RIO DE JANEIRO – Nove carros nos treinos de classificação, oito na corrida: assim foi a Fórmula Truck em sua abertura da temporada 2017 no Velopark, circuito gaúcho da cidade de Nova Santa Rita. Um início de temporada melancólico para uma categoria que se acostumou a lotar autódromos em seus tempos de glória e teve o triplo de caminhões – às vezes mais – presentes nas corridas.
Foi uma pena ver o amigo narrador Osires Júnior se esforçando na transmissão da Band para dar brilho – afinal, é o trabalho dele, é para isso que ele é pago – a um espetáculo deprimente em que só Wellington Cirino e Paulo Salustiano – não por acaso os dois primeiros (Salu foi o vencedor) – se esforçaram para fazer alguma coisa perto de uma disputa, perto de uma corrida. Os demais, à exceção de Alan Chanoski e Cristina Rosito, eram figurantes completamente desconhecidos e há quem diga que dois deles não tinham a carteira de piloto com a graduação “A” necessária para a participação de uma prova da F-Truck.
Um deles, Ricardo Gargiulo, nem largou – e desconfio que não tenha sido por esse motivo.
Aurélio Baptista Félix, que com desprendimento e brilho comandou a categoria até sua morte prematura, não merecia isso.
Não merecia que seu nome batizasse a primeira etapa da temporada, marcada também por um público pífio nas arquibancadas.
Desse jeito, não vejo futuro algum para uma categoria que está marcada pelo racha entre a organizadora Neusa Navarro Félix e as demais equipes que debandaram da categoria por discordarem dos rumos que a F-Truck vinha tomando e que pelo visto devem macular a temporada 2017. A próxima etapa está marcada para Rivera, na fronteira do Uruguai com a cidade gaúcha de Santana do Livramento.