RIO DE JANEIRO (Já deu!) – Há um mês e pouco, o Superbike Brasil foi abalado pela morte de Maurício Paludete, o popular “Linguiça”.
A competição, incrivelmente, não esperou mais do que um mês para realizar nova prova em Interlagos, onde acontecera o acidente fatal. E chega a notícia de outra morte no circuito paulistano. Desta vez, a vítima foi Danilo Berto, piloto de 35 anos da categoria SBK Extreme.
O acidente foi no warm-up para as competições deste domingo, hoje cedo pela manhã. Segundo a matéria do Grande Prêmio, Danilo caiu na curva do Laranjinha e bateu na barreira de proteção com sua Yamaha R1. No choque, ele foi ejetado para fora do traçado.
Após o procedimento médico inicial, Danilo foi transferido do Centro Médico do circuito para o Hospital das Clínicas, onde veio a óbito. Oficialmente, a notícia veio às 17h03 deste domingo – mais uma vez depois que o evento programado para Interlagos foi realizado.
É mais uma mancha negra numa categoria que vê duas mortes num espaço inferior a um mês e meio, o que também demonstra que Interlagos não é – definitivamente – um circuito adequado para as competições motociclísticas do país.
Repito o que disse no texto anterior: é preciso que se apurem as responsabilidades de todos. Será que o dono do campeonato, o também piloto Bruno Corano, não percebeu a gravidade da situação? A perda de Maurício Paludete deveria ter servido de lição e pelo visto qualquer tipo de apelo foi ignorado – em nome de alguma coisa que nem de longe lembra respeito e consideração, principalmente a quem chorou a perda do “Linguiça”.
Definitivamente, já deu. Não se pode mais deixar passar pano. Ou o Superbike Brasil dá um tempo para o seu próprio bem, ou a Motovelocidade brasileira vira caso de polícia.
E não deixemos de repensar Interlagos como uma praça totalmente inadequada para provas em duas rodas. Sua importância para o esporte a motor no país é enorme, mas para receber corridas do gênero, os aparatos de segurança passiva têm que ser muito melhores – o que demanda investimento.
Se não da SP Turis, que tal da organização da categoria?
Pensem nisso.