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Mundial de Endurance

Rumor: Audi fora do WEC em 2018… será?

RIO DE JANEIRO – Preocupante: começa a circular na imprensa europeia, especialmente lá pelos lados da Alemanha, um rumor crescente de que a Audi, único construtor presente nas provas de protótipos LMP1 nos últimos 17 anos, estaria deixando o Campeonato Mundial de Endurance e – consequentemente – as 24 Horas de Le Mans. A publicação […]

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Era só o que faltava: questões orçamentárias e tecnológicas podem fazer a Audi abandonar o WEC a partir de 2018 (Foto: Auto Motor Und Sport/Reprodução)

RIO DE JANEIRO – Preocupante: começa a circular na imprensa europeia, especialmente lá pelos lados da Alemanha, um rumor crescente de que a Audi, único construtor presente nas provas de protótipos LMP1 nos últimos 17 anos, estaria deixando o Campeonato Mundial de Endurance e – consequentemente – as 24 Horas de Le Mans.

A publicação Auto Motor und Sport dá sete indícios de que a decisão pode ser – ou já foi tomada – e o anúncio seria iminente. No Bahrein, última prova do Mundial deste ano, os quatrargólicos anunciariam sua retirada, mantendo o programa para um último ano em 2017 e caindo fora na temporada seguinte.

Entre os indícios estão a crise gerada pelo “Dieselgate” da Volkswagen, que afetou sobremaneira o programa de motorsport de Porsche e Audi no que concerne às 24h de Le Mans; problemas orçamentários que podem levar ao fim da divisão de competição da montadora de Ingolstadt – que passaria por uma profunda reformulação e, principalmente, a questão tecnológica.

A Audi, como todo mundo sabe, investiu pesado na última década em motores movidos a diesel. Mas especialistas consideram que o combustível é cada vez mais obsoleto, por conta das emissões de gases poluentes no planeta. Há quem diga que num prazo de cinco a sete anos, não existirão motores a diesel nos carros de passeio em território alemão.

Não obstante, o sucesso da Porsche em Sarthe – não custa nada lembrar que a marca de Weissach também é do Volkswagen Auto Group (VAG) – pode ter minado um pouco as esperanças da Audi em retomar o seu domínio dos últimos anos, em que perderam apenas cinco vezes a clássica prova francesa de longa duração desde 1999 para, respectivamente, BMW, Bentley, Peugeot e Porsche.

E também há a questão do regulamento para 2018, que prevê sistemas híbridos enquadrados na categoria 10 MJ, muito mais propícia a motores de deslocamento pequeno como o 2 litros V4 da Porsche e o 2,4 litros V6 da Toyota do que o Turbodiesel dos teutônicos. A Audi tentou dissuadir a FIA quanto à nova regra, porque ela sai muito mais prejudicada com essa novidade técnica do que as rivais. E isso também seria outro complicador para a permanência da marca no FIA WEC.

Vamos aguardar. Afinal de contas, não adianta sofrer por antecipação. Mas que é uma notícia que preocupa, ah! Não tenham dúvidas quanto a isso…