RIO DE JANEIRO (Vai ter quem discorde, mas… só lamento) – Acredito que hoje não exista outra categoria do esporte a motor tão emocionante, equilibrada e competitiva quanto o Mundial de Motovelocidade.
Pelos relatos, as provas das categorias de acesso – Moto2 e Moto3 – foram excelentes no GP do Catar, em Losail. O que não duvido: as duas classes são mesmo ótimas e só não vi todas as corridas porque depois da maratona de ontem, com 12h de transmissões ao vivo no Fox Sports 2, o corpo pediu um bom descanso.
Mas acordei pra ver a MotoGP. Rapaz… que corrida! Que prova de gala na abertura do campeonato!
Johann Zarco fez a pole, liderou, mas seus pneus foram pro vinagre. O velho Rossi ainda mostrou – aos 39 anos! – que ainda tem lenha pra queimar. Antes da corrida, o Doutor inclusive anunciou a extensão de contrato por mais duas temporadas. Ou seja: o cara vai correr até depois dos quarenta.
Highlander!
E teve ainda Andrea Dovizioso e Marc Márquez, vice e campeão de 2017, duelando pela vitória nos últimos metros. Coisa linda, espetacular, de tirar o fôlego e fazer qualquer um pular da cadeira ou do sofá.
A MotoGP não tem as frescuras de outros campeonatos. O risco é igual a todos. Sabem o que é guiar uma máquina de 1000cc e quatro tempos que pode passar de 350 km/h? Esses caras são foda.
Em tempo: boa estreia de Franco Morbidelli, marcando pontos na sua primeira prova de MotoGP, assim como o malaio Hafizh Syahrin.
Da próxima etapa, aqui perto em Termas de Río Hondo, na Argentina, não espero nada muito diferente do que vimos hoje. E se você discorda que a MotoGP é hoje a melhor categoria do esporte a motor, só lamento.