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Mundial de Endurance

WEC anuncia calendário 2016 em Austin

RIO DE JANEIRO – No próximo mês, por ocasião das 6h de Austin, no Circuit Of The Americas (COTA), os organizadores do Mundial de Endurance (WEC) vão anunciar o calendário da temporada 2016. A expectativa dos torcedores é pelo regresso do Brasil, que ficou de fora este ano por conta das reformas de infra-estrutura do […]

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RIO DE JANEIRO – No próximo mês, por ocasião das 6h de Austin, no Circuit Of The Americas (COTA), os organizadores do Mundial de Endurance (WEC) vão anunciar o calendário da temporada 2016.

A expectativa dos torcedores é pelo regresso do Brasil, que ficou de fora este ano por conta das reformas de infra-estrutura do Autódromo José Carlos Pace, em Interlagos, que a princípio só atendem à Fórmula 1, posto que a obra tem que ficar pronta em outubro deste ano para a disputa do GP do Brasil. O CEO do WEC, Gérard Neveu, atentou em entrevista divulgada pela assessoria de imprensa do campeonato que esta era uma das preocupações da entidade e dos organizadores do campeonato.

Uma fonte me confidenciou que existe um problema para o retorno do país ao calendário. Emerson Fittipaldi, segundo essa fonte, não pode ser em hipótese nenhuma o organizador, porque o bicampeão mundial de Fórmula 1 e das 500 Milhas de Indianápolis teve sérios problemas com fornecedores e colaboradores nas três edições das 6h de São Paulo entre 2012 e 2014. Ele é, na opinião do WEC, o divulgador perfeito para o evento, mas como promotor, não. Alternativas foram propostas, o nome de Carlos Col está forte na parada, mas há gente de fora querendo fazer o evento.

Um outro detalhe: minha fonte também disse que é “90% certo” o retorno do WEC, mas esse negócio de “90% certo” já mostrou que não é tão confiável assim, vide Ronaldinho Gaúcho “90% certo” no Vasco, assinando depois com o Fluminense.

CEO do WEC, Gérard Neveu garantiu cinco dos oito eventos deste ano para 2016, incluindo Silverstone, Spa-Francorchamps, Bahrein e Fuji

Fechado o parênteses, Gérard Neveu confirmou que cinco dos oito eventos deste ano estão mantidos para 2016. Além das 24h de Le Mans, a prova principal do campeonato, as corridas programadas para Silverstone, Spa-Francorchamps, Fuji Speedway e Bahrein, por contrato, seguem no certame. O que se sabe é que o representante do WEC para o mercado dos EUA, o nefasto Andrew Craig (lembram?), prospecta a entrada de novos circuitos no calendário.

Há interessados em ampliar o certame para até 10 etapas, mas Neveu é taxativo. “Nós só iremos adicionar eventos ao calendário se houver condições adequadas para isto, desde que haja um acordo com as partes interessadas e nossos eventuais parceiros. Vamos continuar, a princípio, nos sólidos alicerces que criamos desde 2012”, afirmou o dirigente.

Montreal e a Cidade do México, que tem a Fórmula 1 de regresso este ano após 23 anos, estão no páreo e até podem substituir o COTA e também a pista chinesa de Xangai, que por enquanto não tem sua continuidade anunciada como uma das sedes de corridas do Mundial. O retorno de Monza às provas de Endurance e o regresso de Interlagos – como já dito parágrafos acima – não estão descartados, embora a etapa do próximo dia 30 de agosto em Nürburgring seja encarada pelo WEC como uma excelente oportunidade de mercado para os construtores alemães.

“As 6h de Nürburgring são um novo evento no calendário WEC, substituindo as 6h de São Paulo neste ano por causa do trabalho que está sendo feito para melhorar as instalações em Interlagos. Com Audi e Porsche sendo os principais fabricantes e parceiros alemães, além da Toyota Racing baseada em Colônia, a decisão de ter uma corrida na Alemanha traz uma grande dose de bom senso. Temos certeza de que a corrida local para esses fabricantes terá grande apoio dos fãs”, acrescentou Neveu.