A Mil por Hora
Motovelocidade

Pedrosa fora, Lorenzo dentro

RIO DE JANEIRO – Agitos mil no mercado de pilotos para a temporada 2019 da MotoGP, que teve no último domingo a disputa do Grande Prêmio da Itália, em Mugello. Na casa da Ducati, enfim, Jorge Lorenzo conquistou sua primeira vitória pela marca de Borgo Panigale. Primeira e uma das últimas. Após a corrida, o […]

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Rivais hoje, companheiros de equipe no futuro: a Honda anuncia a saída de Dani Pedrosa e, no mesmo dia, um acordo com Jorge Lorenzo, válido por dois anos. Bomba!

RIO DE JANEIRO – Agitos mil no mercado de pilotos para a temporada 2019 da MotoGP, que teve no último domingo a disputa do Grande Prêmio da Itália, em Mugello. Na casa da Ducati, enfim, Jorge Lorenzo conquistou sua primeira vitória pela marca de Borgo Panigale.

Primeira e uma das últimas. Após a corrida, o espanhol admitiu que não tinha mais nenhuma chance de seguir na equipe no próximo ano. “Agora é tarde”, disse, após o triunfo. “Terei outra moto nos próximos anos”, garantiu.

Com Lorenzo fora de sua atual escuderia, começaram as especulações sobre para onde o piloto iria. E uma outra peça do tabuleiro movimentou-se dois dias depois: o HRC anunciou a saída de Dani Pedrosa, confirmada pelo próprio espanhol de 32 anos. Portanto, esta será sua 13ª e última temporada na marca japonesa, pela qual venceu 31 corridas e conquistou três vice-campeonatos (2007, 2010 e 2012).

A peça de JL se encaixou perfeitamente neste lugar vago: horas após o anúncio da dispensa de Pedrosa, veio a bomba.

A Autosport confirmou há pouco que Lorenzo assinou um contrato para ser piloto da equipe oficial da Honda, por dois anos, recebendo € 4 milhões por temporada – em têmeres-golpistas, são R$ 34 milhões no total.

Na mesma matéria em seu site, os ingleses garantem que o acordo foi feito antes da primeira vitória de Jorge pela Ducati. Ou seja: por mais que os italianos quisessem melhorar o equipamento, deixando-o mais à feição do estilo de pilotagem do espanhol, ele já estava resoluto e com a vida encaminhada ao anunciar que estava fora.

Lorenzo volta a guiar uma motocicleta da Honda após muito tempo – em 2005, ele pilotou uma máquina com o patrocínio dos cigarros Fortuna, terminando em 5º na extinta classe 250cc. O piloto seria bicampeão da quarto de litro com a Aprília e venceria a MotoGP três vezes como piloto Yamaha (e não Honda, desculpem a falha bizarra) em 2010, 2012 e 2015.

Assim, o espanhol de 31 anos torna-se o 13º piloto confirmado para a próxima temporada, lembrando que além de Pedrosa, outro piloto que está sem guidão para 2019 é o italiano Andrea Iannone, que deve ser substituído na Suzuki por Joan Mir, atualmente na Moto2.

E não deixa de ser surpreendente a opção da Honda, que mantém Marc Márquez e aposta num piloto campeão do mundo, para dar à marca mais possibilidades de ter duas motocicletas – e não apenas uma, como vinha acontecendo com frequência – brigando por vitórias e títulos.

Quando muitos apostavam que a escolha recairia em alguém para fazer sombra ao “Formiga Atômica” (como o já veterano Cal Crutchlow ou até mesmo o ítalo-brasileiro Franco Morbidelli) veio esse anúncio que balança as estruturas da MotoGP.

ATUALIZANDO…

Algumas horas após a Autosport cravar Lorenzo no HRC, a Ducati confirmou Danilo Petrucci para dividir equipe com Andrea Dovizioso na próxima temporada, fechando mais uma vaga – e mais uma porta para Dani Pedrosa.