RIO DE JANEIRO – Cacá Bueno não para de soltar o verbo. Ainda revoltado (com razão) depois da suspensão que lhe foi imposta pelo STJD e que o deixou de fora da caótica corrida de Curitiba, o pentacampeão da Stock Car foi entrevistado pelo Victor Martins, para o Grande Prêmio, antes da Corrida do Milhão, em Goiânia. E vejam só uma declaração do piloto da equipe Red Bull:
“Eu nunca vou ficar conformado e quieto e vou falar sempre para ter um esporte melhor e mais seguro e quando as coisas vão para um caminho errado. Mas quando você sente que lutar pela melhoria de alguma coisa incomoda, isso te deixa um pouco com medo e teve o reflexo que eles queriam”, declarou. “Porque vários pilotos me mandaram mensagem de texto dizendo que achavam um absurdo, mas quando foram entrevistados, tiraram o corpo fora e publicamente se encolheram. Esse era o objetivo deles: ‘não critiquem e não falem mal’, ‘sejam plastificados e engomadinhos’.
Ah, os pilotos. Classe sempre unida, vide o que aconteceu a respeito de Jacarepaguá. Só que não.
Mais uma vez digo: não sou advogado de defesa do Cacá, não tenho procuração dele para amplificar suas declarações. Mas acho que ele está certíssimo no que diz. Mais uma vez ele mete o dedo na ferida e expôe o que já me parecia muito óbvio.
Aliás, piloto em geral é egocêntrico, embora o automobilismo seja um esporte em equipe em que quem está a bordo do carro leva a maioria dos louros. Mas na hora de lutar por um esporte melhor, a maioria “amarela” ou fica em cima do muro. Conheço um que já é ‘plastificado, bonitinho e engomadinho’ desde que passou a enganar como comentarista de automobilismo. Esse, além de não ter opinião, já quis derrubar jornalistas. Mais de um, além de mim. Assim mesmo, no plural.
Continue dizendo o que pensa, Cacá. Um dia, talvez, a turma aqui aprenda como se faz.