RIO DE JANEIRO – Uma das coisas boas de poder fazer aniversário é receber, seja por mensagem nas redes sociais ou telefone, o carinho dos amigos. Isso é bom demais. Desde já, o meu agradecimento a todos vocês. De coração.
Mas dois acontecimentos são da série “não tem preço”: o primeiro é acordar numa manhã chuvosa de 19 de maio, comer um waffle com sorvete no café da manhã, tocar o telefone e é ninguém menos que Edgard Mello Filho do outro lado. Simplesmente o mestre, o cara que me fez gostar de muita coisa no automobilismo com aquelas narrações épicas de Nascar e DTM, um exemplo que eu sempre quis seguir. Ouvir o cara dizer que adoraria dividir uma transmissão comigo no Fox Sports… perdoem a expressão, mas… puta que pariu! Fui às nuvens e voltei. Tive que me beliscar para dar conta de que aquilo que eu ouvia era verdade.
Não parou por aí. Depois teve esse e-mail do Américo Teixeira Júnior, que quase me levou às lágrimas.
Querido amigo Rodrigo,
Neste seu dia, não quero apenas dar o parabéns pelo aniversário.
Quero, sim, agradecer.
Escolhemos uma profissão dura e, para a coisa ficar mais difícil ainda, escolhemos dedicar nossas vidas profissionais para um setor que, no Brasil, não é profissional. Então, gente como você é “areia” demais para o morno “caminhãozinho” automobilismo brasileiro.
É por isso que você ultrapassa fronteiras.
Ao mesmo tempo que empresta sua experiência para tentar melhorar o automobilismo brasileiro, com análises precisas e críticas contundentes, vocês nos dá diariamente um show de competência, conhecimento, dedicação e profissionalismo sobre esse esporte que amamos. Esse é o agradecimento.
Por você valorizar o jornalismo de automobilismo, sendo um dos sustentáculos que impedem que ele se transforme no lixo que a profissão, como um todo, corre o risco de se transformar.
Mas é só um risco, pois enquanto tivermos profissionais como você, o jornalismo sempre será digno e estará a salvo.
Feliz aniversário!
São pessoas como o Edgard e o Ameriquinho que me fazem ter a certeza de que valeu muito a pena. E continua (e vai continuar) valendo. Noites às vezes mal dormidas, sapos (muitos sapos, enormes às vezes) engolidos, alguns ressentimentos, mágoas, puxadas de tapetes, bolas nas costas… tudo isso é jogado no lixo quando se tem AMIGOS assim.
Quando se convive – mesmo que de longe – com pessoas assim.
E isso vale também para essa rapaziada espetacular e fora de série do Grande Prêmio: Flavinho, Victor, Coutinho, Curty, Fernando, Vicaria, Marum, Fazio, Juliana e Evelyn.
Não tem preço fazer 45 anos assim… só posso agradecer por tudo o que tenho. Muito obrigado!