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Automobilismo Internacional

Os 50 melhores pilotos não F-1 – parte 5 (final)

RIO DE JANEIRO – Hora de encerrar a lista da Autosport com os 50 melhores pilotos que não passaram pela Fórmula 1, novamente com alguns nomes um tanto quanto discutíveis. Compreensível: os ingleses gostam de puxar a sardinha para o lado deles. Já fazem isso normalmente com os que passaram pela categoria máxima – imagine se fariam […]

RIO DE JANEIRO – Hora de encerrar a lista da Autosport com os 50 melhores pilotos que não passaram pela Fórmula 1, novamente com alguns nomes um tanto quanto discutíveis. Compreensível: os ingleses gostam de puxar a sardinha para o lado deles. Já fazem isso normalmente com os que passaram pela categoria máxima – imagine se fariam diferente com essa lista…

Vamos aos dez mais, pois.

Laurent Aiello

Inconcebível que Laurent Aiello esteja à frente de um piloto do calibre de Gil de Ferran nessa lista. E pelo visto, a imprensa britânica se esqueceu da notória animosidade com os franceses para pô-lo em 10º lugar. Aiello teve poucas chances com a F-1, no máximo um teste pela McLaren, cortesia de seu antigo patrocinador, a Marlboro. Encontrou-se em competições de turismo, vencendo o BTCC e também o DTM. Ganhou as 24 Horas de Le Mans em sua primeira aparição no circuito de Sarthe.

Walter Röhrl

Ele é o que comumente chamamos de “lenda viva”, um monstro das competições de Rally que mandou muito bem no asfalto, nas chances que teve. Walter Röhrl jamais passou perto da Fórmula 1, mas teve fãs dentro dela. Um dos que o tinham como ídolo era um certo Michael Schumacher.

Gary Paffett

Outro nome que figura na listagem mais pela paixão do que propriamente pela razão. Gary Paffett é o eterno piloto de testes da McLaren. Aos 32 anos, continua desempenhando este papel para o time britânico. Claro que além de colaborar com a McLaren, deve existir para o escocês uma ótima compensação financeira. E, de mais a mais, ainda guia – e bem – no DTM. Mas convenhamos: não é nenhuma sumidade.

Parnelli Jones

Esse foi fera. Parnelli Jones venceu as 500 Milhas de Indianápolis em 1963 e também conquistou outras corridas da antiga USAC nos Estados Unidos. Nunca chegou à Fórmula 1 como piloto e acabou envolvido com a categoria quando sua equipe apareceu para disputar algumas corridas com Mario Andretti entre 1974 e 1976. Sua escuderia somou apenas seis pontos em 16 GPs de que participou. Em agosto, Parnelli completa 80 anos bem-vividos.

Dave Coyne

Mais uma das escolhas “para inglês ver”. Consta que Dave Coyne, estrela da Fórmula Ford britânica no fim dos anos 80, foi chamado por Eddie Jordan para suceder Bertrand Gachot em seu time que estreara na Fórmula 1 em 1991. Tudo apalavrado. Até que chegou um tal de Michael Schumacher. E ninguém nunca mais ouviu falar em Dave Coyne que, cabe lembrar, não tem parentesco nenhum com Dale Coyne, dono de equipe na Fórmula Indy.

Rick Mears

O Rei dos Ovais. A alcunha caiu muito bem para este piloto, que foi um dos maiores neste tipo de circuito, em qualquer tempo. Rick Mears venceu quatro vezes as 500 Milhas de Indianápolis e consagrou-se na Fórmula Indy pela equipe de Roger Penske. Em 1980, quando tinha 28 anos, teve uma oportunidade única de testar um Fórmula 1: andou no Brabham BT49 de Nelson Piquet no circuito californiano de Riverside… e meteu tempo no brasileiro! Bernie Ecclestone, astuto e espertíssimo, usou o canto da sereia para atrair Mears. Não houve acordo e o piloto seguiu nos EUA até o fim de sua carreira.

AJ Foyt

O texano Anthony Joseph Foyt Jr. nunca precisou da Fórmula 1 para se revelar um autêntico mito das pistas. Ganhou tudo o que pôde ganhar como piloto, incluindo a Indy 500 por quatro vezes, as 500 Milhas de Daytona na Nascar em 1972 e também as 24 Horas de Le Mans, com o lendário Ford GT40. Até hoje, com 78 anos de idade, continua ativo na Fórmula Indy, chefiando a escuderia que leva seu nome.

Dario Franchitti

O escocês é bom. Mas está longe demais numa lista que tem Foyt, Mears, Gil de Ferran e outros nomes tão talentosos quanto ele, não é não? Enfim… coisas dos britânicos. Dario Franchitti até tentou a Fórmula 1, treinando com carros da McLaren e da Jaguar. Mas desiludiu-se e brilhou nos EUA. Venceu três vezes as 500 Milhas de Indianápolis e tem quatro títulos da Fórmula Indy. E ainda foi marido da Ashley Judd.

Sébastien Loeb

Deixar Sébastien Loeb de fora de qualquer lista de grandes pilotos que jamais chegaram à Fórmula 1 é um tremendo atestado de burrice. Os ingleses podem ser exagerados, pachecos, mas burros, não são. Nove vezes campeão mundial de Rally, vice nas 24 Horas de Le Mans, o francês de 39 anos não fez feio quando treinou de Fórmula 1, com as equipes Red Bull e Toro Rosso. Muito pelo contrário: foi velocíssimo e seu nome chegou a ser cotado para, vez ou outra, aparecer nas corridas da categoria máxima. Em 2014, disputará o WTCC, o Mundial de Carros de Turismo.

Tom Kristensen

Pilotaço. Tom Kristensen merece a distinção de #1, top da lista dos 50 melhores pilotos que nunca competiram pela Fórmula 1. Teve uma carreira bastante boa em monopostos, andou na F-3000 e F-Nippon e testou para três equipes da categoria máxima, entre elas a Tyrrell, quando a escuderia estava passando às mãos da British American Racing. As nove vitórias nas 24 Horas de Le Mans, a maior corrida de Endurance do mundo, bem como seus inúmeros triunfos em provas longas, com Porsche, Bentley e principalmente Audi, contribuíram para que fosse escolhido o melhor entre os 50 que a Autosport elencou.