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Automobilismo Internacional

Mercedes ganha 24h de Nürburgring em última volta histórica

RIO DE JANEIRO – Os leitores do blog puderam acompanhar em link que postei mais abaixo, a íntegra das 24h de Nürburgring. Quem se dividiu entre o clássico mundial da Endurance e outro clássico do automobilismo – o GP de Mõnaco – pelo menos nos instantes finais – com certeza jamais esquecerá o que se […]

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A festa da Black Falcon Racing quando Maro Engel recebeu a quadriculada da vitória no carro #4, também guiado durante as 24h de Nürburgring por Bernd Schneider, Manuel Metzger e Adam Christodoulou

RIO DE JANEIRO – Os leitores do blog puderam acompanhar em link que postei mais abaixo, a íntegra das 24h de Nürburgring. Quem se dividiu entre o clássico mundial da Endurance e outro clássico do automobilismo – o GP de Mõnaco – pelo menos nos instantes finais – com certeza jamais esquecerá o que se viu no Inferno Verde: uma batalha titânica pela vitória, entre o carro #4 da Black Falcon Racing e o #29 da HTP Motorsport, que na hora decisiva eram os únicos com condições de vencer uma das corridas mais difíceis do mundo.

Aliás, tristes os que pensam que corrida longa não tem emoção. Essa teve de sobra: o carro #4 guiado por Maro Engel no último turno passou 0″750 atrás do #29 guiado pelo holandês Renger Van der Zande antes da volta final. Pole position da prova – só que guiando o carro #9 (Nürburgring permite que um piloto seja inscrito em mais do que um carro), Engel entrou em modo “faca na caveira” e partiu pra cima do adversário. Deu um chega pra lá em Van der Zande que desconcertou o piloto dos Países Baixos.

O alemão sentou a bota: já tinha feito a melhor volta da prova na penúltima passagem – 8’19″002 – e na última, apesar do contato, ainda marcou 8’21″166. E recebeu a quadriculada com pouco mais de cinco segundos de vantagem. A HTP ainda ficou de “mimimi” e chegou a protestar pela manobra que o time derrotado considerou ‘desleal’. Mas nada aconteceu e o protesto não foi acolhido.

Esta foi a segunda vitória da Mercedes-Benz na história da prova. Coincidentemente, a primeira foi com a Black Falcon, há três anos. Naquela oportunidade, tal como neste ano, a chuva também provocou bandeira vermelha – por nove horas, é bom lembrar. Neste ano, foram quatro horas em que a disputa foi neutralizada. Talvez o vídeo abaixo explique o porque da decisão de interromper a prova. Além de uma pancada monumental de chuva, caiu granizo e a pista ficou suja de barro em diversos pontos.

O construtor da estrela de três pontas saiu felicíssimo da disputa. Afinal de contas, três de seus carros ocuparam todo o pódio e o #9 da Black Falcon, que lutou por muito tempo pela vitória, ainda chegou em quarto. E foram cinco Mercedes entre os seis primeiros colocados, graças à Zakspeed. A BMW ainda conquistou o 5º lugar na estreia do modelo M6 GT3 no Ring, graças ao bom trabalho da ROWE Racing.

O Bentley Continental GT3 do Team ABT foi o primeiro (e único) carro não-alemão no top 10. Vencedora da corrida ano passado, a equipe WRT ficou só em oitavo com o melhor Audi R8 LMS. E a Porsche, que não ganha no Inferno Verde desde 2011, ficou apenas com o 9º lugar do Team Falken, depois que os principais bólidos da marca de Weissach ficaram pelo caminho.

Os brasileiros praticamente não guiaram na disputa: a BMW #18 da Schubert Motorsport, que teria Augusto Farfus, explodiu o motor quando liderava a prova, com Jesse Krohn a bordo. E o carro #27 da Aston Martin Racing, no qual estava inscrito Fernando Rees, também teve problemas e não terminou.

A Black Falcon não triunfou só na geral: a equipe inscreveu um Porsche 991 GT3 Cup e ganhou na divisão SP7, vencendo também na subclasse V6 com um Porsche 991. Um Subaru WRX STi faturou o primeiro lugar na categoria SP3T. A Manthey Racing venceu na SP-X com um Porsche Cayman GT4 e um Toyota levou a melhor na SP-PRO. A Bonk Motorsport levou a vitória na classe Cup 5, enquanto a Teichmann Racing foi a vitoriosa na Cup 3.

Uma curiosidade: o Seat #201, o primeiro carro a bater no vídeo que postei acima, de toda a confusão do início da disputa, foi o vencedor da prova na divisão TCR. Na Cup 1, ganhou o Opel Astra da Lubner Motorsport. Na divisão V4, venceu a Pixum Team Adrenalin Motorsport com uma BMW E90. Outra BMW, só que o modelo 330i, venceu na divisão V5. A vitória na V2T foi de um Renault Mégane RS. Na SP6, deu um Porsche GT3 Cup. E na AT, uma BMW 135D GTR chegou na frente.

Tem mais: com uma BMW 335i, o Team Securtal Sorg Rennsport faturou a categoria SP8T. E um VW Golf foi o melhor na divisão SP4T. De um total de 156 carros que largaram, 104 cruzaram a quadriculada e 101 foram oficialmente classificados – três não cumpriram a distância mínima exigida de cada categoria para receber classificação.

Resultado final das 24h de Nürburgring