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Reincidência

RIO DE JANEIRO – Ninguém é campeão das 24 Horas de Le Mans (duas vezes, aliás) por acaso. Tudo bem, não foi na categoria principal. Foi na LMGT2, hoje desmembrada em LMGTE-PRO e LMGTE-AM. Mas, que importa? Também acho que não é por acaso que se conquista vitórias em grandes provas como as 12 Horas […]

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Ao repetir os mesmos (velhos) erros do passado, Jaime Melo parece destinado a um caminho sem volta. Um desperdício absoluto: no auge da carreira, o cascavelense era o melhor piloto de Grã-Turismo do mundo

RIO DE JANEIRO – Ninguém é campeão das 24 Horas de Le Mans (duas vezes, aliás) por acaso.

Tudo bem, não foi na categoria principal. Foi na LMGT2, hoje desmembrada em LMGTE-PRO e LMGTE-AM. Mas, que importa?

Também acho que não é por acaso que se conquista vitórias em grandes provas como as 12 Horas de Sebring e títulos do FIA GT.

São credenciais que deixariam qualquer piloto orgulhoso. E Jaime Melo Jr. era considerado um piloto top de Grã-Turismo, um dos melhores do mundo. Para muitos – eu, inclusive – o melhor que tínhamos nas pistas.

Mas a vida e a carreira de Jaime degringolaram. Há quatro anos, ele foi detido por desacato à autoridade. Estava em posse de drogas, embriagado e sua carteira já estava cassada pelo CNH. Em maio de 2013, pouco depois que o caso veio à tona, a Revista Warm Up fez uma matéria explicando os problemas do paranaense.

Hoje, o Márcio Riva, via Twitter, avisa de mais uma infeliz notícia envolvendo o piloto – que inclusive tentou retomar a carreira no fim de 2016 e início deste ano no Campeonato Italiano de Grã-Turismo, mas acabou não regressando mais às pistas após três rodadas duplas.

É simplesmente lamentável que Jaime Melo Jr. tenha escolhido o pior caminho possível. O vício é perigoso demais e se a pessoa não for forte o bastante para se livrar dele, acaba enredada numa teia sem fim de problemas. A triste história de 2013 se repete: tentativa de fuga, atropelamento de policiais, bebida alcoólica dentro do veículo, carteira de habilitação (ainda) suspensa e detenção. Uma bonita história dentro das pistas, que acaba totalmente manchada por problemas pessoais.

A lei tem que ser para todos. E pelo visto, não adianta mais passar a mão na cabeça e torcer por uma recuperação. Quem se entrega de novo aos mesmos “prazeres” de antes é porque não quer melhorar.

Só posso dizer uma coisa: que desperdício!