A Mil por Hora
Motovelocidade

Um ano triste

RIO DE JANEIRO – O ano de 2013 não é dos mais profícuos para o esporte a motor. Nem aqui, nem em lugar nenhum. Ainda no Século XXI, convivemos com tragédias, mortes e perdas. Não me refiro nem às perdas naturais, algumas delas devastadoras, como a do nosso querido Marcus Zamponi. Mas aos acidentes, alguns […]

RIO DE JANEIRO – O ano de 2013 não é dos mais profícuos para o esporte a motor. Nem aqui, nem em lugar nenhum. Ainda no Século XXI, convivemos com tragédias, mortes e perdas.

Não me refiro nem às perdas naturais, algumas delas devastadoras, como a do nosso querido Marcus Zamponi. Mas aos acidentes, alguns deles expondo a nu a total falta de segurança a que pilotos e demais envolvidos com o esporte estão expostos.

Tivemos um exemplo disto no último fim de semana: a piloto Vanessa Daya, de 31 anos, pagou com a própria vida pela insegurança do Autódromo de Brasília. Para quem não sabe, uma pista inaugurada em 1974, que NUNCA sofreu uma única obra de reasfaltamento e tampouco recebeu melhorias na segurança.

A piloto caiu na curva do Drive-In e foi parar numa vala da área de escape. A motocicleta, numa daquelas fatalidades que por vezes acontecem, atingiu a cabeça de Vanessa, provocando-lhe graves ferimentos que levaram ao óbito, na madrugada desta quarta-feira.

Agora, muito me admira a FMDF (Federação de Motociclismo do Distrito Federal) vir querer pôr em dúvida as condições da motocicleta de Vanessa e os equipamentos de segurança da piloto. Não seria mais bonito admitir que o circuito de Brasília não tem, hoje, as mínimas condições necessárias para que incidentes como o do último fim de semana sejam evitados?

Vanessa Daya morreu fazendo o que mais gostava. Desculpem o uso do clichê. Mas eu me pergunto e continuarei me perguntando: até quando vidas serão perdidas para que os dirigentes e os que se locupletam no poder dentro do esporte a motor tomem vergonha e deem aos pilotos autódromos mais seguros?