RIO DE JANEIRO – O adeus de Tony Stewart às pistas da Nascar já tem data marcada: quando terminar a próxima temporada da principal categoria da Stock Car estadunidense, o Smoke pendura o capacete e se dedica única e exclusivamente à equipe que mantém em sociedade com Gene Haas. O anúncio oficial será feito em coletiva de imprensa programada para a próxima quarta-feira, antes da corrida de Dover, a terceira do Chase de 2015.
Perto de completar 45 anos (em maio do próximo ano), Tony já vinha dando mostras de decadência. Além de se envolver em diversos problemas extrapista, notadamente em provas de Sprint Cars, disputadas em ovais de terra e que são as grandes paixões do piloto nascido no estado de Indiana, Stewart também não era um exemplo de atleta. Sempre acima do peso, ele se descuidou completamente nos últimos dois anos – além de adotar uma barba com fios grisalhos que demonstram, além do peso da idade e da falta de cuidado consigo mesmo, um homem cansado e descontente com seu próprio desempenho dentro das pistas, uma pálida sombra do piloto aguerrido que sempre foi.
Três vezes campeão na Nascar, em 2002, 2005 e 2011 – este último, conquistado numa reação espetacular – Anthony Wayne Stewart tem no currículo 582 corridas disputadas em 17 temporadas até este último domingo, com 48 vitórias, 299 top 10 e quinze pole positions. Está entre os grandes da Nascar e certamente merecerá a distinção do Hall da Fama da categoria, até porque poucos conquistaram títulos como piloto e dono de equipe, ao mesmo tempo.
O substituto de Tony Stewart na SHR a partir de 2017 será Clint Bowyer, que deve ser confirmado na HScott Motorsports para o próximo ano, com um Chevrolet SS recebendo todo o suporte técnico de sua futura escuderia.