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Automobilismo Internacional

Os 50 melhores pilotos de 2014 – parte V (final)

RIO DE JANEIRO – O blog pode tardar, mas não falha. Agora vamos ver quem a Autosport inglesa elegeu como os 10 melhores pilotos do automobilismo internacional em 2014. #10 VALTTERI BOTTAS (Finlândia) O ano de 2014 foi o segundo do finlandês Valtteri Bottas na Fórmula 1. Se em sua temporada de estreia ele não […]

RIO DE JANEIRO – O blog pode tardar, mas não falha. Agora vamos ver quem a Autosport inglesa elegeu como os 10 melhores pilotos do automobilismo internacional em 2014.

#10 VALTTERI BOTTAS (Finlândia)

O ano de 2014 foi o segundo do finlandês Valtteri Bottas na Fórmula 1. Se em sua temporada de estreia ele não pôde fazer muito porque o carro não correspondia, quando a Williams voltou a acertar a mão num projeto, o jovem piloto de 25 anos mostrou o que vale. Foi para a primeira fila do grid duas vezes e só falhou a passagem ao Q3 em quatro oportunidades. Com seis pódios, incluindo dois segundos lugares na Inglaterra (terra da Williams) e Alemanha (terra da Mercedes), Bottas provou a incansável vocação dos finlandeses em nos surpreender com bons pilotos que gostam um bocado da chamada “água que passarinho não bebe”. Superou Felipe Massa sem muitas atenuantes para o brasileiro e fechou o ano com um excepcional 4º lugar no Mundial de Pilotos.

#9 SÉBASTIEN BUEMI (Suíça)

Defenestrado pela Red Bull na Fórmula 1, em que pese ser hoje o piloto reserva do time rubrotaurino, Sébastien Buemi reencontrou-se no automobilismo graças ao Mundial de Endurance (WEC). Foi sem dúvida o melhor e o mais rápido piloto da Toyota na temporada 2014, o ano da consagração do construtor japonês, que levou de roldão o título dos Construtores e deu a Buemi e seu parceiro Anthony Davidson a possibilidade de conquistar a taça entre os pilotos. As suas performances em Xangai e especialmente em Austin, onde em 20 voltas enfiou 35 segundos de vantagem em cima do experiente Alex Wurz, companheiro de equipe, foram realmente impressionantes.

#8 WILL POWER (Austrália)

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Demorou, mas saiu: Will Power, após bater na trave em várias oportunidades, conquistou finalmente o título da Fórmula Indy. O piloto de 33 anos chegou ao ponto em que velocidade e maturidade caminharam juntas. Que ele era rápido, disso todo mundo sabia, especialmente em circuitos mistos. Mas faltava calma e sobretudo discernimento ao australiano, que se envolveu em algumas confusões extrapista. Deixando a pecha de tri-vice de lado, Power ganhou três etapas, chegou noutras quatro entre os três primeiros e seu pior resultado do ano foi um 14º lugar. Título justo e merecido.

#7 ANDRE LOTTERER (Alemanha)

Num ano em que a Audi foi inapelavelmente batida pela Toyota em cinco das oito corridas do WEC e perdeu também em velocidade várias vezes para a novata Porsche, o construtor alemão tem muito do que se orgulhar em ter Andre Lotterer em seus quadros. O piloto fez, a despeito da falta de equipamento, uma temporada fantástica, sobressaindo-se claramente em relação a seus parceiros Bénoit Tréluyer e Marcel Fässler, reconhecidamente velozes e experientes. Lotterer foi o artífice das duas vitórias dos quatrargólicos, nas 24h de Le Mans e em Austin. Foi muito competitivo também na Super Formula japonesa, nas 24h de Spa ao volante de um Audi R8 LMS e mesmo tendo completado uma única volta no GP da Bélgica, mostrou qualidades a bordo do esquálido carro da Caterham. É um grande piloto.

