RIO DE JANEIRO – É engraçado como as coisas são. O Rio de Janeiro foi eleito a “Cidade Olímpica” e a Rede Globo só falava maravilhas do que poderiam ser os Jogos Olímpicos Rio 2016. “Legado” era a palavra.
Os Jogos aconteceram. Deus sabe como, mas aconteceram. E o “Legado” está aí.
Tudo abandonado no país da corrupção e do superfaturamento.
Alguém surpreso? Não, eu nunca. Aliás, quem avisa amigo é e este blogueiro cansou de avisar que um dia a conta viria e seria cara.
À guisa de se destruir o Autódromo de Jacarepaguá, ergueu-se uma série de elefantes brancos no Parque Olímpico, que não tem serventia para quase nada mais. Os ginásios não sediam competição alguma e o Centro de Tênis nem foi usado pro Rio Open – mas sim para uma competição de… Vôlei de Praia!
Que legal…
Seguidores deste escriba no Facebook me informaram que os hotéis nas proximidades do Parque Olímpico estão às moscas. E que o Ilha Pura, empreendimento que foi a Vila Olímpica dos atletas, vendeu pouquíssimas unidades. Abandono define. É quase uma cidade fantasma. E numa cidade em que a bolha imobiliária estourou, quem vai comprar imóveis se mal há apartamentos e casas inteiramente ocupadas no Rio de Janeiro – mesmo aqui em Olaria, onde moro, tá cheio de imóvel pra alugar.
Mais engraçado ainda é que a Globo passou, rapidinho, do “oba oba” ao “buá buá”. O chororô não pode parar.
Mas… o que o povo quer saber é: e os valores dessas obras? Quando serão investigados? Se mexer, vai feder.
E o Nuzman? Não vão correr atrás desse senhor, não?
A atuação do Ministério Público também tem que ser questionada. Afinal de contas, cadê o termo em que governo federal e município se comprometeram em construir uma nova pista para a cidade do Rio de Janeiro em substituição ao aparelho esportivo extinto?