A Mil por Hora
GP2 Series

Em crise, GP2 Series começa temporada 2015 no Bahrein

RIO DE JANEIRO – A GP2 Series, que começa sua 11ª temporada na história da competição neste fim de semana no Bahrein, é hoje um campeonato sui generis. Cada vez menos valorizada como série de acesso à Fórmula 1, passa por um dilema daqueles – afinal de contas, os três últimos campeões (Davide Valsecchi, Fabio […]

250239_491455__sbl1521
André Negrão vai acelerar na temporada da GP2 Series pela Arden International

RIO DE JANEIRO – A GP2 Series, que começa sua 11ª temporada na história da competição neste fim de semana no Bahrein, é hoje um campeonato sui generis. Cada vez menos valorizada como série de acesso à Fórmula 1, passa por um dilema daqueles – afinal de contas, os três últimos campeões (Davide Valsecchi, Fabio Leimer e Jolyon Palmer) sequer chegaram ao posto de titular em qualquer equipe da categoria máxima. Mesmo que oito dos 20 pilotos da F1 tenham tido passagens por este certame, os únicos da atualidade que vieram da GP2 e venceram na turma de cima foram exatamente os dois pilotos da Mercedes – Nico Rosberg e Lewis Hamilton, por coincidência os primeiros campeões da categoria – além de Pastor Maldonado, de quem eu esqueci.

Não obstante, a presença brasileira é cada vez mais minguada. Com a ascensão de Felipe Nasr ao posto de titular na Sauber, o único representante do país na GP2 é o paulista André Negrão, que vai para seu segundo ano como titular da escuderia britânica Arden International e neste ano correrá com o dorsal #20, tendo como companheiro de equipe o estreante francês Norman Nato, com quem dividiu frenagens e curvas na World Series by Renault.

“Minha única obrigação é tentar fazer o meu melhor. Se sou o único piloto do país, a responsabilidade não é minha”, afirma André, 12º colocado do campeonato do ano passado, com bastante personalidade. E não está errado. A entressafra de pilotos brasileiros no exterior um dia iria cobrar a conta. E esse dia chegou.

O piloto brasileiro sabe quais são os adversários a superar neste campeonato. Na opinião dele, a equipe DAMS, campeã ano passado com Jolyon Palmer, está “um pouquinho à frente” dos demais, o que faz do francês Pierre Gasly e do britânico Alex Lynn, campeão do último ano na GP3 Series, dois dos favoritos ao título. Mas não são os únicos: Stoffel Vandoorne (ART Grand Prix) e Mitch Evans (Russian Time) reúnem boas chances. E outros bons nomes podem surpreender, como o dinamarquês Marco Sørensen, o britânico Jordan King e o romeno Robert Visoiu. Mesmo em baixa no mercado, Raffaele Marciello e Alexander Rossi são bons pilotos que têm chance de fazer alguma coisa boa em 2015.

Emcontrapartida, a GP2 Series virou refugo de pilotos sem a menor capacidade de ir adiante no automobilismo, como o colombiano Julián Leal, o indonésio Rio Haryanto e o espanhol Sergio Canamasas, que com suas doideiras é garantia pelo menos de emoção.

E como a crise não é só privilégio do Brasil, a categoria chega a Sakhir com menos uma equipe e em consequência sem dois pilotos – o novato Nick Yelloly e o holandês Nigel Melker, que acertara seu regresso. A Hilmer Motorsports não vai disputar a rodada de abertura da temporada.

Que fase…