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MITO!

RIO DE JANEIRO – Túnel do Tempo: 15 de setembro de 2001, GP da Alemanha de Fórmula Indy no oval de Lausitzring. A bordo de um Reynard Honda da equipe de Morris Nunn, Alessandro Zanardi é vítima de um dos acidentes mais aterradores da história do automobilismo. Num choque com o canadense Alexandre Tagliani, o […]

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Faltam palavras para descrever Alessandro Zanardi: um exemplo de garra, superação e amor à vida. Uma autêntica lenda do esporte, brilhando mais uma vez diante dos nossos olhos.

RIO DE JANEIRO – Túnel do Tempo: 15 de setembro de 2001, GP da Alemanha de Fórmula Indy no oval de Lausitzring. A bordo de um Reynard Honda da equipe de Morris Nunn, Alessandro Zanardi é vítima de um dos acidentes mais aterradores da história do automobilismo. Num choque com o canadense Alexandre Tagliani, o piloto italiano, então com 34 anos, perde as duas pernas e praticamente todo o sangue do corpo. Precisa ser reanimado sete vezes. Zero de chances, segundo a ciência. Sobrevive após múltiplas cirurgias.

A vida de Alex nunca mais será a mesma.

O tempo passa. Zanardi surpreende pela vontade de viver e pela determinação. Surpreende mais ainda pela volta ao automobilismo no WTCC. Emociona o mundo inteiro ganhando corridas. Quando sente que não dá mais pra ele, dedica-se às maratonas e ao ciclismo paralímpico.

Na Maratona de Nova York, termina em 4º entre os participantes com bicicletas de mão. Em Londres, no circuito de Brands Hatch, onde foram disputadas as provas de ciclismo da Paralimpíada (viu COB, como olimpismo e automobilismo podem conviver juntos?), fatura duas medalhas de ouro e uma de prata.

Determinação. Superação.

Tudo isso faz parte da vida e da história desse italiano que cada vez mais ganha fãs no mundo inteiro e principalmente no Brasil. Aqui, a torcida era geral para que Zanardi ganhasse pelo menos uma medalha nos Jogos Rio 2016.

E ela veio, praticamente 15 anos após o trágico acidente que quase lhe tirou a vida: Zanardi levou o ouro no ciclismo contra o relógio nesta manhã radiosa de quarta-feira, quase 3 segundos mais rápido que o medalha de prata, o australiano Stuart Tripp.

Alex prova que a velocidade está no sangue.

E nos faltam palavras para descrevê-lo.

Um exemplo de garra, força e determinação de um ser humano fantástico.

Toda a honra e toda a glória a uma autêntica lenda do esporte mundial!

Complimenti, Zanardi!