#6 NICO ROSBERG (Alemanha)

É bem possível que se tivesse sido campeão do mundo, sua posição fosse um pouco melhor. Mas o fato é que Nico Rosberg, embora tenha sido infernalmente rápido em qualificações, com onze pole positions em 19 corridas na última temporada da Fórmula 1, perdeu feio no confronto direto com Lewis Hamilton no quesito corrida. É claro que o alemão aproveitou-se do mau momento do companheiro de equipe para chegar à liderança do campeonato, mas quando teve que se impor na segunda metade do campeonato, vacilou. O 4º lugar no GP da Hungria foi o turning point ao contrário para a temporada de Nico, que teve que se contentar com o vice-campeonato.

#5 SÉBASTIEN OGIER (França)

Não houve ninguém melhor este ano no WRC do que Sébastien Ogier. Embora tenha errado algumas vezes de forma constrangedora, como na Suécia, logo no início do campeonato e na Alemanha, justo na terra da Volkswagen, que lhe deu um equipamento mais uma vez superior ao da concorrência, o francês foi bem melhor que seus rivais na temporada passada. Campeão antecipado, venceu oito das 13 etapas e um total de 94 especiais ao longo do ano. Para não deixar dúvidas acerca de seu domínio.

#4 MARCO WITTMANN (Alemanha)

Muita gente pode até não entender como um piloto feito o alemão Marco Wittmann é eleito um dos melhores de 2014. Ainda mais porque no DTM há nomes de maior destaque e o campeonato passado teve 22 dos 23 pilotos marcando pelo menos um ponto, no que para muitos pode significar equilíbrio. Menos para Wittmann, que sobrou na turma com duas vitórias nas três primeiras etapas e mais duas outras consecutivas, suficientes para lhe dar vantagem na pontuação e, consequentemente, o título, com 40 pontos de vantagem sobre o vice-campeão.

#3 FERNANDO ALONSO (Espanha)

Este foi um ano atípico na carreira de Fernando Alonso, desde que conheceu seu primeiro triunfo em 2003. O asturiano não venceu nenhuma corrida, fez apenas dois pódios em 19 provas e terminou o ano em 6º lugar no Mundial de Pilotos. Mas diante da adversidade e do carro ruim que a Ferrari lhe deu em 2014, o espanhol fez diversos milagres, mostrando porque é um dos melhores pilotos (senão o melhor) de sua geração. Sem poder ser campeão por Maranello, Fernando decidiu deixar a Ferrari e buscar um novo (velho) rumo em sua carreira. Assinou com a McLaren, retornando à equipe que defendeu em 2007 para resolver, palavras do próprio, “negócios inacabados e mal-resolvidos”. É esperar para ver o que ele fará trabalhando de novo com Ron Dennis…

#2 LEWIS HAMILTON (Grã-Bretanha)

Foram seis anos de hiato entre um campeonato e outro, nos quais muita gente questionou fortemente o real potencial de Lewis Hamilton. O tempo se encarregou de mostrar que o piloto continua rápido e parece, finalmente, ter atingido um grau de maturidade que se espera de um campeão do mundo. Se em treinos foi batido várias vezes por Nico Rosberg – embora tenha cravado sete poles – foi um vencedor de fato e direito. Ganhou onze corridas – cinco delas seguidas, além de seis nas últimas sete etapas, o que foi definitivamente decisivo para a conquista tão ansiada pelo piloto da Mercedes-Benz.

#1 DANIEL RICCIARDO (Austrália)

O novo menino-prodígio da Red Bull: Daniel Ricciardo teve o mérito de ser o único a superar os dois pilotos da Mercedes na temporada 2014, quer seja em condições normais ou mesmo em situações atípicas. Não importa: quem vence três corridas com um carro que não era o melhor do lote e, ainda por cima, enquadra o tetracampeão Sebastian Vettel, merece não só estar entre os grandes pilotos de 2014 como ser considerado o melhor de todos no automobilismo internacional. O “Risadinha”, é bom lembrar, tem apenas 25 anos e um longo futuro pela frente. Nasceu uma estrela.