volta à categoria.

E já que o que manda é o cascalho, nem o 2º lugar conquistado na corrida principal em Mônaco segurou o italiano Kevin Ceccon no cockpit de um dos carros da Trident Racing. O jovem piloto de 19 anos será substituído pelo luso-angolano Ricardo Teixeira, dez anos mais velho, muito menos talentoso, mas com um aporte financeiro que fará a equipe sobreviver até o fim do campeonato – mesmo que o desempenho deste carro seja sacrificado, como certamente será.

Na Lazarus, o carro #25 vai ter o terceiro italiano a bordo em sete rodadas duplas neste ano. Após Kevin Giovesi (que deixou o time após a 4ª rodada) e Fabrizio Crestani (este andou nas duas últimas), Vittorio Ghirelli – atual 3º colocado da AutoGP World Series pela equipe Super Nova (foto acima), faz sua estreia na GP2.

E Bruno Michel, organizador da GP2 Series, ainda teve a pachorra de afirmar que “os custos cairão”. Conta outra! Se um piloto de potencial e talento como Robin Frijns acaba preterido pelos dólares de outros competidores de menor qualidade, mas muito mais abonados, é porque a coisa anda bem complicada para os lados das equipes e também da categoria. Quando eu digo que o nível é um dos piores dos últimos anos e tem quem reclame, taí a volta de Ricardo Teixeira para não me deixar mentir.