A Mil por Hora
Automobilismo Nacional

Confederação Brasileira de Carteirinhas?

RIO DE JANEIRO – Tem coisas que só a CBA faz (ou não) pelo automobilismo brasileiro. A entidade do desporto neste país é muito mais conhecida pelo que arrecada na emissão de carteirinhas de piloto do que propriamente por cuidar bem do esporte – e nós, que militamos nele há décadas, sabemos que essa atribuição […]

RIO DE JANEIRO – Tem coisas que só a CBA faz (ou não) pelo automobilismo brasileiro. A entidade do desporto neste país é muito mais conhecida pelo que arrecada na emissão de carteirinhas de piloto do que propriamente por cuidar bem do esporte – e nós, que militamos nele há décadas, sabemos que essa atribuição a CBA não cumpre como deveria.

A última da egrégia entidade foi com relação aos Track Days (link aqui). Para quem não sabe, Track Day é aquele evento em que a pista é liberada para aficionados andarem nos autódromos do país com seus carros. É mais diversão do que propriamente competição. E o que faz a CBA? Se aproveita de um filão crescente dentro do dia-a-dia do automobilismo para exigir o uso da tal carteirinha que ela emite.

Se é pela preocupação com a segurança dos participantes, tudo bem. Mas se há exageros – e eventualmente existem – aí é algo que tem que ser discutido entre quem participa dos Track Days e quem organiza, correto? Qual a importância real da CBA nisso tudo?

Tem mais: o Flavio Gomes lembrou em seu blog, com grande propriedade, que tem carro que vai pra Track Day e é placa preta. É muito carro clássico sem cintos especiais, gancho pra resgate e até sem extintor. Sabiam que a legislação não obriga? Pois é.

O recado está dado. E quem estiver insatisfeito com mais uma que a Confederação Brasileira de Carteiri… ops… de Automobilismo apronta, reclame. Mas reclame com educação e com argumentos fáceis para aquela turma compreender – principalmente que Track Day não é competição. É entretenimento.

Vai mal o automobilismo brasileiro. Muito mal.