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Imprensa

Eduardo Regal, muito obrigado

RIO DE JANEIRO – Peço licença aos leitores e leitoras do blog para fazer um post em forma de agradecimento a uma pessoa que nos deixou. Eduardo Regal, um apaixonado com A maiúsculo pelo automobilismo, antigo kartista e sempre antenado com o esporte a motor, infelizmente foi lembrado nas redes sociais nesta quinta-feira pela pior […]

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RIO DE JANEIRO – Peço licença aos leitores e leitoras do blog para fazer um post em forma de agradecimento a uma pessoa que nos deixou.

Eduardo Regal, um apaixonado com A maiúsculo pelo automobilismo, antigo kartista e sempre antenado com o esporte a motor, infelizmente foi lembrado nas redes sociais nesta quinta-feira pela pior forma possível.

Incrível que um sujeito do bem, com tão boas relações, honesto, aparentemente equilibrado e um tremendo boa praça, tenha feito o que fez, chocando a todos que o conheciam – ainda que não intimamente.

Eu trabalhei para o Regal no início da minha trajetória como jornalista. No início de 1997, deixei o estágio no Jornal do Brasil – já que não iam mesmo me dar chance na área de esporte – e fui para a rua das Laranjeiras, onde funcionava o escritório dele e de sua sócia, Francis Waymberg, que administravam juntos uma empresa de assessoria de comunicação.

Confesso que no começo as coisas talvez não tivessem dado muito certo entre nós, mas aos poucos fomos entrando nos eixos e aparando as arestas. Ajudei – e não foi pouco – na área de divulgação da Indy 400 e da etapa brasileira do Mundial de Motovelocidade em 1997. Quando a Stuttgart Sportcar fez sua equipe que disputou as 24h de Daytona em 1998, quem estava lá foi o Regal e eu aqui na retaguarda. Mesma coisa nas 24h de Le Mans daquele mesmo ano.

Aprendi muito com ele e com a Francis. Mas achei que era hora de partir e caminhar com as próprias pernas. Depois fui para a TV Globo e, num pequeno período em que fiquei desempregado, veio o Regal pra me dar uma nova chance e trabalhar com o Karting, o pioneiro programa da categoria que é o início de tudo no automobilismo, veiculado primeiro no SporTV e, anos mais tarde, no BandSports. Botei voz em vários programas pra ele, mas em 1999 a Globo me chamou de volta. Achei que não poderia me dividir trabalhando para os dois e às vésperas do Brasileiro de Kart, que seria em Londrina, meti o pé e fui embora.

O Regal, com indisfarçável orgulho, dizia pra quem quer que fosse que ele foi o primeiro cara a me dar uma chance como narrador. E foi mesmo. Mas foi com o Emanuel Castro, no SporTV, que as coisas se firmaram de vez até chegar ao ponto em que vou completar 4 anos na minha atual casa, o Fox Sports, em maio próximo.

Então diante dos fatos acima descritos, devo muito ao Regal a primeira oportunidade que me foi dada. Compartilho da mesma tristeza que os amigos mais próximos e principalmente lamento muito pela Carol e pelo João Pedro, que perdem marido e pai numa circunstância tão trágica quanto inesperada. Tão surpreendente quanto triste. Digo isso porque de André Sztajn a Renata Cordeiro, passando por Carla Braga, Alessandro Neri, Guiga Spinelli, Alexander Lopes, Ricardinho Porto, Cleber Bernuci, Guilherme Coimbra, João Mendes, Nelson Silva Júnior, Fabinho Greco, Paulo Miranda, Ruben Carrapatoso, Binho Carcasci, Renato Maurício Prado, Dinho Leme, Jorge Schuback, Meg Cotrim, Bruno Vicaria, Suzane Carvalho, Fátima Paiva, Jean-Pierre Calvignac, Ricardo Mattos, Rafael Cançado e muitos outros, todos ficamos em estado de choque ao saber da notícia.

Ao Regal, o meu eterno agradecimento. A minha maior gratidão por ter me aberto portas e me mostrado os caminhos por onde entrei.