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Mundial de Endurance

“Apêndice B”: mudanças técnicas para as 6h de Nürburgring

RIO DE JANEIRO – O comitê do FIA WEC anunciou as modificações no boletim de Equivalência de Tecnologia (EoT) dos protótipos LMP1, no chamado “Apêndice B” do regulamento técnico do Mundial de Endurance, com validade a partir das 6h de Nürburgring, próxima etapa do campeonato, até às 24h de Le Mans do ano que vem. […]

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Comitê do WEC anuncia o novo “Apêndice B” do regulamento: Porsche é prejudicada com mudanças para as 6h de Nürburgring (Foto: Porsche Presse/Divulgação)

RIO DE JANEIRO – O comitê do FIA WEC anunciou as modificações no boletim de Equivalência de Tecnologia (EoT) dos protótipos LMP1, no chamado “Apêndice B” do regulamento técnico do Mundial de Endurance, com validade a partir das 6h de Nürburgring, próxima etapa do campeonato, até às 24h de Le Mans do ano que vem.

As modificações dizem respeito ao fluxo de combustível que os carros híbridos têm que obedecer, de acordo com a classe de MJ (Megajoules) de energia dispendida pelos sistemas híbridos e a capacidade do reservatório de combustível.

Para a Audi (classe 4 MJ), houve um acréscimo de 0,5 kg/h no fluxo de combustível, passando de 79 kg/h para 79,5 kg/h. Em contrapartida, os protótipos de Ingolstadt vão trabalhar com meio litro de capacidade de diesel a menos, baixando dos atuais 54,2 litros do tanque para 53,7 a partir da próxima etapa.

A Porsche (classe 8 MJ) vê seu 919 Hybrid sofrer, com a mudança do EoT, um decréscimo de 1,5 kg/h no fluxo de combustível – passando de 88,5 kg/h para 87 kg/h. Isso também corresponde a um decréscimo da capacidade do tanque de combustível dos 68,3 litros atuais para 67,4 litros de gasolina.

Tais mudanças representam, segundo o engenheiro Kyle Wilson-Clarke, que trabalha no carro de Timo Bernhard/Mark Webber/Brendon Hartley, um ganho de até um segundo e meio por volta para a Audi em Sarthe e sete décimos de vantagem para os quatrargólicos na próxima corrida do WEC.

“Estou um pouco surpreso, para ser honesto”, disse Kyle. “Nós só vamos descobrir o ajuste do EoT quando chegarmos ao Ring. Não temos certeza o quanto isso poderá significar contra ou a favor em ritmo de corrida”, garantiu o engenheiro da Porsche, que trabalhou num novo setup aerodinâmico de seu protótipo após a conquista nas 24h de Le Mans.

Os protótipos LMP1 não-oficiais e sem sistemas híbridos também têm seu ganho de acordo com o novo EoT. O fluxo de combustível por kg/h dos Rebellion R-One e do CLM P1/01 da ByKolles Racing foi acrescido em 5%, subindo de 100,9 kg/h para 106,5 kg/h. Desta forma, o reservatório de gasolina também subiu sua capacidade: passou de 68,3 litros para 75 litros, mesma quantidade dos protótipos LMP2.

A Toyota (classe 6 MJ) está, no momento, bem mais preocupada com o carro de 2016 do que com as mudanças do EoT que deixam o TS040 Hybrid com 0,5 kg/h a mais no fluxo de combustível e com o tanque de combustível igualmente maior (68,5 litros). “Demos apenas um pequeno passo em relação a Le Mans. E não aquele grande avanço que precisávamos. O carro é bom de guiar, melhor que o de 2014, mas já estamos concentrados no projeto para o próximo ano”, avalia o atual campeão de pilotos Anthony Davidson.