RIO DE JANEIRO – Prestem atenção ao vídeo acima. Santino Ferrucci, piloto que apesar do nome e do sobrenome, é nascido nos EUA, aprontou poucas e boas em Silverstone, após a quadriculada da corrida #2 da Fórmula 2, preliminar do GP da Inglaterra de Fórmula 1.
O rapaz mostrou que não tem inclusive preparo algum para ocupar, atualmente, o posto de piloto de desenvolvimento da Haas.
Arjun Maini, o piloto que acabou abalroado, também andou na berlinda recentemente, falando algumas besteiras via rádio. Mas a atitude de Ferrucci é altamente condenável. Bater de forma deliberada num colega de profissão mostra bem o seu caráter.
Ou a falta dele.
Como efeito, acabou banido das próximas duas rodadas da categoria. Nas provas do Hungaroring e Spa-Francorchamps, não será visto no cockpit do carro #17. Na atual temporada, entre 20 pilotos, é o 18º da classificação, com apenas sete pontos somados.
Pergunto eu: o que Ferrucci tem a acrescentar, realmente, à Haas e ao automobilismo, quando se vê um piloto que se diz pretensamente profissional, fazer o que fez? E ainda por cima não dar ouvidos aos comissários, dirigir com o aparato de segurança incompleto (estava sem uma das luvas) e, irresponsavelmente, usava um telefone celular (!). Por isso, a multa de € 66 mil (algo em torno de R$ 272 mil) que levou.
A Trident precisa tomar as providências cabíveis. Aliás, nas redes sociais a equipe tratou de isentar Maini de culpa e incinerar o filme de Santino Ferrucci.
“As implicações contratuais do que aconteceu serão tratadas pelos nossos advogados. Nunca nestes 12 anos de atividade esportiva ocorreu algo parecido. Pedimos desculpas pelo que, infelizmente, oferecemos”, desculpou-se a equipe no Twitter.
Em suma: as lides jurídicas vão ser levadas a cabo e o clima azedou entre a equipe italiana e Santino Ferrucci.