A Mil por Hora
Rally Dakar

Dakar, Capítulo III

RIO DE JANEIRO (Money talks) – Após uma década e onze edições, o Rali Dakar deixa a América do Sul. Nesta quinta-feira, foi oficializada pelo ASO, organizador da competição, a mudança para a Arábia Saudita – país do Oriente Médio anunciado como única sede do maior evento off-road do planeta, que atingirá sua 42ª edição. […]

58441880_2315644335161527_2172446143953240064_o

RIO DE JANEIRO (Money talks) – Após uma década e onze edições, o Rali Dakar deixa a América do Sul. Nesta quinta-feira, foi oficializada pelo ASO, organizador da competição, a mudança para a Arábia Saudita – país do Oriente Médio anunciado como única sede do maior evento off-road do planeta, que atingirá sua 42ª edição.

A competição será realizada de 5 a 17 de janeiro. Estão previstas 12 etapas no roteiro que será elaborado pela Amaury Sports Organisation, com o dia de descanso em Riyadh. A largada será em Jeddah e a chegada, na localidade de Al Qiddiya.

Isso também implica em que o Rali Dakar de 2020 deverá ter muito mais trechos de deserto e areia, do que no continente sul-americano, onde havia também as dificuldades com a altitude, os salares, a Cordilheira dos Andes e até as chuvas – muito embora o novo diretor geral do ASO, David Castera, no comunicado oficial, tenha falado também em cânions, paisagens costeiras, montanhas e vales na rota árabe.

A mudança não causou impacto tão positivo entre os fãs do evento. Para muitos, um Dakar de deserto vai favorecer amplamente as motocicletas austríacas da KTM e para outros, está “morta” a essência do Rali como um todo.

Na verdade, existiram muitas críticas já a partir do momento em que a competição deixou de largar na Europa e acontecer na África, para ser realizada na América do Sul. O que muitos também não fazem questão de entender é que Dakar não é mais somente a capital do Senegal. Virou também uma marca, produto, business.

E, mais do que nunca, “money talks”, o dinheiro falou muito mais alto. Que país hoje deste continente pode contra os petrodólares dos árabes?