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Automobilismo Nacional

Curitiba à venda

RIO DE JANEIRO – Quando este blog começou a noticiar o possível fim do Autódromo Internacional de Curitiba, diante dos rumores cada vez maiores dos últimos anos, o blogueiro aqui foi criticado, espezinhado e atacado. Fui chamado de ‘mentiroso’, por alguém cujo nome nem vale a pena dizer, mas que tem (ou tinha, sei lá…) […]

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RIO DE JANEIRO – Quando este blog começou a noticiar o possível fim do Autódromo Internacional de Curitiba, diante dos rumores cada vez maiores dos últimos anos, o blogueiro aqui foi criticado, espezinhado e atacado. Fui chamado de ‘mentiroso’, por alguém cujo nome nem vale a pena dizer, mas que tem (ou tinha, sei lá…) ligações com uma importante categoria do automobilismo brasileiro. Talvez esse ressentimento todo da pessoa em questão seja um misto de sentimentos ruins, do recalque à raiva. E isso não vem ao caso, neste momento.

Mas aí está: o Grande Prêmio trouxe neste fim de semana matéria assinada pela Evelyn Guimarães, que entrevistou um dos sócios do AIC, Fortunato José Guedes, que divide 50% da propriedade com o empresário Jauneval de Oms, o Peteco, dono do Grupo Inepar – que na verdade é quem detém os direitos sobre o AIC.

Fortunato, sem meias palavras, foi direto ao assunto: o Autódromo Internacional de Curitiba está, sim, à venda. “A situação exige que a gente venda esse empreendimento. E fazemos isso com dor no coração. A crise econômica do país afetou o Grupo Inepar, que dependia muito, muito da Petrobras. Muitas das obras que a empresa edificava eram para a Petrobras e, diante do esvaziamento da empresa, isso afetou a Inepar. E em um nível mais alto, consequentemente, isso nos faz vender agora esse empreendimento”, completou.

O risco da pista ser vendida para todo o terreno ser ocupado por condomínios residenciais, assunto que o blog já abordara mais de uma vez é absolutamente real. Há uma esperança, ainda que remota, de que toda a estrutura seja mantida de pé. Mas nem o próprio Fortunato acredita.

“Se houver uma oferta de um investidor que queira ainda trabalhar com o autódromo, isso mudaria o cenário, porque talvez a parte financeira desse novo parceiro possa cobrir todo esse problema. Mas, neste momento, não acredito nisso.”

E então: quem é o mentiroso agora?